terça-feira, 21 de novembro de 2006

Violência Escolar

Esta manhã estava em casa e liguei a televisão na “Sic Notícias”. O tema em debate era a violência nas escolas, nomeadamente entre alunos. Há um termo em inglês muito em voga, o bullying, utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, na sua grande maioria intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objectivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz de se defender.
O comportamento dos agressores é agressivo e negativo, executado repetidamente e ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Devemos, ainda, dividir este fenómeno em: directo (mais comum entre agressores masculinos) e indirecto (recusa em socializar com a vítima, criticar o modo de vestir…).
O bullying pode ocorrer em muitas situações: escolas, local de trabalho, vizinhos… Mas o que me preocupa é este fenómeno nas escolas. Vai-se vendo nas escola, e vai-se lendo nos jornais, alguns casos de intimidação e humilhação para
atormentar os outros.
Este fenómeno é uma “bola de neve” que deve ser parada. Quem sofre de violência física ou psicológica pode entrar em depressão, tornar-se também agressor, sofrer de ansiedade, perda de auto-estima, medo de expressar emoções e em casos extremos o suicídio (também conhecido por bullycídio).
Na escola o aluno agredido pode querer fugir da escola, desrespeitar os professores, nível elevado de faltas, queda de produtividade entre muitos outros efeitos.
O fenómeno existe e está identificado. Não podemos olhar para ele e achar que é normal, que são “brincadeiras de pequenos”. É preciso fazer alguma coisa e neste particular não é só a escola que deve actuar. Os pais e encarregados de educação devem também ter um papel importante. Mas, é do “alto” que deve vir a primeira medida. O Ministério da Educação não pode demitir-se das suas funções. Não é só alterar o ECD que resolve os problemas da educação é preciso assumir erros e falhas noutros campos e corrigi-los. Se educar é promover o desenvolvimento harmónico do homem nos seus aspectos intelectual, moral e físico e a sua inserção na sociedade, não podemos cruzar os braços e achar que isto é normal.

(José Amaral)

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