sábado, 30 de outubro de 2010

?maldisposto?

Hoje, nesta tarde chuvosa de Inverno (que ainda não chegou), uma escapadela para ir ao cinema, na companhia do meu filho. A escolha recaiu sobre Gru – O Maldisposto, um filme de Animação, em 3D, dobrado com as vozes de, entre outros, Nicolau Breyner e David Fonseca. O filme está muito bem conseguido, com piadas interessantes e efeitos visuais muito atraentes.
Aqui fica a sinopse: “Num feliz bairro suburbano, rodeado por pequenas cercas brancas, com roseiras floridas, encontra-se uma casa negra com a relva morta. Sem o conhecimento dos vizinhos, escondido por baixo desta casa, existe um vasto esconderijo secreto… Rodeado por um pequeno exército de Mínimos está Gru, planeando o maior golpe na história do mundo. Ele vai roubar a Lua… Gru adora tudo o que é maléfico. Armado com o seu arsenal de raios de encolher, raios de congelar e veículos de guerra para terra e ar, ele arrasa todos aqueles que se atravessam no seu caminho; até ao dia em que encontra três pequenas órfãs que vêm nele algo que ninguém mais viu: um potencial Pai.”

(José Amaral)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

hora de inverno


Chegou a HORA DE INVERNO, às 02h passa a ser 01h, no próximo Domingo.
Em conformidade com o Decreto-Lei n.º 17/96 de 8 de Março, a hora legal no país é atrasada de sessenta minutos às 2 horas do último domingo de Outubro, dando-se assim, início ao período da "HORA DE INVERNO".


(José Amaral)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

poema


AventurA


Um dia aventurei-me,
fiz-me caminhante
pelos mesmos trilhos
que o comboio sulca.
A tiracolo levava uma viola
e na mão levava uma mala,
de madeira,
coberta de autocolantes,
que herdara de meu pai,
também ele emigrante.
No coração levava a esperança
numa vida menos madrasta,
e saudades infindáveis.

Ali ia eu, frágil,
como aquela velha mala.

As linhas paralelas infindavam-se.
Caminhava, eu, no meio dos carris
num andar doloroso,
compassado,
ritmado,
lento,
pesaroso.
Pé-ante-pé
de travessa em travessa,
lá seguia eu
sem olhar para trás
com medo de me acobardar
e desistir daquela gesta
hereditária.

O horizonte ainda longínquo
fazia-me tremer as pernas.
O meu País desaparecia
como um ponto negro.

A viola e a mala, agora,
pesavam já mais
do que a minha esperança.
O meu andar cambaleante
denunciava a existência
de um ser errante,
em busca do El-Dorado.

Eis, senão, quando a minha esperança
renasceu qual Fénix.
Vi um túnel ao fundo do qual,
como que por magia,
nascia uma luz boreal.
De braços abertos
corri para a luz.

(...)
No dia seguinte os jornais
noticiavam a morte
de mais um aventureiro.


(in "Poder da Díctamo", José Amaral)

sábado, 16 de outubro de 2010

o jogo favorito

Para mim Leonard Cohen é músico. Sou suspeito e desde já assumo. Porém, desconhecia a sua faceta como escritor. Entretanto descobri essa faceta numa ida a uma livraria. Fiquei curioso e comprei o livro O Jogo Favorito (Alfaguara, 290 páginas) da sua autoria. Confesso que me agrada mais a sua música e a sua voz, mas a sua escrita não me foi, de todo, indiferente.
Neste romance, Cohen, narra “a história do jovem Lawrence Breavman. Filho único de uma família abastada, Lawrence procura fora de casa o que não consegue encontrar junto do pai doente e da mãe neurótica: Amor e beleza. Na companhia de Krantz, o melhor amigo, explora avidamente o mundo, que gira obsessivamente em torno de um único eixo: o sexo oposto. Na ânsia de abafar um passado deprimente e castrante que chegou ao fim com a morte do pai, é através das mulheres que Lawrence vai tacteando e conhecendo a vida, mesmo quando a carne e o desejo se transformam numa prisão tão sufocante como o passado. O seu jogo favorito Lawrence descobre-o em Nova Iorque, onde se refugia depois de terminada a faculdade e de um êxito precoce como poeta. É aqui que conhece Shell, a mais linda das mulheres, com quem partilha o prazer das sedutoras palavras e dos íntimos silêncios. Descobre, porém, o amor completo, na plenitude inebriante do êxtase que oferece e dos sacrifícios que exige”.

(José Amaral)

sábado, 9 de outubro de 2010

imagine... paz...

John Lennon nasceu a 9 de Outubro de 1940, em Liverpool e morreu assassinado em Nova Iorque, a 8 de Dezembro de 1980. Aqui fica uma das músicas, mundialmente, mais conhecidas deste autor/cantor.



Imagine

Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace

You may say
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world

You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one





E por falar em PAZ, o Prémio Nobel da Paz de 2010 foi atribuído ao chinês Liu Xiaobo. Este dissidente encontra-se a cumprir uma pena de prisão de 11 anos, depois de ter escrito um manifesto, em 2008, a favor da liberdade de expressão e de eleições multipartidárias. Depois de feito o anúncio, muitas foram as vozes que se fizeram ouvir para a libertação de Liu. E que fez o governo chinês? Escondeu o anúncio do prémio, criticou a escolha e prendeu alguns manifestantes que pediam a libertação de Liu.


(José Amaral)

domingo, 3 de outubro de 2010

100 anos

Às 8 horas, do dia 5 de Outubro de 1910 (comemora-se este ano o centésimo aniversário), José Relvas proclama a República nos Paços do Concelho, em Lisboa.
Portugal deixou de ser uma Monarquia, em que o chefe de estado era um Rei, e deu lugar a uma República. O último rei foi D. Manuel II, que partiu para Inglaterra com a restante família real, ficando aí a viver no exílio.
A implantação da República fez com que Portugal mudasse a sua
bandeira e o seu hino para aqueles que temos actualmente e o nome da sua moeda para o escudo (actualmente é o euro).
O primeiro presidente eleito foi Manuel de Arriaga.
Passaram 100 anos e o país continua a viver conturbado. Muitas foram as transformações operadas, mas o povo continua a reclamar dos seus direitos. Os políticos continuam a divertir-nos e a distrair-nos em vez de governarem como deviam, pois foi para isso que foram eleitos. O País, os portugueses, merecem políticos de qualidade, de respeito e de palavra.

(José Amaral)