(José Amaral)
Uma sugestão literária para esta pausa do Natal. Trata-se de um livro de Irvin D. Yalom, Quando Nietzsche Chorou (Saída de Emergência, 319 páginas). É um livro interessantíssimo, muito bem escrito e que nos prende até ao fim. Os factos, reais e imaginários, misturam-se.
No dia 4 de Dezembro de 1980, o avião em que o então primeiro-ministro, Sá Carneiro, seguia para o Porto despenhou-se em Camarate, pouco depois de levantar voo no aeroporto da Portela, em Lisboa. Faz, amanhã, 30 anos sobre este trágico acontecimento. Trinta anos depois as circunstâncias da tragédia ainda estão por esclarecer, havendo quem defenda a teoria de atentado e quem argumente a favor da teoria de acidente. Na queda do avião morreram também o Ministro da Defesa, o democrata-cristão Adelino Amaro da Costa, bem como a companheira de Sá Carneiro, Snu Abecassis, para além de assessores, piloto e co-piloto.
No dia 1 de Dezembro comemora-se o Dia Mundial da Luta contra a Sida. Este dia tem que ser relembrado em todo mundo, pois a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), apesar de recente, é uma epidemia e um problema à escala mundial. Até ao momento já infectou mais ou menos 60 milhões de pessoas dos quais 25 milhões já faleceram.
Hoje apresento uma pequena pérola literária. O livro que vou publicitar entrava directamente no meu top10. Trata-se de a solidão dos números primos (Bertrand Editora, 265 páginas), de paolo giordano. É um livro que se lê num fôlego, aliás nem dá vontade de o fechar. Apetece mesmo ler até à última linha. Muito bem escrito, teve as melhores críticas e faz-nos pensar no ser humano, nas diferenças dos outros. Para provar aquilo que digo, aqui deixo a sinopse:
Desta vez sugiro um livro interessantíssimo e que nos faz pensar em nós enquanto pessoas. O autor, Bernhard Schlink, de quem já publicitei aqui “O Leitor” e “O Regresso”, orienta-nos numa história muito bem urdida. O livro é O Fim de Semana (Asa, 191 páginas) e aconselho-o vivamente.
Já por várias vezes tinha ouvido falar de João Tordo. O nome não me dizia nada, nem tão pouco associado ao nome de família (filho do cantor Fernando Tordo). Sabia que tinha ganho o Prémio José Saramago, em 2009. Sabia que tinha um novo romance O Bom Inverno (D. Quixote, 290 páginas). Sabia que tinha recebido os maiores elogios. Contudo, ainda não me tinha predisposto a adquirir a obra. Em boa altura o fiz. É um romance excelente, de leitura fácil e que nos prende do princípio ao fim. Muito bom para esta altura do ano.
Hoje, nesta tarde chuvosa de Inverno (que ainda não chegou), uma escapadela para ir ao cinema, na companhia do meu filho. A escolha recaiu sobre Gru – O Maldisposto, um filme de Animação, em 3D, dobrado com as vozes de, entre outros, Nicolau Breyner e David Fonseca. O filme está muito bem conseguido, com piadas interessantes e efeitos visuais muito atraentes.
Para mim Leonard Cohen é músico. Sou suspeito e desde já assumo. Porém, desconhecia a sua faceta como escritor. Entretanto descobri essa faceta numa ida a uma livraria. Fiquei curioso e comprei o livro O Jogo Favorito (Alfaguara, 290 páginas) da sua autoria. Confesso que me agrada mais a sua música e a sua voz, mas a sua escrita não me foi, de todo, indiferente.
John Lennon nasceu a 9 de Outubro de 1940, em Liverpool e morreu assassinado em Nova Iorque, a 8 de Dezembro de 1980. Aqui fica uma das músicas, mundialmente, mais conhecidas deste autor/cantor. 
Às 8 horas, do dia 5 de Outubro de 1910 (comemora-se este ano o centésimo aniversário), José Relvas proclama a República nos Paços do Concelho, em Lisboa.
O Vale dos Cinco Leões (Bertrand Editora, 392 páginas), de Ken Follet é o último livro que li.
Jantar de Idiotas, com Steve Carell e Paul Rudd, é um “remake” que não consegue estar à altura do original “Un Dîner de Cons”.
Neste retomar ao trabalho, nada melhor que uma sugestão literária para fazer a “passagem” do relax para o trabalho. Trata-se de A História de Eneas (Bertrand Editora, 277 páginas), de Sebastian Barry. Este romance, do irlandês autor de “Escritos Secretos” e finalista por duas vezes do prémio Man Booker Prize, merece uma leitura atenta. A Imprensa Internacional já se rendeu aos dotes literários deste excelente e premiado escritor irlandês, considerando este romance como intenso, terno e absolutamente encantador. Para Franck McCourt trata-se de um romance «Elegante, cómico, trágico, musical. Trata-se de um romance que é uma sinfonia, e o leitor haverá de querer juntar-se à melodia e entrar com Eneas no próximo século.»
de com uma série de acontecimentos sinistros.


(Foto da autoria de Belarmino Lopes)
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Sem Abrigo
Levantem esse Homem!
Não, não é pesado…
Leve como um anjo, anda muito cansado.
É ele o mendigo da rua que todos vêem passar…
Afastam-se de quem em criança quiseram beijar.
Levantem esse Homem! Cheiros podres sem destino.
Dêem-lhe água e perfume, carícias de bebé esquecido,
agora cão maltratado.
Mágoas em álcool afundadas num percurso de culpas carregado.
Abrigo em esquinas calcetadas, obstáculo em ruas apinhadas…
Levantam-no por baixo: duas mãos e uma atenção.
Icem-no bem alto.
Encham-lhe o coração!
(Poema da autoria de Catarina Crocker)
(José Amaral)
Mais uma sugestão literária para as férias. Trata-se de um livro do Prémio Nobel da Literatura 2009, Herta Müller. O livro é Tudo o que eu tenho trago comigo (Dom Quixote, 290 páginas). Não conhecia a escrita desta autora, mas surpreendeu-me pela positiva. Como livro de férias, quanto ao conteúdo não é muito “ligeiro”, mas compensa pela história, pela forma de escrever e de descrever pormenorizadamente as realidades. Vale por isso uma leitura, mesmo que em férias.
Hoje foi dia de cinema na companhia do meu filho. O filme escolhido foi Shrek Forever After (Shrek – O Capítulo Final). O filme, em 3D, está muito bem conseguido, com efeitos especiais de grande nível.
Já aqui publicitei algumas obras (“Kafka à Beira-mar”, “Em busca do Carneiro Selvagem” e “A Rapariga que inventou um sonho”), porque meritórias, de Haruki Murakami. Hoje volto a sugerir mais uma obra deste autor: O Elefante Evapora-se (Casa das Letras, 351 páginas). O livro lê-se facilmente, mas com muito agrado. São dezassete contos que nos prendem do princípio ao fim.

m o tempo e o espaço, tratam de todas as questões que, ao longo da história da humanidade e da nossa própria história, sempre nos inquietaram e agitaram. Dizem verdades que só os mentirosos conhecem. Enfim, dizem-nos tudo aquilo que só os contos podem dizer. Histórias de ontem, histórias de hoje: esta é a segunda colheita».

Desta feita trago uma sugestão de uma obra que me surpreendeu pela positiva. Uma escrita “intelectual”, mas que se lê com agrado. As palavras ganham força como só Natália Correia sabe fazer. Confesso que não conhecia a prosa desta autora (apenas a poesia), mas fiquei bastante agradado. Por isso, recomendo o livro Madona (Planeta DeAgostini, 184 páginas).
A sugestão literária de hoje é O Romance de S. Petersburgo (casa da letras, 307 páginas), de Vladimir Fédorovski.

Mais uma sugestão literária de leitura obrigatória. Deste autor, Ken Follett, já aqui publicitei algumas obras, todas elas de grande qualidade.