quarta-feira, 11 de outubro de 2006

CATS

No passado fim-de-semana tive a felicidade de assistir, no Coliseu de Lisboa, ao musical “Cats” de Andrew Lloyd Webber. Este musical é baseado na obra de TS Eliot “OLd Possum’s Book of Practical Cats” e apresenta-se em Lisboa depois de ter estado, também, no Porto.

“Cats" foi o musical que mais tempo esteve em cartaz no New London Theatre: 21 anos e sempre esgotado. A proeza repetiu-se quando subiu ao palco da Broadway, em Nova Iorque. Entretanto, soltou amarras e partiu em digressão. Em todos os países por onde passou foi um sucesso. Portugal não é excepção e não fugiu, por isso, à regra. Entre os muitos prémios que já lhe foram atribuídos, contam-se sete Tony Awards e um Grammy.

Neste musical conta-se/canta-se a história da Gata Grizabella e do seu regresso à família que abandonou pela descoberta de outros “mundos”. Pleno de mistério e romantismo “Cats” conta uma história simples à qual ninguém fica indiferente! Em palco 29 “gatos” mostram-se humanos, vivendo rituais e partilhando segredos, como os nomes mágicos com que se tratam entre si.

Qual o motivo de tão grande sucesso? Um excelente elenco em que cada intérprete dá um cunho pessoal à personagem, a inesquecível música que acompanha a história ("Memory", por exemplo, já foi gravada por mais de 170 artistas), um argumento apelativo para qualquer idade e um deslumbrante conjunto de guarda-roupa, encenação e coreografia.

Muitos são os que também gostariam de assistir a este espectáculo, mas infelizmente em Portugal a política da Cultura está centrada em Lisboa e ramificada no Porto e pouco mais. É hora de as empresas de espectáculos – e porque não o próprio Ministério da Cultura – começarem a levar a cultura a todo o país, promovendo espectáculos como este pelo menos nas capitais de distrito.

José Amaral

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