segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Vale dos Cinco Leões (Bertrand Editora, 392 páginas), de Ken Follet é o último livro que li.
O “USA Today” refere-se a este livro como «Follet vintage… Trata-se do seu romance mais ambicioso, e consegue um sucesso admirável.»
Acredito que alcance um sucesso admirável, mas no meu ponto de vista não é o romance mais ambicioso deste autor. Confesso apreciar a escrita deste autor, que me agrade sobremaneira – veja-se os post anteriores de obras deste autor – contudo, este livro deixou-me um certo sabor a pouco. Esperava mais! A história está bem estruturada e até se torna interessante, no entanto falta-lhe qualquer coisa. Todavia, vale a pena ler.
Aqui fica a sinopse: «Jane, uma inglesa corajosa e sensual, é apanhada num triângulo amoroso mortífero, entre os espiões rivais Ellis e Jean-Pierre. Amor, ódio e engano levam-nos de conspirações terroristas em Paris à guerra e aos guerrilheiros no Afeganistão».

(José Amaral)

domingo, 19 de setembro de 2010


Borboleta


O suave bater
de asas
daquela policromática
mariposa
suaviza o calor
que se faz sentir
naquele quarto
caiado
de branco pobre
onde,
num berço
de madeira carcomida
pelo caruncho,
dorme um bebé
de faces rosadas.


(in "Outonalidades", José Amaral)

sábado, 11 de setembro de 2010

rir é o melhor remédio

Jantar de Idiotas, com Steve Carell e Paul Rudd, é um “remake” que não consegue estar à altura do original “Un Dîner de Cons”.
No entanto, o filme permite-nos passar belos momentos de riso, pois as situações provocadas por Barry (Steve Carell) a isso permitem. Vale a pena ver este filme, pois “rir é o melhor remédio”. Porém, e se possível, deverá ver-se também o original em francês para fazer a comparação e para rir mais uns longos minutos.
Aqui fica a sinopse: «A história de Tim, um executivo com grandes ambições de carreira que acaba de receber o seu primeiro convite para o jantar de idiotas, um evento mensal, realizado na própria casa do seu patrão, que confere “direito à bazófia” (e potencialmente mais) ao executivo que convidar o maior tótó. A noiva de Tim, Julie, acha tudo isto de muito mau gosto e ele concorda em não ir ao jantar, até dar de caras com Barry - um funcionário das finanças que dedica o seu tempo livre a construir elaborados dioramas com ratos embalsamados - e rapidamente percebe que descobriu o idiota de ouro. Tim não resiste e convida Barry, cujas desajeitadas boas intenções transformam num ápice a vida de Tim numa frenética espiral descendente recheada de desgraças, pondo em causa um negócio de primeira linha, trazendo de volta à sua vida Darla, a ex-namorada perseguidora, e colocando Julie (ou assim pensa Tim ) nos braços de outro homem...».

(José Amaral)

sábado, 4 de setembro de 2010

história magnífica

Neste retomar ao trabalho, nada melhor que uma sugestão literária para fazer a “passagem” do relax para o trabalho. Trata-se de A História de Eneas (Bertrand Editora, 277 páginas), de Sebastian Barry. Este romance, do irlandês autor de “Escritos Secretos” e finalista por duas vezes do prémio Man Booker Prize, merece uma leitura atenta. A Imprensa Internacional já se rendeu aos dotes literários deste excelente e premiado escritor irlandês, considerando este romance como intenso, terno e absolutamente encantador. Para Franck McCourt trata-se de um romance «Elegante, cómico, trágico, musical. Trata-se de um romance que é uma sinfonia, e o leitor haverá de querer juntar-se à melodia e entrar com Eneas no próximo século.»
Este romance é um manancial literário. Magnífica a forma como o autor escreve esta trama. Desde as primeiras páginas que nos grudamos na história do nosso homem perdido (Eneas), mas também na forma extremamente rica como o autor coloca, por palavras escolhidas milimetricamente, a história nestas páginas que se escoam em pouco tempo.
Aqui fica a sinopse: «A história secreta de um homem perdido. A infância inocente e idílica de Eneas dá lugar a um mundo de violência na Irlanda do início do século XX. Num contexto de pobreza, guerra e conflito, Eneas é obrigado a deixar a sua terra, a família e Viv, a mulher que ama, e a correr mundo. A sua viagem longa, intensa e rica culmina num surpreendente regresso a casa, que, embora breve, será conclusivo.»
Recomendo vivamente esta obra!

(José Amaral)