quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

ADEUS 2007, VIVA 2008!

2007 prepara-se para ser deposto e como “rei morto, rei posto”, já 2008 espreita!
O ano que chega, agora, ao fim foi fértil em acontecimentos: foi o ano do caso Esmeralda e do mediático caso de Maddie Mcan. Foi o ano da polémica em torno da licenciatura de José Sócrates, do encerramento da UNI, do encerramento de maternidades e de serviços de urgências, da crise na CML, da actividade da ASAE, das eleições no PSD, das polémicas em torno da CGAposentações, foi o ano em que Salazar foi eleito o “Grande Português”, foi o ano da espionagem na F1, o ano em que um rookie da F1 se ia sagrando campeão, do despedimento milionário de Mourinho do Chelsea, do murro de Scolari, o ano de Putin, de Chávez (e do célebre “porque no te calas”). Foi o ano do Novo Estatuto da Carreira Docente.
2007 foi também o ano da Presidência Portuguesa da EU (com a polémica Cimeira EU-África) e do Tratado de Lisboa, foi o ano dos prémios para os defensores do meu ambiente. Foi o ano do “sim” ao aborto, da inauguração da nova basílica de Fátima, da presença dos “Lobos” no Mundial de Rugby, das medalhas de Nélson Évora e de Vanessa Fernandes. Foi o ano da morte de pessoas célebres: Ingmar Bergman, Boris Ieltsin, Pavarotti… hoje mesmo (27DEZ07) Benazir Buttho foi assassinada.
2007 foi, acima de tudo, o ano do “Gato Fedorento”.
E como tristezas não pagam dívidas nada melhor que festejar ao novo ano que se avizinha.


O AD LITTERAM DESEJA A TODOS OS SEUS AMIGOS UM PRÓSPERO 2008!...


(José Amaral)




sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL

O AD LITTERAM DESEJA A TODOS OS SEUS AMIGOS (VISITANTES) UM SANTO E FELIZ NATAL CHEIO DE PAZ E AMOR!

(José Amaral)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Última sugestão de leitura 2007

Quase, quase a terminar este ano não poderia deixar “cair o pano” sem deixar aqui uma última sugestão de leitura. Desta feita trata-se de uma obra de Sándor Márai: A mulher certa (edições Dom Quixote, 424 páginas).
Uma obra sedutora e que nos prende da primeira à última letra. Uma escrita densa, bem cinzelada e esculpida a golpes de genialidade. O livro divide-se em três partes mais o epílogo.
Em Budapeste uma mulher (Marika), numa qualquer trivial conversa entre amigas, relata como um certo dia descobriu que o seu marido tinha uma paixão secreta. Desde essa altura ele não era o mesmo e ela, em vão, tentou conquistá-lo. Nessa mesma noite o homem (Péter) que foi seu marido em conversa, em jeito de confissão, diz a um amigo como deixou a mulher pela mulher (Judit) que desejava há anos. Contudo, depois de se casar com ela perdeu-a para sempre. Antes da consumação da separação este casal ainda teve de sofrer a dor da perda do filho de ambos. Este facto talvez os tenha separado para sempre.
Em Roma, numa pequena pensão, uma mulher conta ao seu amante como ela (empregada de servir em casa de uma família rica) se casou com o filho dos patrões. Este casamento acabou por ser uma forma de ressentimento e vingança.
A história destas três personagens cruza-se numa história repleta de amor, amizade, ciúme, solidão e morte.

O Ad Litteram deixa aqui um pequeno excerto para abrir o apetite:
«Disse o nome. Soou-me tão familiar! Havia nele algo de sacrificial, algo de festivo. E também o nome de baptismo, Judit, era um nome bíblico. Como se essa rapariga emergisse do passado, de um mundo de bíblica simplicidade e intensidade, de outra vida, eterna e verdadeira. Como se não viesse da sua aldeia, mas de uma dimensão mais profunda da existência. Não me preocupei em saber se o que eu fazia era justo; aproximei-me da porta e acendi a luz, para a ver melhor. Nem este meu gesto súbito a surpreendeu. Solícita e docilmente – mas não como criada, antes com um movimento de uma mulher que, sem palavras, obedece à única pessoa com direito a dar-lhe ordens -, virou-se de lado, voltando o rosto para a luz, para eu a ver melhor. Como quem diz: “Por favor, observe-me bem. Sou assim. Sei que sou linda. Observe-me com atenção, não tenha pressa. Este rosto vai recordá-lo para sempre, mesmo no leito de morte”. Ali estava, iluminada, serena e imóvel, com a pequena trouxa na mão, como um modelo face ao pintor, silenciosamente condescendente».


(José Amaral)

Tomai lá do...

Alexandre O'Neill nasceu em Lisboa, a 19 de Dezembro de 1924 e aí faleceu a 21 de Agosto de 1986.



Gaivota

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
morreria no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

(Alexandre O’Neill)

sábado, 15 de dezembro de 2007

História de uma Abelha

Hoje fui ver o filme de animação do momento: História de uma Abelha (Bee Movie).
Benson (na versão portuguesa, que fui ver, a voz é dobrada por Nuno Markl) não é uma abelha qualquer. Recusa-se a aceitar as limitações sobre o que uma abelha pode ou não fazer. Quando termina os estudos, Benson recusa-se a ver a produção de mel como única opção de vida. Parte, assim, à procura de novas experiências.Numa inesperada oportunidade de sair da colmeia, Benson quase morre e é salvo por Vanessa, uma florista de Nova Iorque. Benson, com a ajuda de Vanessa, vai-se apercebendo que os humanos têm um papel decisivo no consumo de mel e resolve processar os homens por roubarem o mel das colmeias! Origina, desta forma, uma batalha nunca imaginada entre humanos e abelhas.
Um senão fica: Há algumas piadas (infelizmente em número elevado) que não são perceptíveis pelas crianças. Piadas adultas demais para a idades das crianças. Contudo, vale a pena ver o filme por vários motivos!

(José Amaral)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Há uma língua do povo

Olavo Bilac nasceu no Rio de Janeiro, a 16 de Dezembro de 1865 e faleceu, igualmente, no Rio de Janeiro, a 28 de Dezembro de 1918. Poeta brasileiro foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias.
Aqui fica um belíssimo poema deste poeta-irmão que tão bem soube esculpir em poema a nossa língua.



Língua Portuguesa

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O génio sem ventura e o amor sem brilho!


(in “Tarde”, 1919)

Mariza nasceu em Moçambique, a 16 de Dezembro de 1973. É a fadista portuguesa, da actualidade, com maior projecção a nível mundial. Fadista? Ela, em conversa com Carlos Vaz Marques na TSF em 2003, diz ser uma «cantadeira de fados». Foi a única portuguesa até hoje a integrar os concertos do Live 8 e a primeira a ser nomeada para um Grammy Latino, o qual perdeu para Los Gaiteros de San Jacinto, da Colômbia. Muitos foram os prémios já atribuídos a esta grande fadista.
Se Olavo Bilac bem elevou, pela escrita, a nossa língua, Mariza não lhe fica atrás com a sua portentosa voz. Aqui fica um poema de Fernando Pessoa e Mário Pacheco imortalizado pela voz de Marisa.


Há uma Música do Povo

Há uma musica do Povo,
Nem sei dizer se é um Fado –
Que ouvindo-a há um ritmo novo
No ser que tenho guardado…

Ouvindo-a sou quem seria
Se desejar fosse ser…
É uma simples melodia
Das que se aprendem a viver…

Mas é tão consoladora
A vaga e triste canção…
Que a minha alma já não chora
Nem eu tenho coração…

Sou uma emoção estrangeira,
Um erro de sonho ido…
Canto de qualquer maneira
E acabo com um sentido!

(José Amaral)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Rir é o melhor remédio...


Poema de Natal


HISTÓRIA ANTIGA

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.

Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.


(Miguel Torga, in Antologia Poética, Coimbra, Ed. do Autor, 1981)

domingo, 9 de dezembro de 2007

Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adoptada pela ONU a 10 de Dezembro de 1948.
Embora não seja um documento que representa obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois tratados sobre Direitos Humanos da ONU, de força legal: o
Tratado Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e o Tratado Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais.
A Assembleia Geral da ONU proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações. Pretende-se que cada indivíduo, e cada órgão da sociedade, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades.
Os Direitos Humanos são os
direitos e liberdades básicos que devem gozar todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos pressupõe também a liberdade de pensamento e de expressão e a igualdade perante a lei.
Este fim-de-semana, em Lisboa, realizou-se a cimeira EU-África. Muito se falou sobre os Direitos em alguns países africanos, nomeadamente no Zimbabué. Muitas são as organizações não governamentais que lutam pelos Direitos dos Homens. Era bom que os políticos também se empenhassem mais nesse sentido.
Não chega fazer cimeiras se fica tudo igual. Não chega fazer cimeira se não se cumprem artigos como este: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."

(José Amaral)

sábado, 8 de dezembro de 2007

Feriado

Há coincidências assim: Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894 e faleceu no mesmo dia (1930) em Matosinhos. Foi uma das mais importantes poetisas portuguesa.
Hoje os católicos comemoram o feriado da Imaculada Conceição da bem-aventurada Virgem Maria.
Neste feriado aqui deixo um belo soneto de Florbela.


Teus olhos


Olhos do meu Amor! Infantes loiros
Que trazem os meus presos, endoidados!
Neles deixei, um dia, os meus tesoiros:
Meus anéis, minhas rendas, meus brocados.

Neles ficaram meus palácios moiros,
Meus carros de combate, destroçados,
Os meus diamantes, todos os meus oiros
Que trouxe d'Além-Mundos ignorados!

Olhos do meu Amor! Fontes... cisternas...
Enigmáticas campas medievais...
Jardins de Espanha... catedrais eternas...

Berço vindo do Céu à minha porta...
Ó meu leito de núpcias irreais!...
Meu sumptuoso túmulo de morta!...

(José Amaral)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

"Mimos e Contos de Natal"

A Papiro Editora vai fazer o lançamento promocional da Antologia de Contos Mimos e Contos de Natal na próxima Sexta-feira (07DEZ07), pelas 19:00 horas, na Sala de Âmbito Cultural do "El Corte Inglés" de Vila Nova de Gaia.
Como autor do conto "Gaspar e Guaporé", também eu, convido todos aqueles que quiserem estar presentes nesta sessão.


(José Amaral)

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Disney


Walt Disney nasceu a 5 de Dezembro de 1901, em Chicago e faleceu a 15 de Dezembro de 1966, em Los Angeles.
Tornou-se conhecido, nas décadas de 1920 e 1930, pelos seus personagens de desenho animado. Quem não se lembra do rato Mickey, da Minnie, do Pato Donald, do Pluto, do Tio Patinhas, entre tantos outros? Foi dele, também, a ideia de criar um parque temático (Disneylândia) sediado nos Estados Unidos. Como se não fosse suficiente foi o fundador da corporação de entretenimento conhecida como a Walt Disney Company.
Os Estudios Disney incluem a Walt Disney Pictures,
Touchstone Pictures, Hollywood Pictures, Miramax Films, Dimension Films e mais recentemente, a Pixar.
Em 1937 os Estúdios Disney produzem o seu primeiro filme: “Branca de neve e os sete anões”.

(José Amaral)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Comemoração

Como fiz referência há uns dois post's atrás, a Escola EB 2,3 Padre João Rodrigues, Sernancelhe, comemoraria no dia 3 de Dezembro de 2007 o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA.
Muitas foram as actividades desenvolvidas ao longo do dia.
Pelas 10:30 horas foi afixada uma tarja gigante na fachada principal da escola. Pelas 10:50 horas houve uma sessão de esclarecimento para os alunos do 7º Ano e das turmas CEF. À mesma hora os alunos do 5º e 6º Anos desenvolveram trabalhos (pesquisa, realização de cartazes e textos alusivos ao tema) em contexto de sala de aula.
Pelas 14:15 horas foi a vez de os alunos do 8º e 9º Anos participarem numa sessão de esclarecimento. Por fim, às 17:00 horas acendeu-se o símbolo da SIDA (feito com velas) e foi lida uma mensagem e um poema.
Realização do Símbolo da SIDA com velas
Sessão de Esclarecimento com as enfermeiras Marisa e Joana

Afixação de uma Tarja Gigante
(José Amaral)

domingo, 2 de dezembro de 2007

Igualdade para Todos

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência comemora-se a 3 de Dezembro. Esta data comemorativa, promovida pelas Nações Unidas desde 1998, tem por objectivo promover uma maior compreensão dos assuntos respeitantes à deficiência. Visa, também, mobilizar para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar das pessoas. Intenta aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração destas pessoas na vida política, social, económica e cultural.
Segundo aprovação do Parlamento Europeu “O Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos (2007) constituirá uma oportunidade de promover uma sociedade mais coesa. Procurará sensibilizar melhor a opinião pública para o substancial acervo comunitário no domínio da igualdade e da não-discriminação, bem como mobilizar todos os interessados a fim de fazer avançar a nova estratégia-quadro da UE no referido domínio, inclusive após 2007”
Não basta ficar pelas palavras, mas é preciso passar aos actos!

(José Amaral)