segunda-feira, 30 de abril de 2007

Romance Histórico

Acabo de ler “Só ao Bispo me confesso”, um livro de Margarida Pedrosa. É um livro interessante e que se lê com agrado. Nesta narração, confundem-se a história do reinado de D. João II, os êxodos judaicos e perseguições inquisitoriais, a descoberta das Américas. Segundo a autora este livro é um manifesto pedagógico, porque: “É preciso que o povo português conheça e sinta a História. Aquele que esquece o seu passado está condenado a repetir os mesmos erros”.

Sinopse:
«Inês de Toledo, feiticeira e física da corte de D. João II, estava preparada para morrer na Praça do Giraldo, em Évora. O povo acotovelava-se para assistir ao sacrifício e na tribuna apenas falta o bispo. Quando este chega, Inês reconhece nele Miguel de Olivença, o homem que tinha amado toda a vida e que julgava morto nas galés. Por isso, para o poder ver de novo, pede como desejo para só a ele se confessar e a ele deixar a sua verdade. Só ao Bispo me Confesso é um romance histórico envolvente, mágico e cativante. Com ele conhecemos detalhes sempre esquecidos da nossa história, desde a espionagem e a política de sigilo aos piratas e corsários, passando pelas ordens religiosas ou pelos sonhos de além-mar, elementos que surgem nas palavras de Inês de Toledo com um realismo enternecedor».

(José Amaral)

sábado, 28 de abril de 2007

Os Livros fazem-nos sonhar...

A Biblioteca Escolar/Centro de Recursos da Escola EB 2,3 Padre João Rodrigues (sede do Agrupamento Vertical de Escolas de Sernancelhe) levou a efeito a Feira do Livro entre 23 e 27 de Abril.
A Feira foi um sucesso! Muitos foram os que passaram por aquele espaço não só para ver/desfolhar e/ou comprar livros, mas também para ver as exposições (da Oficina de Teatro e sobre o 25 de Abril), assim como estiveram presentes na apresentação do livro "Outonalidades" de José Amaral.
Aqui fica o registo fotográfico de alguns desses momentos:

Momento de declamação
Assistência durante a apresentação
do livro de José Amaral
Mesa para a apresentação do
livro "Outonalidades"

Visita dos alunos dos Cursos EFA

Vista Parcial da Feira

Exposição do 25 de Abril
Exposição da Oficina de Teatro
Preparação da Feira do Livro


(José Amaral)

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Viseu no centro gastronómico de Portugal


O Solar do Vinho do Dão acolhe, a partir desta sexta-feira, dia 27 e até 1 de Maio, a primeira edição do Viseu Gourmet. Promover o turismo enogastronómico da região e o turismo de experiências são alguns dos objectivos do evento.
A ideia da organização passa por transformar Viseu no centro gastronómico de Portugal. “Esta é uma iniciativa ambiciosa. De facto, pretende promover a gastronomia regional e os vinhos do Dão, mas não segundo a lógica dos festivais gastronómicos tradicionais”, afirma o presidente da Região de Turismo Dão Lafões, Adriano Azevedo. Hoje, dia 27 de Abril, o evento inicia-se com um seminário sobre “Turismo com sabores”, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu. A sessão de abertura está marcada para as 14h30.
Durante quatro dias, conceituados chefes nacionais e internacionais vão cozinhar ao vivo, nos shows cookings, perante os participantes. Miguel Castro e Silva, Henrique Sá Pessoa, Luís Suspiro, Luís Américo, Vítor Claro, Liubomir Stanisic, da Jugoslávia, Ciccio Sultano, de Sicília, serão alguns dos chefes de cozinha presentes no Viseu Gourmet 2007.
Em paralelo aos shows coockings, os cozinheiros vão participar em conversas informais.
Para quem gosta de cozinhar ou deseja aprender alguns truques, as aulas leccionadas pelos especialistas podem ser uma boa alternativa. No espaço envolvente ao Solar do Vinho do Dão, alunos das escolas de hotelaria e restauração do distrito irão preparar uma prova de degustação.
Os turistas poderão também adquirir produtos da região na Loja Gourmet ou consultar livros sobre culinária e vinhos na biblioteca criada para o efeito.
Entre cada actividade, o Wine Bar permitirá aos participantes uma pausa recheada de sensações.

(in “Jornal do Centro” ed. 267, 27 de Abril de 2007)

Mais informações em

http://www.essenciadovinho.com/essenciadovinho/

php/evento.php?evento=15&li=1

quinta-feira, 26 de abril de 2007

M S C


Salomé


Insónia roxa. A luz a virgular-se em medo,
Luz morta de luar, mais Alma do que lua...
Ela dança, ela range. A carne, álcool de nua,
Alastra-se para mim num espasmo de segredo...
 
Tudo é capricho ao seu redor, em sombras fátuas...
O aroma endoideceu, upou-se em cor, quebrou...
Tenho frio... Alabastro! A minha´alma parou...
E o seu corpo resvala a projectar estátuas...
 
Ela chama-me em Íris. Nimba-se a perder-me,
Golfa-me os seios nus, ecoa-me em quebranto...
Timbres, elmos, punhais... A doida quer morrer-me:
 
Mordoura-se a chorar - há sexos no seu pranto...
Ergo-me em som, oscilo, e parto, e vou arder-me
Na boca imperial que humanizou um Santo... 
 
(
Lisboa 1913 - Novembro
Mário de Sá-Carneiro “Poemas Completos”)

(Mário de Sá-Carneiro nasceu em Lisboa, a 19 de Maio de 1890. Faleceu em Paris, a 26 de Abril de 1916. Poeta, contista e ficcionista português, um dos grandes expoentes do Modernismo em Portugal e um dos mais reputados membros da Geração d’Orpheu.)


(José Amaral)


quarta-feira, 25 de abril de 2007

Abril 25


A Revolução do 25 de Abril também ficou conhecida por Revolução dos Cravos e decretou o fim da ditadura do Estado Novo. A revolução foi pensada, programada e levada a cabo por um grupo de militares descontentes com o regime e a situação militar resultante da guerra colonial. Estes militares, na sua maioria capitães, uniram-se no chamado "Movimento das Forças Armadas" (MFA), e na madrugada do dia 25 tomaram os principais pontos estratégicos da capital. A população apoiou, desde o primeiro minuto, este movimento, facto que se tornou decisivo para a vitória do movimento. A 24 de Abril o Jornal “República” chama a atenção dos leitores para a emissão do programa “Limite”, dessa noite, na Rádio Renascença. Pelas 22:00 horas, Otelo Saraiva de Carvalho e outros cinco oficiais ligados ao MFA encontram-se já no Regimento de Engenharia 1 na Pontinha onde, desde a véspera, fora clandestinamente preparado o Posto de Comando do Movimento. Seria Otelo a comandar as operações militares contra o regime. " E depois do Adeus ", canção interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, transmitida pelas 22:55 horas marca o início das operações militares contra o regime. A transmissão da canção " Grândola Vila Morena " de José Afonso, às 00:20 horas, no programa “Limite” da Rádio Renascença, é a senha escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis. Entre as 00:30 horas e as 16:00 horas, são ocupados os pontos estratégicos considerados fundamentais (RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi). É, também, difundido o Primeiro Comunicado do MFA, aos microfones do Rádio Clube Português As Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço e as forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: a Legião Portuguesa é a primeira. Desde a primeira hora o povo vem para a rua para expressar a sua alegria! Dá-se início ao cerco do Quartel do Carmo, chefiado por Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados Marcelo Caetano e mais dois ministros do seu Gabinete. Pelas 16:30 horas, do dia 25, e expirado o prazo inicial para a rendição, anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel. Pelas 17:45 horas, Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo. No Quartel do Carmo é hasteada a bandeira branca. Pouco menos de duas horas depois, Marcelo Caetano rende-se. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha. Elementos da PIDE/DGS disparam sobre manifestantes que começavam a afluir à sede daquela polícia na Rua António Maria Cardoso, fazendo quatro mortos e 45 feridos. Isto por volta das 20:00 horas. A 26 de Abril a PIDE/DGS rende-se, após conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais director daquela corporação. Na RTP apresenta-se ao país a Junta de Salvação Nacional. Por ordem do MFA, Marcelo Caetano, Américo Tomás, César Moreira Baptista e outros elementos afectos ao antigo regime, são enviados para a Madeira. O General Spínola é designado Presidente da República. Libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche. Assim, com a Revolução dos Cravos regressam as liberdades de opinião, de expressão e de imprensa. Fala-se sem medo de ser punido por aquilo que se diz e pensa.

Mais informação em:

http://www.pcp.pt/actpol/temas/25abril/30anos/index.htm

http://www.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=Cronologia


(José Amaral)

segunda-feira, 23 de abril de 2007

DIA MUNDIAL DO LIVRO


"Nos livros aprende-se a fugir do mal sem o experimentar."

(Camilo Castelo Branco)

"O sábio lê livros, mas lê também a vida. O universo é um grande livro e a vida é uma grande escola".

(Lin Yutang)

"Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo."

(Hermann Hesse)

“Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno”.

(Friedrich Nietzsche)

Sugestão de Leitura


Hoje, Dia Mundial do Livro, sugiro um livro que acabei de ler: Gente Independente, do islandês Halldór Laxness (1902 – 1998), Prémio Nobel da Literatura em 1955.

Trata-se de um dos maiores épicos da literatura islandesa e conta a saga de Bjärtur, um camponês obstinado, inquebrável e inesquecível que, após trabalhar dezoito anos para o intendente de Mýri, consegue dar entrada na compra de seu próprio terreno e livra-se da servidão, tornando-se proprietário de Casas de Verão. No espaço recém-adquirido ele passa a viver com Rósa, sua esposa, que teme as lendas sobre possíveis assombrações que infernizam a vida dos moradores do lugar: segundo as mais antigas crónicas do país, o território que eles habitam é assombrado pelos fantasmas de Kólumkilli – feiticeiro de grande reputação e líder dos irlandeses que conquistaram a região no passado – e de Gunnvör, mulher-vampira que ali morara anos antes da construção de Casas de Verão. Bjärtur vive no limiar da auto-suficiência, num vale, e só confia no seu rebanho, no seu cão e no seu cavalo. Se alguém toca o seu coração é Ásta Sóllilja, a sua filha, mas tudo muda quando ela o desilude e magoa os seus enraizados princípios de honra…

Desta obra disse E. Annie Proulx (autora de “Brokeback Mountain): “Rejubilo pelo leitor! Finalmente este romance cómico, inteligente, sarcástico e brilhante está disponível. «Gente Independente» faz parte do Top Ten dos meus livros favoritos de todos os tempos”. Para Paul Auster é “Um livro intemporal que nos ensina o complicado que é ser-se humano”. Marguerite Duras refere: “É como um cantor das antigas sagas que nos canta o homem em todo o seu esplendor e mesquinhez”.

Motivos suficientes para ler esta belíssima obra. Eu gostei e recomendo a sua leitura.

(José Amaral)

sábado, 21 de abril de 2007


A Terra é o terceiro planeta em órbita do Sol que possui um satélite natural: a Lua.
A Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem placas tectónicas e um forte campo magnético.
O dia 22 de Abril é dedicado à Terra. Comemora-se, nesta data, o Dia Internacional da Terra. Segundo Konstantin Tsiolkovsky “A Terra é o berço da humanidade, mas ninguém pode viver no berço para sempre!”. Confúcio dizia: “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”.
O Ano de 2008 foi já declarado como o Ano Internacional do Planeta Terra.

(Pode ainda obter mais informações em:

http://portal.icn.pt/ICNPortal/vPT/

http://www.esfs.org/)


(José Amaral)

sexta-feira, 20 de abril de 2007

FEIRA DO LIVRO


A Biblioteca Escolar da Escola EB2,3 Padre João Rodrigues – sede do Agrupamento Vertical de Escolas de Sernancelhe – vai realizar a sua Feira do Livro de 23 a 27 de Abril.A data escolhida para o início foi “estudada” para poder coincidir com o Dia Mundial do Livro. Nesse mesmo dia a Feira abrirá as suas portas a partir das 14:30 horas. Pelas 18:00 horas será feita uma Apresentação Pública do livro “Outonalidades” de José Amaral.Durante a Feira estarão presentes duas exposições: uma sobre o 25 de Abril e outra sobre o Dia Internacional de Teatro. A primeira organizada pelos responsáveis da Biblioteca. A segunda promovida pela Oficina de Teatro da Escola. Estarão expostas tiras com mensagens alusivas ao vinte e cinco de Abril, tiras com poemas, máscaras de gesso feitas pelos alunos da Oficina de Teatro e informações várias sobre o Teatro.

“Venham mais cinco” e levem outro livro também!

(José Amaral)

Ecopista


Uma Ecopista para o lazer e o bem-estar

Viseu vai ter, já a partir de amanhã, 21 de Abril, a sua Ecopista.
Ecopista, ecovia, ciclovia ou o que se lhe queira chamar, é uma via que aproveita o antigo ramal ferroviário que ligava Viseu a Torredeita.
Amanhã será ianugurado o primeiro troço da via, com cerca de oito quilómetros entre o Parque da Aguieira, em Viseu, e Figueiró.
Dois anos após a decisão de lançar a empreitada, que foi tomada em reunião do executivo da Câmara Municipal de Viseu, em Fevereiro de 2005, e num investimento a rondar os 400 mil euros, a Ecopista de Viseu assume-se como um espaço único na região onde peões e ciclistas poderão passear, em segurança, longe da confusão da cidade, em pleno contacto com a natureza.
A Ecopista de Viseu, única do país que aproveita troços de antigos ramais ferroviários, tem condições que a tornam diferente das que existem um pouco por todo o país.
Numa cidade como Viseu, onde as caminhadas têm ganho cada vez mais adeptos ao longo dos últimos anos, a Ecopista pode vir a ser um espaço muito concorrido.
A verdade é que dispõe de condições que a tornam aliciante, e uma opção incontornável para quem procura um espaço para passear, ao mesmo tempo que permitirá aos viseenses conhecer um pouco melhor algumas das localidades por onde a via passa.
Para possibilitar a sua utilização mesmo durante a noite, o troço está parcialmente dotado de iluminação artificial, especialmente nas zonas habitadas que atravessa.
Com três metros de largura, ao longo dos seus cerca de oito quilómetros de extensão, a via está revestida com um piso próprio, conhecido por “flurry”, que lhe dá uma aderência especial, apropriada para a circulação de bicicletas, ao mesmo tempo que é menos abrasiva e menos dura para os peões.
Levar a Ecopista até Tondela.
Depois da abertura deste primeiro troço, a autarquia viseense concentrará atenções no resto do troço que há ainda para percorrer, até Torredeita. Será numa próxima fase do projecto, que a câmara de Viseu assume querer fazer e onde um dos grandes desafios é a utilização da ponte de Mosteirinho. A degradação da estrutura obrigará a um grande investimento, mas Fernando Ruas, presidente da câmara de Viseu, sempre manifestou esse desejo, e esse desafio: “O grande objectivo, para mim, é passar em cima da ponte de Mosteirinho”.
Nesta altura, em aberto, está a possibilidade de no futuro ser dada continuidade à Ecopista até Parada de Gonta, no concelho de Tondela. Será outro desafio que se coloca ao projecto, e que a câmara de Viseu quer concretizar, até porque a própria autarquia de Tondela já terá manifestado abertura ao projecto, mas nada está ainda definido.
A concretizar-se, viseenses e tondelenses, passariam a dispor de uma ecopista com mais de 30 quilómetros de extensão, o que a tornaria numa das maiores do país.


in “Jornal do Centro” 20ABR07




terça-feira, 17 de abril de 2007

Quental, Antero

Antero de Quental nasceu em Ponta Delgada a 18 de Abril de 1842. Acabou por se suicidar em 11 de Setembro de 1891. Antero nasceu na ilha de S. Miguel, Açores e desde de jovem destacou-se pelas suas opiniões revolucionárias e pela forma de estar na vida. Antero espalhou saber pela poesia, filosofia e política. O açoriano estudou direito em Coimbra, onde brilhou como líder estudantil (foi o guia espiritual da geração de 70). Antero tinha uma personalidade complexa, que oscilava entre a euforia e a mais profunda depressão.

Aqui fica um poema de Antero de Quental:


A um poeta
 
Tu, que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,
 
Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno,
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...
 
Escuta! é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!
 
Ergue-te pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!
 
 
(José Amaral)

A morte dum Génio

Albert Einstein nasceu em Ulm, a 14 de Março de 1879. Morreu em Princeton, a 18 de Abril de 1955. Einstein propôs a teoria da relatividade e ganhou o Prémio Nobel da Física de 1921. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atómica.

Einstein tornou-se um sinónimo de alguém com uma grande inteligência e um grande génio. A sua face é uma das mais conhecidas em todo o mundo.

Foi um dos maiores génios da Física, tendo o seu QI estimado em cerca de 240.

(José Amaral)

sábado, 14 de abril de 2007

Pensamento


«A Velhice é isto: ou se chora sem motivo, ou os olhos ficam secos de lucidez.»

(Miguel Torga)

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Rosa

rosa

Na alma do poeta,

o poema,

estranha rosa

rubra e preta,

abre...

(Saul Dias, Obra Poética)


Colhi uma rosa

de cor rubra,

espinhosa,

e espremi-a

como quem espreme

uma laranja,

e dela obtive tinta

preta

para escrever,

a golpes de pena de ganso,

duas linhas tortas

por onde Deus

escrevesse direito.


(in “Oráculo Luminar”, José Amaral)

Rosa do Mundo

Rosa do Mundo

Rosa. Ros
a do mundo.
Queimada.
Suja de tanta palavra.


Primeiro orvalho sobre o rosto.
que foi
pétala
a pétala lenço de soluços.

Obscena rosa. Repartida
Amada.
Boca ferida, sopro de ninguém.

Qua
se nada.


(in “O Outro Nome da Terra”, Eugénio de Andrade)

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Fábulas

Jean de La Fontaine nasceu a 8 de Julho de 1621, em Château-Thierry e faleceu a 13 de Abril de 1695, em Paris. É conhecido pelas diversas fábulas com críticas de moral que escreveu. É considerado o pai da fábula moderna, sobre a qual declarou: "É uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato". Escreveu e reeditou muitas fábulas, entre elas, algumas de Esopo: A Lebre e a Tartaruga, O Homem, o Menino e a Mula, A Cigarra e a Formiga, A Raposa e as Uvas, O Pavão Invejoso…

A Cigarra e a Formiga é uma das fábulas de Jean de La Fontaine, aqui fica na tradução de Bocage:

«Tendo a cigarra cantado durante o verão,

Apavorou-se com o frio da próxima estação.

Sem mosca ou verme para se alimentar,

Com fome, foi ver a formiga, sua vizinha,

pedindo-lhe alguns grãos para aguentar

Até vir uma época mais quentinha!

"Eu lhe pagarei", disse ela,

"Antes do verão, palavra de animal,

Os juros e também o capital."

A formiga não gosta de emprestar,

É esse um de seus defeitos.

"O que você fazia no calor de outrora?"

Perguntou-lhe ela com certa esperteza.

"Noite e dia, eu cantava no meu posto,

Sem querer dar-lhe desgosto."

"Você cantava? Que beleza!

Pois, então, dance agora!"»


(José Amaral)

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Baudelaire











Les Aveugles


Contemple-les, mon âme ; ils sont vraiment affreux !
Pareils aux mannequins ; vaguement ridicules ;
Terribles, singuliers comme les somnambules ;
Dardant on ne sait où leurs globes ténébreux.

Leurs yeux, d'où la divine étincelle est partie,
Comme s'ils regardaient au loin, restent levés
Au ciel ; on ne les voit jamais vers les pavés
Pencher rêveusement leur tête appesantie.

Ils traversent ainsi le noir illimité,
Ce frère du silence éternel. O cité !
Pendant qu'autour de nous tu chantes, ris et beugles,

Eprise du plaisir jusqu'à l'atrocité,
Vois ! je me traîne aussi ! mais, plus qu'eux hébété,
Je dis : Que cherchent-ils au Ciel, tous ces aveugles ?


(in “Les Fleurs du Mal”, Charles Baudelaire *
Tableaux Parisiens, XCII)


(* Charles-Pierre Baudelaire nasceu em Paris, a 9 de Abril de 1821 e faleceu, também, em Paris, a 31 de Agosto de 1867. Este poeta é considerado um dos precursores do Simbolismo.Em 1857 é lançado As flores do mal contendo 100 poemas. O livro é acusado no mesmo ano, pelo poder público, de ultrajar a moral pública.)

(José Amaral)

quinta-feira, 5 de abril de 2007

PÁSCOA FELIZ!



O AD LITTERAM vai fazer uma pausa. Será breve. Entretanto, deseja a todos os seus leitores uma SANTA PÁSCOA!...

(José Amaral)

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Grande Português


Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches nasceu em Cabanas de Viriato (Distrito de Viseu), a 19 de Julho de 1885. Faleceu em Lisboa, a 3 de Abril de 1954. Aristides foi um diplomata português – cônsul português em Bordéus – que se recusou a seguir as ordens do seu governo (o regime de Salazar) e concedeu vistos a refugiados de todas as nacionalidades que desejavam fugir da França em 1940, ano da invasão da França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial. Aristides salvou dezenas de milhares de judeus, nomeadamente.
Ainda há pouco tempo, no concurso da RTP «Grandes Portugueses», Aristides de Sousa Mendes ficou em terceiro lugar. Este homem pode não ter ganho o concurso, mas demonstrou – em vida – ser um ser íntegro e corajoso. O povo português talvez não o conheça assim tão bem. O estado português já devia ter feito mais para perpetuar a sua memória, mas não. Quem passa em Cabanas de Viriato vê a casa de Aristides de Sousa Mendes a cair.
É assim que Portugal trata os seus filhos? Parece que sim!

(José Amaral)

Joao Paulo II


João Paulo II, cujo verdadeiro nome era Karol Józef Wojtyła, nasceu em Wadowice, a 18 de Maio de 1920. Faleceu no Vaticano, a 2 de Abril de 2005. João Paulo II foi Sumo Pontífice da Igreja Católica de 16 de Outubro de 1978 até à data da sua morte e sucedeu ao Papa João Paulo I. Foi o primeiro Papa não italiano em 450 anos (desde o holandês Adriano VI, no século XVI). Teve o 3.º papado mais longo da história do catolicismo.
Este Homem de Paz era respeitado por todos em todo o mundo. Era um exemplo, nomeadamente para os jovens. Dois anos se passaram sobre a morte de João Paulo II e parece que ainda está tão presente entre nós. Nos últimos dias muito se tem falado na beatificação (e posteriormente canonização) de João Paulo II. Quer seja reconhecido ou não pela Igreja, o povo já o considera como um santo.



(José Amaral)

domingo, 1 de abril de 2007

Domingo de Ramos


O Domingo de Ramos celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os seus discípulos. Segundo referem os Evangelhos, Jesus entrou sentado num burro e foi aclamado pela população que o via como um homem enviado por Deus (O Messias), pois Ele operava milagres.
Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição. A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo. Assim, o Domingo de Ramos coincide no Domingo anterior ao domingo de Páscoa. Na Celebração Eucarística benzem-se os ramos – feitos com oliveira, loureiro e alecrim – que servirão para colocar nas terras para abençoar as colheitas. Em muitos pontos do país é, também, tradição os afilhados oferecerem um ramo de flores aos seus padrinhos.

(José Amaral)

Mentira


Há muitas explicações para o 1 de Abril ter se transformado no Dia das Mentiras. Uma delas diz que a brincadeira surgiu em França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de Abril.
Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de Janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de Abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day ou Dia dos Tolos, em Itália e em França ele é chamado respectivamente pesce d'aprile e poisson d'avril, o que significa literalmente "peixe de abril".
No Brasil, o 1º de Abril começou a ser difundido em Pernambuco, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efémera, lançado em 1º de Abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de Setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de Abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

(Fonte wikipédia)