quarta-feira, 24 de maio de 2006

Os Livros são nossos Amigos!!!


Feiras do Livro de Lisboa e Porto


A calçada do Parque Eduardo VII, em Lisboa, e o Pavilhão Rosa Mota, no Porto, voltam a receber as suas respectivas Feiras do Livro. Destaque dado a um país lusófono Angola, é a principal novidade; o Porto homenageia Mário Cláudio; Casa Fernando Pessoa é responsável pelo programa cultural de Lisboa
A escolha de Angola é uma novidade da feira que se quer alargar à lusofonia, e este é o primeiro país convidado porque o critério segue a ordem alfabética, disse em Lisboa António Baptista Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros. A APEL é responsável pelas feiras, mas em Lisboa partilha a organização com a União de Editores Portugueses (UEP) e a câmara municipal.
Pelas feiras vão passar, durante quase três semanas, autores angolanos, como José Eduardo Agualusa e Ana Paula Tavares, numa iniciativa desenvolvida em colaboração com a embaixada daquele país, que, porém, ainda não apresentou o seu programa.
No Porto, a literatura angolana vai estar em debate (Portugal/Angola. Este mar que nos une) no dia 30, às 21h30, com os escritores Francisco José Viegas (também director da Casa Fernando Pessoa), Manuel Jorge Marmelo e os já referidos José Eduardo Agualusa e Ana Paula Tavares. E em Lisboa, Agualusa fala no dia 10 de Junho sobre Condição Angola: A ideia africana na Europa, o português e o brasileiro, outras formas de se estar angolano.
Pelo quarto ano consecutivo, a Feira do Porto homenageia um escritor portuense, cabendo este ano a vez ao romancista, poeta, dramaturgo e ensaísta Mário Cláudio, Prémio Pessoa em 2004.
No espaço do Café Literário vai estar exposta a obra do escritor e objectos pessoais. A 10 de Junho há a leitura de excertos das suas obras pelo actor António Durães e um debate com Carlos Reis, Maria João Reynaud, Miguel Veiga, Valter Hugo Mãe e o próprio Mário Cláudio.
Da programação do Porto, destaca-se o ciclo Diálogo de Gerações, uma série de encontros onde dois escritores de gerações diferentes conversam com o público e por onde vão passar nomes como José Saramago, Agustina Bessa-Luís, José Luís Peixoto, Nuno Júdice e Inês Pedrosa.
Apesar de este ano não haver subsídio da Câmara Municipal do Porto, a feira aposta na presença de um número-recorde de autores, mais de 200, que apresentam novas obras ou participam em sessões de autógrafos nas mais de 80 editoras, divididas por 115 stands (menos cinco do que no ano passado).
A Feira do Livro do Porto realiza-se, como habitualmente, nos jardins do Palácio de Cristal, numa área de três mil metros quadrados divididos entre o Pavilhão Rosa Mota e uma tenda montada no exterior. As portas abrem dia 24 de Maio às 16h00.
Em Lisboa o Modelo é Igual
A organização de uma parte do programa cultural da feira de Lisboa foi entregue ao director da Casa Fernando Pessoa (estrutura dependente da CML), Francisco José Viegas, que disse ontem que "não há muito a inventar" em relação ao modelo, que é "de transição". Referindo que a feira é um momento "essencial de encontro entre editores, autores e leitores", acrescentou que só em 2007 haverá alterações.
A feira tem um novo auditório e uma nova cafetaria. Fica, como os anteriores, no topo do Parque Eduardo VII e foi desenhado pelos arquitectos António Guedes Guimarães e Mari Viinikainen. Os stands foram pintados com as cores claras do arco-íris: pela alameda espalham-se os pavilhões cor-de-rosa, salmão, verdes, amarelos...
São 207 stands, menos 12 do que no ano passado, e pertencem a 121 participantes, também menos (11) do que em 2005. Menos porque, segundo António Baptista Lopes, ainda se vive uma situação de crise e no ano passado, "em termos de volume de negócios", a feira "não correspondeu às expectativas para um conjunto alargado de editoras".
O investimento da CML - um milhão de euros - foi o mesmo de 2005, disse o vereador da Cultura, José Amaral Lopes.
No auditório haverá debates programados pelas editoras e pela CML - com temas que vão da Energia à União Europeia -, lançamentos, autores a falarem sobre os seus livros (Agustina Bessa-Luís, Miguel Guilherme, Eduardo Lourenço) ou concertos (D-Mars, Fuse, Legendary Tiger Man ou SpaceBoys).
in PÚBLICO (edição online)

Eis uma notícia que, ano após ano, me deixa muito alegre. Sou um confesso apaixonado pela leitura e como nas feiras do livro se conseguem melhores compras, procuro dentro do possível passar por lá para gastar alguns euros. Fico alegre, mas também preocupado, porque infelizmente os livros em Portugal são caros e o orçamento não é assim tão elevado.
Os níveis de leitura em Portugal são baixos o que é uma pena. Os livros são “nossos amigos” e como tal deviam acompanhar-nos para todo o lado.


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