Desta feita trago uma sugestão de uma obra que me surpreendeu pela positiva. Uma escrita “intelectual”, mas que se lê com agrado. As palavras ganham força como só Natália Correia sabe fazer. Confesso que não conhecia a prosa desta autora (apenas a poesia), mas fiquei bastante agradado. Por isso, recomendo o livro Madona (Planeta DeAgostini, 184 páginas).
Madona é um texto literário narrado por Branca, uma jovem rapariga nascida em Briandos, uma aldeia rodeada de montanhas e de preconceitos quase intransponíveis pela sede de liberdade existencialista que assola a Europa. Quando o pai de Branca morre no leito da prostituta local, e a sua viúva é forçada por um tácito acordo com a sociedade rural a ignorar as circunstâncias da sua morte, Branca decide libertar-se da sua vida espartilhada, enquanto mulher campestre, e refugia-se em Paris.
Em Paris, Branca conhece Miguel, um jovem escritor que a apresenta aos bastidores da revolução de ideias e coreografa a sua nova atitude face às convenções e ao pudor sexual com que crescera. Os amantes de Branca sucedem-se, num rodopio de que Miguel é um espectador quase passivo, convencido de que consegue minimizar os seus sentimentos ao intelectualizá-lo.
Por fim, Branca rejeita os ciúmes de Miguel, sempre camuflados sob uma racionalização exacerbada que a exaurira, e decide abandoná-lo. Vagueia por algum tempo pela Europa, mas acaba por regressar a Briandos. Algum tempo passado, sem nunca abandonar as liberdades que tinham estado interditas à sua mãe, Branca recebe a visita esperada de Miguel. Encontra-o envelhecido e adoentado, embora mais afectado pelos remorsos que as suas perversões tinham deixado para trás do que por qualquer outro tumor. É então que a Fénix do seu amor por Miguel renasce da compaixão que não consegue deixar de sentir, e assim decide partir com ele, rumo a novos ideais.
(José Amaral)
Madona é um texto literário narrado por Branca, uma jovem rapariga nascida em Briandos, uma aldeia rodeada de montanhas e de preconceitos quase intransponíveis pela sede de liberdade existencialista que assola a Europa. Quando o pai de Branca morre no leito da prostituta local, e a sua viúva é forçada por um tácito acordo com a sociedade rural a ignorar as circunstâncias da sua morte, Branca decide libertar-se da sua vida espartilhada, enquanto mulher campestre, e refugia-se em Paris.
Em Paris, Branca conhece Miguel, um jovem escritor que a apresenta aos bastidores da revolução de ideias e coreografa a sua nova atitude face às convenções e ao pudor sexual com que crescera. Os amantes de Branca sucedem-se, num rodopio de que Miguel é um espectador quase passivo, convencido de que consegue minimizar os seus sentimentos ao intelectualizá-lo.
Por fim, Branca rejeita os ciúmes de Miguel, sempre camuflados sob uma racionalização exacerbada que a exaurira, e decide abandoná-lo. Vagueia por algum tempo pela Europa, mas acaba por regressar a Briandos. Algum tempo passado, sem nunca abandonar as liberdades que tinham estado interditas à sua mãe, Branca recebe a visita esperada de Miguel. Encontra-o envelhecido e adoentado, embora mais afectado pelos remorsos que as suas perversões tinham deixado para trás do que por qualquer outro tumor. É então que a Fénix do seu amor por Miguel renasce da compaixão que não consegue deixar de sentir, e assim decide partir com ele, rumo a novos ideais.
(José Amaral)
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