quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Dia Mundial da SIDA

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é conhecida nos países de língua oficial portuguesa pelo acrónimo SIDA; no Brasil usa-se a sigla inglesa AIDS.A sida é o conjunto de sintomas e infecções em seres humanos resultantes do dano específico do sistema imunológico ocasionado pelo Vírus da imunodeficiência humana (VIH, ou HIV segundo a terminologia anglo-saxónica).
Existem tratamentos para a SIDA/AIDS e o HIV que diminuem a progressão viral, mas não há nenhuma cura conhecida.
Por mais campanhas que se façam este flagelo continua a ganhar terreno. Todas as campanhas preventivas são insuficientes, caso os homens não se mentalizem dos riscos que correm.
Também o AD LITTERAM se junta às comemorações do Dia Mundial da Sida (1 de Dezembro) com dois poemas. O primeiro em Português e da minha autoria (in Oráculo Luminar) e o segundo da autoria de Barbara «Châtelet 87», em Francês.


(José Amaral)


herói



A Nkosi Johson
(1989-2001)



Tu,
ícone da luta
pela vida
és um HERÓI
de carne e osso.



Quando em 1989
nasceste,
já seropositivo,
o teu destino
estava em ti gravado
com uma crueldade
tamanha
que te levava a odiar
a doença que tinhas:
a Sida.


Tu,
que sobreviveste
muito mais

do que pensávamos,
eras o símbolo
da luta
contra esse flagelo
mortal e desumano.


Eras tu,
que com tuas ténues palavras
dizias ser
“um rapaz com muita sorte”.
Eras tu,
que recebido
por presidentes,
que falando

em qualquer palco,
servias de esperança
a tantos meninos
como tu.


Mas,
quis o destino
- ou terá sido o próprio
Deus? –
que no dia 1 de Junho de 2001
(que outro dia poderia ser
que não este:
Dia Mundial da Criança)
o teu coração

parasse de bater.


Morreste em paz,
no teu sono sossegado.


O mundo jamais
te esquecerá,
a ti,
meu pequeno-grande herói
Nkosi Johson.


Obrigado!!!



Sid’amour à mort


Si s’aimer d’amour
C’est mourir d’aimer
Sont mourus d’amour
Sida-sidamnés
Les damnés d’amour
A mourir d’aimer
Ils sont morts d’amour
D’amour-sidamné
O sida-sida
Danger-sida
O sida sida-sid’amour à mort
O sid’assassin
Recherché
Sida mis amour à mort.


Mon amour malade
Ma douleur d’aimer
Mon damné-d’amour
Sida-sidamné
A vouloir t’aimer
D’amour à mourir
Sid’assassiné
O sida sida
Comme le furet
Passe par ici
Repasse par là
O sid’assassin
Recherche
Qui a mis l’amour à mort.


On rêvait d’amour
A mourir d’aimer
Et l’on meurt d’amour
D’amour sidamné
Maladie d’amour
Où l’on meurt d’aimer
Seul et sans amour
Sid’abandonné.


Si s’aimer d’amour
C’est mourir d’aimer
Sont mourus d’amour
Seuls et sidamnés
Les damnés d’amour
A mourir d’aimer
Ils sont morts d’amour
Sid’assassinés.
















2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei do poema. apesarda dureza!

Amaral disse...

E a SIDA não é dureza?
Este flagelo tem de ser combatido. Todos temos de contribuir