domingo, 21 de maio de 2006

Queridas Professoras!

IGNORÂNCIAS…

No dia 23 de Abril de 2006 a revista/suplemento do JN – Notícias Magazine – publicou um artigo que causou muita celeuma. O referido artigo, assinado por um tal Manuel Ribeiro, tinha por título “As nossas queridas professoras”. Na altura li o artigo e achei-o de muito mau gosto.

Hoje, Domingo 21MAI06, a referida revista decidiu publicar várias cartas insurgindo-se contra o dito cronista (?) e o seu artigo (?) de opinião. Li todas as cartas e apetecia-me postá-las aqui na íntegra, mas fico-me por algumas citações que ilustram bem o seu conteúdo.

“(…) tocou a minha dignidade profissional e pessoal… Manuel Ribeiro deveria ser intimado a fazer um pedido de desculpas… (Fátima Gomes, Loulé).

(…) Uma opinião cujo teor é um insulto à classe docente, carregado de ideias boçais e grosseiras!... Provocações? Não: estupidezes, ignomínias, ignorâncias, lixo… (Joaquim Pereira).

(…) agora insultar daquela maneira é um nojo, um autêntico vómito… (António Dias, V. N. Gaia).

(…) Há muito que deixei de ler as suas alucinações machistas e exibicionistas, porque vou optando por me indignar com motivos bem mais nobres… (Manuela Antunes Silva, Stª Mª Feira).

(…) Caro Manuel Ribeiro, li, entre atónita e indignada, o seu artigozinho – o diminutivo não é mimo. Assim, querido Manuel Ribeiro – amor com amor se paga –, senti-me na urgente necessidade de responder à sua croniqueta com piropos semelhantes àqueles que, jocosamente – senilmente? – resolveu mimosear as docentes deste país… o senhor é – ou julga ser – um marialva provocador, engraçadinho e digno… Muito mal vai o país cujos jornais mais conceituados permitem um qualquer aprendiz de aprendiz a jornalista se outorgue o direito de insultar, caluniar – a título de provocação?... Que é uma coisa que um aprendizeco de jornalista não pode compreender porque lhe falta inteligência. E carradas de polimento. E montanhas de originalidade e talento… o que demonstra que o meu amigo além de asno, é asno violento… (Ana Rodrigues).

(…) Agradeço as sugestões finais, mas nós, professores e professoras de Portugal, caríssimo M. R., não somos viciados em sexo, jogo ou práticas ocultas. Quanto à sua linguagem, sugiro uma revisão pelos clássicos portugueses, faz sempre bem a quem não sabe ou já esqueceu (Conceição Nunes)”.

Foi o mínimo que a revista podia fazer: publicar estas cartas! “Quem não se sente, não é filho de boa gente” e “quem diz o que quer, ouve o que não espera”. Como professor lamento que este colunista tenha entrado por este caminho. Assim como acho lamentável esconder-se atrás da sola dos sapatos. Será que tem vergonha na cara (daquilo que escreve) ou tem vergonha da cara? Escreve um artigo tão ofensivo e esconde-se atrás de um nome? Dê a cara!!!

Parece, aliás, que o estilo de escrita deste senhor é sempre assim: de baixo nível. Senão vejamos algumas frases – eu sei que algumas aqui aparecerão soltas – do artigo publicado pelo mesmo senhor, e na mesma revista, hoje (20MAI06). O artigo intitula-se “O campeonato do sofá”.

(…) Existem dois factores nocivos que se entrepõem entre nós e o televisor…: a família e o emprego… expulsar a maralha… a famelga… ajavardar um bocado o ambiente com umas grades de cerveja à mão de semear e uns amigos para repartirem consigo os insultos. Para os jogos mais chatos, tipo Ucrânia-Tunísia, pode convidar umas miúdas e ir alternando entre o jogo e a anatomia… baldar ao emprego durante um mês inteiro… já que os grunhos… o que não pode é deixar que aspectos menores da sua vida como o trabalho ou a família lhe venham perturbar esta possibilidade que lhe é oferecida de bola em doses industriais(…)”.

MAIS PALAVRAS PARA QUÊ?!

2 comentários:

Luís Miguel da Silva Pinho disse...

Gostava de ler esse artigo! Deve ter sido mesmo contundente para gerar tanta reacção.

Anónimo disse...

Matéria requentada.