domingo, 25 de abril de 2010

liberdade!...


XXV/25



São cinco e vinte
do vinte e cinco de Abril!

Há cravos e multidões mil
que cheiram a Liberdade
e gritam vivas vermelhos
até à rouquidão da felicidade.

As pedras da calçada,
de forma admirada,
contemplam liberdades até aí
nunca imaginadas.
Os ajuntamentos são saudados,
os beijos andam à solta,
os ouvidos ganham paredes
e os soldados são vitoriados.

A neófita Revolução
está em marcha
e jamais poderá parar
assim a saiba, o País, implementar.


(in "25 de Abril/34 Anos", José Amaral)

domingo, 18 de abril de 2010

a não perder

Mais uma sugestão literária de leitura obrigatória. Deste autor, Ken Follett, já aqui publicitei algumas obras, todas elas de grande qualidade.
Desta feita, trata-se de A Chave para Rebecca (Bertrand Editora, 396 páginas). É uma obra que se lê em pouco tempo, pois a escrita é bastante atractiva. Trata-se de uma obra sobre a II Guerra Mundial. A acção desenrola-se no Norte de África, durante o ano de 1942. É uma história de espionagem, na altura em que o Nazismo estava no auge. O alvo dos espiões era o Cairo. É aí que vamos encontrar o espião alemão Alex Wolff. Alex é um homem hábil e frio. Rommel parece imbatível: as suas armas secretas são Alex Wolff, espião exímio, e um código fatal enterrado nas páginas do romance de Daphne de Maurier, Rebeca.
No entanto, Alex vai ter de enfrentar Vandam, oficial britânico. Tanto um como outro recorrem à mesma estratégia: fazem-se valer de Elene e Sonia que tentam seduzir, respectivamente, Wolff e Vandam.
À medida que as tropas de Rommel se aproximam da vitória, a perseguição desenrola-se no deserto até chegar a um confronto impressionante e explosivo.
Trata-se de uma obra obrigatória, muito bem escrita - como nos habituou Follett em “Os Pilares da Terra”… - que nos prende da primeira à última linha.

(José Amaral)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

fabuloso

Obrigatório!
Mais uma obra magnífica!
Se dúvidas havia (não para mim, pois ficaram dissipadas logo com a leitura da primeira obra deste autor), não mais há motivos para persistirem. Nova obra de Roberto Bolaño, O Terceiro Reich (Quetzal, 346 páginas), nova preciosidade literária.
Uma obra que nos prende, a exemplo de 2666, desde a primeira à última palavra. Aqui fica a Sinopse:
«Udo Berger, que sempre quis ser um grande escritor, mas que tem de se conformar em ser o campeão de "jogos & estratégia de guerra em Stuttgart", decide ir ao Hotel del Mar, na Costa Brava catalã, com a sua nova namorada, Ingeborg (nome de uma das personagens de 2666). O objectivo é treinar-se para participar num novo jogo de estratégia, justamente Terceiro Reich, e preparar-se para ganhar um torneio internacional. Eles compartilham as suas férias com um outro casal alemão, Charlie e Hanna, até que o primeiro destes desaparece misteriosamente depois de se cruzar com dois sinistros personagens que também levantam suspeitas junto das autoridades locais: «O Lobo» e «O Cordeiro». Entretanto, Udo Berger é perseguido por um detective estranho e sombrio e, atormentado por essa perseguição sem sentido, acaba por entrar em delírio com a "paisagem surreal da Costa Brava". Tudo isto acontece quando entra num jogo de vida ou morte com um personagem enigmático e de rosto desfigurado, El Quemado. Uma autêntica sinfonia de literatura, política, divertimento surreal, absurdo. Gozo puro».

(José Amaral)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

a não perder

Mais uma sugestão literária. Desta feita trata-se de uma obra de um escritor português. A máquina de fazer espanhóis (Alfaguara, 287 páginas), de valter hugo mãe.
Trata-se de um livro de leitura fácil, com uma história muito bem urdida. Faz-nos reflectir e ao mesmo tempo divertir, pois nota-se um apurado sentido de humor por parte do escritor.
Aqui fica a sinopse:
«Esta é a história de quem, no momento mais árido da vida, se surpreende com a manifestação ainda de uma alegria. Uma alegria complexa, até difícil de aceitar, mas que comprova a validade do ser humano até ao seu último segundo. a máquina de fazer espanhóis é uma aventura irónica, trágica e divertida, pela madura idade, que será uma maturidade diferente, um estádio de conhecimento outro no qual o indivíduo se repensa para reincidir ou mudar. O que mudará na vida de antónio silva, com oitenta e quatro anos, no dia em que violentamente o seu mundo se transforma?»
Uma obra a não perder. Recomendo vivamente.

(José Amaral)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Acabei de ler o romance de estreia do norte-americano David Wroblewski, A História de Edgar Sawtelle (Bertrand, 583 páginas).
Aclamada pela crítica – “A leitura obrigatória deste Verão”, People Magazine; “Inesquecível”, Washington Post Book World; “Um misto de thriller literário com bestseller”, Publishers Weekly – e considerado o Romance do Ano 2009 (pelo Oprah Book Club), esta obra relata a vida de um menino mudo no interior dos EUA.
Edgar Sawtelle vive com a família numa quinta remota em Wisconsin e, apesar da deficiência, é feliz. Há gerações que os Sawtelle criam uma carinhosa raça de cão, ilustrada na perfeição por Almodine, a companheira de sempre de Edgar. É com ela e com mais dois cães que Edgar foge após a tentativa falhada de provar o envolvimento do tio na morte do pai, uma morte repentina e em circunstâncias misteriosas em que ele acaba por culpar-se a si próprio por não ter podido gritar por socorro. Após este acontecimento e destroçado pelo romance da mãe com o tio paterno, um dia Edgar vê o fantasma do pai e decide partir na companhia dos três cães. Porém, o amor à mãe e aos animais, e o desejo de vingança, fazem com que regresse a casa. Mas nada é como esperava e Edgar terá de se decidir entre a vingança ou a preservação do legado da família.
Embora muito aclamado confesso não ter gostado muito. Daí o ter demorado tanto tempo a lê-lo (mesmo não gostando, levo a leitura até ao fim). Parece que o autor se preocupou, em demasia, em escolher as palavras e não deixou a criatividade à solta. Por vezes, arrastam-se as descrições e dá a sensação de haver palavras a mais, só para embelezar um pouco mais a história.
Eu não gostei, mas pode ser falha minha. Contudo, deixo a sugestão, pois pode haver outros que leiam e que gostem.

(José Amaral)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Santa Páscoa


A todos os visitantes do AdLitteram votos de uma Santa Páscoa!
(José Amaral)