domingo, 25 de fevereiro de 2007

Já pensou nisto...

Hoje, ao ler o "Jornal de Notícias" (25FEV07) dei, na Página do Leitor com uma carta assinada por Maria Domingues e com o sugestivo tìtulo: «Professores não podem adoecer». Antes de mais, devo tirar o chapéu a esta senhora pela lucidez com que escreve a carta.
Noutros post's meus, aqui no AD LITTERAM, discordei de vários pontos do novo Estatuto da Carreira Docente. Este é mais um dos exemplos em que estou em total desacordo. Veja-se o ridículo da
questão tão bem retratado nesta missiva que passo a transcrever na íntegra:
"Os professores, para acederem à categoria mais elevada da carreira, não podem ter faltas.
Assim, não podem ter doenças, não podem ter filhos, não podem dar assistência a familiares doentes, não podem ir a tribunal prestar qualquer depoimento, não podem participar em funerais de familiares ou amigos queridos... Por isso, filha, venho pedir-te perdão se não conseguir morrer em período de férias, porque, a juntar à dor de me teres perdido, o teu patrão dar-te-á o castigo que mereces, se resolveres acompanhar-me à última morada. Resta-me ainda uma outra hipótese, para não contribuir para a tua desgraça: é morrer numa sexta-feira, à noite, para teres tempo de me enterrar e ires trabalhar na segunda-feira».
Mais palavras para quê...

(José Amaral)

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Poeta 2

DE TARDE


Naquele pic-nic de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampamos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia

Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois selos como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!


Cesário Verde


(José Joaquim Cesário Verde nasceu em Lisboa a 25 de Fevereiro de 1855. Foi um poeta português. A sua poesia delicada emprega técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a Cidade e o Campo, seus cenários predilectos. Evitou o lirismo tradicional, expressando da forma mais natural possível. Faleceu de tuberculose a 19 de Julho de 1886, no Lumiar).



(José Amaral)

Poeta 1

Primavera

 
Todo o amor que nos
prendera
como se fora de cera
se quebrava e desfazia
ai funesta primavera
quem me dera, quem nos dera
ter morrido nesse dia
 
E condenaram-me a tanto
viver comigo meu pranto
viver, viver e sem ti
vivendo sem no entanto
eu me esquecer desse encanto
que nesse dia perdi
 
Pão duro da solidão
é somente o que nos dão
o que nos dão a comer
que importa que o coração
diga que sim ou que não
se continua a viver
 
Todo o amor que nos
prendera
se quebrara e desfizera
em pavor se convertia
ninguém fale em primavera
quem me dera, quem nos dera
ter morrido nesse dia
 
  David Mourão-Ferreira

(David Mourão-Ferreira nasceu a 24 de Fevereiro de 1927.Licenciou-se em Filologia Românica em 1951 pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde, mais tarde, foi professor. Escritor e poeta faleceu a 16 de Junho de 1996).


(José Amaral)



sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Moçambique


MoçambiquE

***

Moçambique:

ver-te era

querer-te,

sonhar-te era ter-te.


Bela,

selvagem,

formosa,

nativa,

escrava,

colonizada,

bélica,

revoltada,

libertada,

e... destruída.


De teu solo

nasciam corpos mutilados,

crianças órfãs,

velhos cadavéricos;

nascia também a destruição,

o fratricídio,

a esperança poenta.

Ias esculpindo

- a golpes de bazuca,

de metralhadora,

de granadas,

de minas –

a tua pobreza terceiro-mundista.


Ficaras rica de nada.

Sonhavas com um futuro

de coisas que nunca tiveras:

Paz

Amor

Liberdade.


Encontraste-te!!!


Renasceste, qual fénix,

das avermelhadas cinzas.

Ias esculpindo

- em passadas de elefante (pesadas)

que desejavas de chita (velozes) –

o teu futuro que previas risonho.


Aquele último ano do século

no último mês bissexto,

foi, qual colono, destruidor

para ti.

Levou-te tudo.

As monções, transformadas em cheias,

destruíram tudo, inundando,

como antes o fora com lágrimas,

o País.

As pessoas e os animais

procuravam salvação

a todo o custo.

Por todo o lado

se via destruição e miséria.


Uma vez mais

a vontade dos outros

- neste caso das forças da Natura -

se sobrepôs à tua vontade.

Não te deixes vencer!

Anima-te, renasce, revolta-te!


«Deus escreve direito

por linhas tortas».


*** Escrito em finais de Fevereiro 2000,

aquando de umas assoladoras cheias.


(in “Poder da Díctamo”, José Amaral)

Em 2000 as cheias assolaram este País (onde eu nasci) deixando um rasto de destruição e atrasando o desenvolvimento deste país-mártir. Volvidos sete anos – será o ciclo dos sete anos? – a Natureza causa novos estragos em Moçambique. Que a protecção divina não permita que as forças da natura causem estragos irreparáveis nesta Fénix que procura erguer-se nas cinzas da destruição.

José Amaral

Notícia

O meu livro "Outonalidades" volta a ser notícia. Desta feita foi no Jornal Oficial da "Livraria ABC" ( http://www.livrariaabc.com/ ) de Santa Maria da Feira. Aparece na secção dos destaques o que me deixa muito contente. Ao Artur Dias um abraço de gratidão por esta prova de amizade.

José Amaral

Senha da Revolução

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade


(Letra e música de Zeca Afonso

in “Cantigas de Maio”, 1971)

Zeca Afonso



A 23 de Fevereiro de 1987, morria o músico e cantor José Afonso, 57 anos, autor de «Grândola, Vila Morena», senha da revolução de 25 de Abril de 1974, na base da queda da ditadura.
José Afonso nasceu em Aveiro, a 02 de Agosto de 1929. Filho de um magistrado, cresceu entre Angola, Moçambique, Belmonte e Coimbra. Aqui frequentou o Liceu D. João III e a Faculdade de Letras, e aqui iniciou-se também na balada, com o mestre da guitarra Flávio Rodrigues.

Em 1953, gravou os primeiros discos: «Fado das Águias» e «Outras Canções». Em 1960, editou «Balada de Outono». Era então professor do ensino secundário, tendo leccionado em colégios particulares, por todo o país.

O ensino levou-o de volta a África, em 1964, experiência fundamental para a sua formação política. Ainda em Moçambique compôs para a peça «A Excepção e a Regra», de Bertold Brecht.

De regresso a Portugal, em 1967, editou o primeiro LP, «Baladas e Canções», ao qual se seguiram «Cantares do Andarilho», «Contos Velhos Rumos Novos» e «Traz outro Amigo Também».

Em 1971, a colaboração com José Mário Branco deu origem a «Cantigas do Maio», álbum onde se encontra a canção «Grândola Vila Morena», e que tem integrado as listas dos melhores discos de sempre da música portuguesa, à semelhança de «Venham mais Cinco», de 1973.

Depois do 25 de Abril, surgem «Coro dos Tribunais» e «Com As Minhas Tamanquinhas». «Enquanto Há Força», de 1977, «Fura Fura», de 1979, e «Baladas de Coimbra e Outras Canções», de 1981, são os álbuns seguintes.

Em 1983, foi-lhe diagnosticada a esclerose múltipla, de que viria a falecer.

Nesse ano, José Afonso realizou os últimos espectáculos ao vivo, nos Coliseus de Lisboa e Porto, sendo então editados «José Afonso Ao Vivo no Coliseu» e «Como Se Fora Seu Filho».

Em 1984, Pete Seeger, Chico Buarque, Sílvio Rodriguez, Isabel Parra e Amparo Ochoa, entre outros, homenagearam-no no Concerto pela Paz, em Manágua.

Em 1985, foi publicado o derradeiro disco, o LP «Galinhas do Mato», no qual já só participou apenas em duas canções, ao lado de Janita Salomé, Helena Vieira, Né Ladeiras e José Mário Branco.

José Afonso morreu em Setúbal, na madrugada de 23 de Fevereiro de 1987.

Nesta data, em 1685, nascia o compositor alemão Georg Friedrich Handel, enquanto em 1869, os escravos eram declarados libertos, em todo o território português.

A abolição da escravatura tornou-se efectiva em 1876.

Em 1945, na II Guerra Mundial, as forças dos EUA conquistavam a ilha de Iwojima, no Pacífico, e em 1961, o Conselho de Segurança da ONU emitia a primeira resolução condenatória da política colonialista do ditador português Oliveira Salazar.

A resolução surgia na sequência da repressão violenta dos trabalhadores angolanos pelas forças portuguesas, que causara cerca de 10 mil mortos, nos arredores de Luanda, entre finais de Janeiro e inícios de Fevereiro.

A brutalidade da intervenção intensificou então a luta armada pela independência de Angola com o ataque à Casa de Reclusão Militar, ao quartel da PSP e à delegação da Emissora Nacional em Luanda, pelo MPLA, a 04 de Fevereiro.

Pela mesma altura, a UPA lançava o ataque a fazendeiros brancos, no norte do território.

Em 1970, reunia-se, pela primeira vez, em Estrasburgo, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, enquanto, em 1981, ocorria uma tentativa de golpe de estado, em Espanha, durante a eleição do primeiro-ministro, no Parlamento, quando 150 guardas civis, comandados pelo tenente-coronel Tejero Molina, assaltaram o plenário, em Madrid.

Em 1989, morria a escritora portuguesa Luísa Neto Jorge, 50 anos.

Em 1992, António Guterres era eleito secretário-geral do Partido Socialista.

Em 2002, era jubilado o professor catedrático Nuno Grande, 70 anos, pioneiro nos ensaios do transplante pulmonar. No mesmo dia, verificava-se o rapto da deputada e candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betencourt, pelas FARC, continuando desde então sob sequestro.


in Diário Digital / Lusa (edição online) 23FEV07

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

A Quaresma começa com a Quarta-feira de Cinzas



O período da Quaresma é um tempo oportuno para reflectirmos e vivermos o essencial da fé cristã.
Depois da folia vivida com o Carnaval entramos num período de recolhimentos e de penitência. Inicia-se na Quarta-feira de Cinzas com a exortação a que tomemos consciência da nossa condição de fragilidade: somos pó, voltaremos ao pó a qualquer momento (“Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris”). A Quaresma lembra-nos e convida-nos também a viver a nossa vocação transcendente de participar no Mistério Pascal de Jesus Cristo, vencendo o pecado e vivendo à imagem do Senhor Ressuscitado. O que só é possível através da penitência. Por isso é que a Quaresma, período de 40 dias antes da Páscoa, é um tempo de Jejum e Abstinência (mais associada à não ingestão de carne, sobretudo à Sexta-feira). Estes quarenta dias têm paralelismo com outros quarenta dias: 40 anos que o povo de Israel passou no deserto, 40 dias do dilúvio, 40 dias de oração de Jesus no deserto…
A Quaresma, tendo como fundo o Mistério Pascal de Cristo, apresenta-se portanto, como um percurso baptismal, que se traduz num percurso penitencial. Exorta-nos, ainda, constantemente à caridade.

(José Amaral)

Mais um...


Pela obra "Uma Carta no Inverno"
Vasco Graça Moura distinguido com prémio de poesia Max Jacob

O poeta e tradutor Vasco Graça Moura foi distinguido com o prémio francês de poesia Max Jacob pela obra "Uma Carta no Inverno", de 1997, anunciou hoje a editora La Différence.
O livro, que acaba de ser lançado em francês por aquela editora, com tradução de Joaquim Vital, mereceu a Vasco Graça Moura uma distinção na área da literatura estrangeira.
A editora parisiense, que conta no seu catálogo com vários autores portugueses, já tinha atribuído este mesmo prémio a Sophia de Mello Breyner Andresen, em 2001.
O prémio Max Jacob será entregue a Vasco Graça Moura a 8 de Março, em Paris.
Este é o segundo prémio que Vasco Graça Moura recebe no espaço de duas semanas, depois de, no dia 7, ter sido galardoado pela Universidade de Évora com o Prémio Virgílio Ferreira 2007.
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, Vasco Graça Moura publicou a primeira obra, "Modo Mudando", em 1963, ao qual se seguiram várias obras de poesia, ensaio e ficção.
A faceta de tradutor valeu-lhe em 1995 o Prémio Pessoa pela tradução de "Vita Nuova" e "Divina Comédia".


in “Público” (edição online) 20FEV07

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Viva a Folia!...


A origem do Carnaval é pagã. Mas são muitas as teorias que tentam definir os primeiros festejos ora em Roma, nos festejos da Saturnália; ora no Egipto, nas celebrações que homenageavam os deuses Ísis ou Osíris. A corrente mais consensual associa o Carnaval aos bacanais e festejos similares que em Roma aconteciam por altura da Saturnália. Uma festa onde um carro com um formato de navio desfilava por entre uma multidão mascarada que se agitava em brincadeiras diversas.
Etimologicamente, a palavra Carnaval remete para a expressão carne levare que significa “afastar a carne”, (ou também a expressão carne vale, que significa “adeus à carne”) porque segundo o calendário cristão seria o último dia em que se poderia comer carne, a Terça-Feira Gorda, já que no dia seguinte – Quarta-feira de Cinzas – se inicia um período de jejum e reflexão. O Carnaval seria então a última folia de alegria profana que deveria anteceder esta época de tristeza.
No Carnaval muita são as expressões populares que se utilizam para caracterizar esta data: “é Carnaval ninguém leva a mal”, “no Entrudo vale tudo”, “a vida são dois dias e o Carnaval três” fazem todo o sentido quando a folia das batalhas de confetis e serpentinas dão lugar à critica e à sátira social nos desfiles de carros alegóricos. O Carnaval foi também uma festa proibida durante algumas ditaduras nos países que o celebravam, pois as máscaras permitiam a inversão de papéis sociais. Qualquer um podia ridiculizar um político, rimas eram feitas para criticar o governo e as instituições. Em Portugal o Carnaval, embora não tendo o brilhantismo do Carnaval brasileiro ou o misticismo do Carnaval de Veneza, também é festejado um pouco por todo o país. Torres Vedras (o mais português), Loulé, Ovar, Mealhada… Na região de Viseu também o Carnaval de Nelas e sobretudo o de Cabanas de Viriato (com a célebre “dança dos Cús”) são os que têm uma maior expressão.

(José Amaral)

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Novo Museu no Fundão

Fundão vai ter museu em memória de José Alves Monteiro


A Câmara do Fundão vai inaugurar no dia 25 um museu arqueológico no remodelado Solar Falcão d´Elvas, no centro histórico da cidade, anunciou a autarquia.
O investimento ronda os 600 mil euros, para «colocar à disposição do público o acervo museológico que o município tem armazenado ao longo de décadas», disse à Agência Lusa o presidente da autarquia, Manuel Frexes.

O acervo do Museu é actualmente constituído por quatro centenas de peças, de um total de cerca de 15 mil em depósito.

Reúne colecções de objectos do quotidiano, que vão da pré-história ao século V, conjuntos cerâmicos romanos e pré-romanos, machados, e exemplares de peças com inscrições seculares.

«Este vai ser um dos equipamentos culturais de maior relevo na região, nas áreas do património, da arqueologia e da história», garante Manuel Frexes.

Para além do espaço museológico, o edifício contempla ainda um pequeno auditório, sala de exposições temporárias, biblioteca técnica, laboratório de conservação e restauro e gabinetes de estudo.

O novo espaço vai receber a designação de Museu Municipal José Monteiro, em homenagem ao responsável pela recolha de parte do espólio que ali será exposto e um dos principais impulsionadores das investigações arqueológicas no concelho.

Por essa mesma razão, o espaço vai ser inaugurado a 25 de Fevereiro, dia de aniversário de José Alves Monteiro, que nasceu em 1890, no Fundão.

Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1912, e regressou depois à terra natal onde exerceu advocacia e se dedicou à promoção de diversas actividades de ordem cultural e política, como as pesquisas arqueológicas. Foi autor de diversas obras sobre a temática.

Outra parte significativa do espólio do museu resulta de doações e cedências da parte de munícipes e instituições, entre elas o próprio Instituto Português de Museus.

O museu vai ser dirigido por João Mendes Rosa, docente, licenciado em História e doutorando em Arqueologia e actual responsável pela Divisão Municipal do Património Histórico.


in Diário Digital / Lusa (edição online) 17FEV07


Aqui está uma notícia que me deixa muito feliz. Pela iniciativa e pelos seus responsáveis, nomeadamente o meu amigo João Mendes Rosa para quem sei o quanto significa esta iniciativa. O Fundão merece e João Mendes Rosa também. Parabéns!



(José Amaral)


Latinices...

A Língua Portuguesa deriva do Latim, língua falada na região onde ficava a Roma antiga, designada por Lácio, e que, na sua expansão, os Romanos trouxeram para outras regiões, onde, em conjunto com factores locais, evoluiu originando as Línguas Românicas.
Muitos são os que, talvez, nunca tenham tido contacto com o Latim. É pena! Na origem da maioria das palavras por nós faladas está o Latim. Se soubéssemos Latim em muito nos ajudaria a escrever correctamente a nossa língua. O Ad Litteram (expressão latina) deixa aqui um pequeno texto em Latim retirado de “Selecta Latina I”.


«Lusitania et Hispania sunt vicinæ. Industria et diligentia raræ sunt in ancillis. Avara est formica, et prodiga cicada. Provida est formica, mala tamen. Bruma erit longa ; parca igitur esto, o formica. Lusitania, patria mea, mihi est cara. Roma Fortunaque erant deæ. Salve, Lusitania, mea patria. Formicæ, parvæ bestiolæ, sunt multæ. Lætitia incolarum est magna. Domina laudat diligentiam suarum ancillarum. Ancillæ, amate vestras dominas. Poeta vituperavit impudentiam scurrarum. Procella est sæpe causa ruinæ agricolis. Ornaverunt mensas magnis placentis. Villa abundat gallinis, agnis, vaccis et vitulis».


Pode parecer difícil, mas não é. Algumas palavras aproximam-se e em muito com o Português. É só fazer um esforço e tentar traduzir o texto.

(José Amaral)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

14 de Fevereiro - Dia de S. Valentim

As comemorações de 14 de Fevereiro, dia de S. Valentim, como dia dos namorados, têm várias explicações – umas de tradição cristã, outras de tradição romana, pagã.

A Igreja Católica reconhece três santos com o nome Valentim, mas o santo dos namorados pensa-se ter vivido no século III, em Roma, tendo morrido como mártir no ano 270. Em 496, o papa Gelásio reservou o dia 14 de Fevereiro ao culto de S. Valentim.

Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II. Cláudio queria constituir um exército romano grande e forte; não conseguindo levar muitos romanos a alistarem-se, acreditou que tal sucedia porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias para partirem para a guerra. E a solução que encontrou… foi proibir os casamentos dos jovens! Valentim ter-se-á revoltado contra a ordem do imperador e, ajudado por S. Mário, terá casado muitos casais em segredo. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro.

Quanto à tradição pagã, pode fundir-se com a história do mártir cristão: na Roma Antiga, celebrava-se a 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) um festival, os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua «namorada» durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).


La plupart des rites qui étaient associés à la Saint-Valentin sont maintenant disparus. Autrefois, les amoureux devaient fabriquer eux-mêmes leur carte et composer leur déclaration d'amour. Tout cela se faisait dans l'anonymat... Au Moyen Âge, on appelait "valentin" le cavalier que chaque fille choisissait pour l'accompagner lors de sorties. Le cavalier devait faire un cadeau à la fille.
En ce qui concerne l'identité de saint Valentin, les historiens ne sont pas en accord. Au total, sept saints chrétiens prénommés Valentin sont fêtés le 14 février! Lequel est à l'origine de cette fête? Mystère!

La plupart des historiens croient que la Saint-Valentin est associée aux Lupercales romaines. Les lupercales étaient des fêtes annuelles célébrées le 15 février en l'honneur de Lupercus, le dieu des troupeaux et des bergers.



Valentine's Day started in the time of the Roman Empire. In ancient Rome, February 14th was a holiday to honour Juno. Juno was the Queen of the Roman Gods and Goddesses. The Romans also knew her as the Goddess of women and marriage. The following day, February 15th, began the Feast of Lupercalia.
On the eve of the festival of Lupercalia the names of Roman girls were written on slips of paper and placed into jars. Each young man would draw a girl's name from the jar and would then be partners for the duration of the festival with the girl whom he chose.

Under the rule of Emperor Claudius II Rome was involved in many bloody and unpopular campaigns. Claudius the Cruel was having a difficult time getting soldiers to join his military leagues. He believed that the reason was that roman men did not want to leave their loves or families. As a result, Claudius cancelled all marriages and engagements in Rome. The good Saint Valentine was a priest at Rome in the days of Claudius II. He and Saint Marius aided the Christian martyrs and secretly married couples, and for this kind deed Saint Valentine was apprehended and dragged before the Prefect of Rome, who condemned him to be beaten to death with clubs and to have his head cut off. He suffered martyrdom on the 14th day of February, about the year 270.


José Amaral

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Dois Grandes ESCRITORES

O poeta e romancista russo Boris Leonidovitch Pasternak nasceu a 10 de Fevereiro de 1890, em Moscovo, e faleceu a 31 de Maio de 1960, em Peredelkino. Filho de um professor de pintura e de uma pianista, teve uma juventude em uma atmosfera cosmopolita. Depois dos estudos, Filosofia, na Alemanha regressou a Moscovo. Durante a Primeira Guerra Mundial ensina e trabalha numa fábrica química dos Urais, o que lhe deu matéria para a sua famosa saga Doctor Zhivago anos mais tarde. Durante os anos 30 Pasternak foi perseguido pelas autoridades, mas escapou aos “Campos de Trabalho Correctivo" (sistema de campos de trabalhos forçados para criminosos e presos políticos da União Soviética), mais conhecidos como Gulag. Foi-lhe atribuído o Prémio Nobel de Literatura em 1958, mas ele não foi autorizado a recebê-lo por razões políticas.

[ Like a beast in a pen, I'm cut off
From my friends, freedom, the sun,

But the hunters are gaining ground.
I've nowhere else to run.

Dark wood and the bank of a pond,
Trunk of a fallen tree.
There's no way forward, no way back.
It's all up with me.

Am I a gangster or murderer?
Of what crime do I stand
Condemned? I made the whole world weep
At the beauty of my land.

Even so, one step from my grave,
I believe that cruelty, spite,
The powers of darkness will in time
Be crushed by the spirit of light.

The beaters in a ring close in
With the wrong prey in view,
I've nobody at my right hand,
Nobody faithful and true.

And with such a noose on my throat
I should like for one second
My tears to be wiped away
By someone at my right hand.


Boris Pasternak
1959 ]


Um outro grande dramaturgo, poeta e encenador que nasceu neste mesmo dia foi Bertolt Brecht. Nasceu em Augsburg, a 10 de Fevereiro de 1898 e faleceu em Berlim, a14 de Agosto de 1956. Durante a Primeira Guerra Mundial trabalhou num hospital. Depois da guerra mudou-se para Berlim, onde o influente crítico, Herbert Ihering, lhe chamou a atenção para a apetência do público pelo teatro moderno. Com a eleição de Hitler em 1933, Brecht não estava totalmente seguro na Alemanha Nazista e, por isso, exilou-se na Áustria, Suíça, Dinamarca, Finlândia, Suécia Inglaterra, Rússia e finalmente nos Estados Unidos.

Algumas de suas principais obras são: Um Homem é um Homem, em que cresce a ideia do homem como um ser transformável, Mãe Coragem e Seus Filhos, sobre a guerra dos 30 anos e A Vida de Galileu, drama biográfico com o qual Brecht encontra definitivamente o caminho do teatro dialéctico.


[Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Índias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas

Bertold Brecht]

José Amaral

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

SIM? NÃO?

Chega hoje ao fim a campanha do referendo sobre o Interrupção Voluntária da Gravidez (aborto). Muitos foram os argumentos esgrimidos pelas partes envolvidas. A campanha decorreu com alguma elevação, embora num ou noutro momento tenha desvalado.
As pessoas sentem-se divididas perantes questões como esta. Não é fácil, por vezes, decidir com razão e com o coração. Contudo, os portugueses são chamados a votar no próximo domingo dia 11 de Fevereiro.
Amanhã será dia de reflexão. Devemos aproveitar para pensar seriamente qual a intenção do nosso voto. No domingo devemos votar conforme a nossa consciência assim o indicar. Devemos exercer o nosso direito de voto, porque votar é um direito e um dever cívico.

José Amaral

PENSE NISTO...



quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Poème érotique

Epithalame

Tes mains introduiront mon beau membre asinin
Dans le sacré bordel ouvert entre tes cuisses
Et je veux l'avouer, en dépit d'Avinain,
Que me fait ton amour pourvu que tu jouisses ?

Ma bouche à tes seins blancs comme de petits suisses
Fera l'honneur abject des suçons sans venin.
De ma mentule mâle en ton con féminin
Le sperme tombera comme l'or dans les sluices.

O ma tendre putain ! tes fesses ont vaincu
De tous les fruits pulpeux le savoureux mystère,
L'humble rodondité sans sexe de la terre.

La lune chaque mois, si vaine de ton cul,
Et de tes yeux jaillit, même quand tu les voiles,
Cette obscure clarté qui tombe les étoiles.

Guillaume Apollinaire (1880-1918) - Poèmes érotiques

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Poema erótico

Canção Cruel

Corpo de ânsia.
Eu sonhei que te prostrava,
E te enleava
Aos meus músculos!


Olhos de êxtase,

Eu sonhei que em vós bebia
Melancolia
De há séculos!


Boca sôfrega,
Rosa brava
Eu sonhei que te esfolhava
Pétala a pétala!


Seios rígidos,
Eu sonhei que vos mordia
Até que sentia
Vómitos!


Ventre de mármore,
Eu sonhei que te sugava,
E esgotava
Como a um cálice!


Pernas de estátua,
Eu sonhei que vos abria,
Na fantasia,
Como pórticos!


Pés de sílfide,
Eu sonhei que vos queimava
Na lava
Destas mãos ávidas!


Corpo de ânsia,
Flor de volúpia sem lei!
Não te apagues, sonho! mata-me
Como eu sonhei.


José Régio

OBRIGATÓRIO LER!

Acabei de ler um livro que considero dos melhores (talvez não cometesse nenhuma heresia se dissesse que foi o melhor) que já li, e foram muitos, até hoje: «História do Rei Transparente», da espanhola Rosa Montero. Considerado pela revista Qué Leer como o melhor romance espanhol de 2005.Aqui fica uma pequena sinopse:
“Sob uma pele de ferro, o coração de Leola palpita por aventura, e a sua coragem leva-a numa turbulenta viagem rumo à liberdade. Num tumultuoso século XII, Leola, uma camponesa adolescente, despe um guerreiro morto num campo de batalha e veste as suas roupas para se proteger sob um disfarce viril. Assim começa o vertiginoso e emocionante relato da sua vida, uma peripécia existencial que não é apenas de Leola mas também nossa, porque este romance de aventuras com ingredientes de fantástico fala-nos, na verdade, do mundo actual e do que todos nós somos. “História do Rei Transparente” é uma insólita viagem a uma Idade Média desconhecida, relatada de uma forma tão vívida que quase se consegue sentir na pele, uma fábula que comove pela sua grandeza épica”.
O livro está escrito em forma de “teia de aranha” (passe o neologismo comparativo que acabo de criar), pois sem nos apercebermos estamos presos à leitura e não somos capazes de nos libertar dela. Cada palavra parece ter sido escolhida para deleite do leitor. Páginas e páginas de pequenas partituras literárias do mais elevado quilate. Ainda agora acabei de o ler e já me apetece reler.
Para aguçar a curiosidade aqui fica um excerto.
«Dia após dia, enquanto nós arranhamos a pele ingrata da terra, eles regam o campo vizinho com o seu sangue. Caem os cavalos extirpados, relinchando com uma angústia semelhante à dos porcos na matança, e os cavaleiros da mesma bandeira apressam-se a socorrer o guerreiro abatido, tão impotente no chão, enquanto os ajudantes lhe trazem outro cavalo ou conseguem desmontar um inimigo. A guerra é um fragor, um estrondo insuportável; bramam os homens de ferro ao desferir um golpe, talvez para se animarem; gemem os feridos calcados em terra; uivam os cavaleiros, de raiva e de dor, quando o aço ardente lhes amputa uma mão; embatem os escudos com um retumbar metálico; batem com as patas no chão os cavalos; rangem e entrechocam as armaduras”.

(José Amaral)

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Não ao racismo


Rosa Parks (de seu nome verdadeiro Rosa Louise McCauley) nasceu em Tuskegee, a 4 de Fevereiro de 1913. Era costureira de profissão e passou a ser um símbolo do Movimento Americano pelos Direitos Civis. Isto porque em 1955 se recusou a obedecer a lei de apartheid racial no Alabama, ao ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco. Rosa recusou-se a sair, desafiando as regras que exigiam que pessoas negras se sujeitassem a abrir mão de seus lugares no transporte público para brancas. Com este acto, Rosa foi presa e multada em 14 Dólares. Esta atitude teve grande repercussão na década de 50 nos E.U.A. Foi com esta atitude de Rosa Parks que muitos negros, em massa, boicotaram o transporte público do estado.

Morreu aos 92 anos, em Detroit a 24 de Outubro de 2005.

"A verdadeira razão de eu não ter cedido meu banco no autocarro foi porque senti que tinha o direito de ser tratada como qualquer outro passageiro. Aguentamos aquele tipo de tratamento por muito tempo", disse Rosa em 1992 a respeito de seu acto em 1955.

Rosa Parks tinha todo o direito a estar sentada, mas infelizmente uma lei condenável não lhe permitia ser tratada da mesma maneira que qualquer seu semelhante, por causa

da sua cor. Exemplos destes deviam servir para o homem mudar a sua maneira de ser/estar na sociedade. Todos somos diferentes, mas somos todos iguais.

(José Amaral)

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Bonsai

Já há algum tempo que não coloco aqui fotografias dessas belezas que são as árvores anãs (bonsai). Hoje apeteceu-me. Aqui ficam quatro fotos de exemplares belíssimos.



quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Vale a pena ler...

No “Primeiro de Janeiro” de hoje, 1 de Fevereiro de 2007, li um artigo de opinião de Vicente Ferreira Silva, sob o título Que caminhos para a nação portuguesa?, que achei interessante e que, pelo menos, nos faz pensar. Deixo aqui alguns excertos do artigo:
«(…) Devido ao ritmo de vida característico da nossa sociedade, os pais, que cada vez tem menos tempo para acompanhar os filhos, “depositam” nos professores a educação dos seus descendentes. Esperam que aqueles lhes ensinem conhecimentos mas, que também lhes facultem uma educação cívica, nomeadamente, os valores e as regras da coexistência social. Curiosamente, assim que os professores optam por, ou vêem-se na necessidade de, aplicar medidas disciplinares, os pais são os primeiros a manifestarem-se contra essas vias.
Talvez seja importante salientar que a cidadania não se esgota no conjunto de direitos e deveres concedidos pela lei. Para que a cidadania seja alcançada na sua plenitude é necessário um componente vital: o exemplo dos pais. E este chega-nos de várias maneiras, quer pela disciplina, quer pela transmissão dos valores característicos da formação recebida em família. Refiro-me, basicamente, aos “elos” familiares que são passados de geração em geração e que são essenciais para a formação da personalidade. Tais valores nunca nos chegarão se os pais estão ausentes. E não serão os professores, por mais aptos que sejam, apropriados para suprir as deficiências causadas por essa ausência porque nenhum professor pode ou deve substituir um pai. No limite, são um complemento dos pais.
Certamente que não é só de agora mas, ultimamente, o número de agressões de alunos a alunos e de alunos a professores aumentou preocupantemente. Ora, um jovem que agride um colega e/ou um professor é muito bem capaz de atacar um progenitor. E imanente à figura de um pai e/ou professor está a autoridade, pelo que, também não é de estranhar o aumento, registado pela Guarda Nacional Republicana e pela Polícia de Segurança Pública, dos delitos contra agentes da lei. Seguindo esta lógica, não é disparate nenhum considerar que também a autoridade do Estado é e/ou será desrespeitada e que os valores de ligação ao país se esmaeçam. Quantos portugueses se manifestaram a favor de uma união ibérica?
O crescimento da indisciplina e da agressividade dos jovens é um fenómeno em efervescência. Se não for devidamente analisado poderá colocar em causa, num futuro não distante, a segurança interna do país. Que devemos então fazer? Atrevo-me a sugerir o seguinte, sendo que esta sugestão não passa disso mesmo, uma hipótese.(…)».

(José Amaral)

Iniciativa Louvável



Empresa planta uma árvore por cada transporte que faz
Com sede em Chãs de Tavares (Mangualde), a empresa "Transportes Lemos Lda" desde muito cedo começou a ter uma política de ambiente bem delineada. Em curso tem a campanha "Por cada transporte, plantamos uma árvore".
O nosso Jornal falou com Jorge e Mário Lemos, proprietários, que nos revelaram como é que uma empresa que normalmente tem o rótulo de "poluidora" pode ser amiga do ambiente e reduzir ao máximo os malefícios que os camiões costumam trazer para a natureza.Jorge Lemos começou por nos revelar que o pai, Mário Lemos, sempre foi uma pessoa dedicada às causas da natureza, sendo responsável pela plantação de muita floresta em Mangualde e em concelhos vizinhos. Tal como o slogan adoptado para a campanha, também o logótipo da empresa a verde não é por acaso, lembra Jorge Lemos. O administrador referiu que este slogan mente por defeito, pois "na realidade plantamos muito mais do que uma árvore por cada transporte. Se fizermos bem as contas são umas 10 por transporte, ou seja plantamos 35 mil árvores por ano".


in “Diário Regional de Viseu” 1FEV07



Ora aqui está uma iniciativa louvável e que deveria servir de exemplo para outras empresas. Já agora o próprio governo poderia dispensar uns milhares para iniciativas como esta e preocupar-se mais com o Meio Ambiente.


(José Amaral)