segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Terrorismo

Despertar para o terror

11 de Setembro: três ataques terroristas abalaram os EUA. Quase três mil pessoas morreram. Presos nas torres em chamas, pediram ajuda, despediram-se e muitos saltaram para a morte. Recorde o passado e espreite o futuro


Foi há cinco anos. Três atentados terroristas acordaram os EUA na manhã de 11 de Setembro e despertaram o mundo para a dimensão da ameaça terrorista. Quando a super potência americana foi atacada os países ocidentais sentiram-se mais inseguros.
Nos momentos que se seguiram ao choque do primeiro avião com a primeira torre do World Trade Center, a tese de terrorismo parecia ainda remota, mas as dúvidas dissiparam-se após a colisão do segundo avião.
O ataque às torres gémeas foi mais mediatizado, tendo deixado (quase) no esquecimento o atentado ao Pentágono. Eram marcantes as imagens que chegavam de Manhattan, ilustravam o sofrimento dos que tentavam sair do inferno de chamas em que se transformou o World Trade Center. Alguns preferiram até saltar dos andares mais altos das torres.
Os edifícios acabaram mesmo por ruir. No final, o balanço era negro: 2973 pessoas morreram, a grande maioria estava no World Trade Center. Muitos corpos ficaram por identificar.
Mais tarde, o mundo pôde saber o que pensaram e sentiram alguns dos que estavam nas torres, através dos pedidos de ajuda e dos telefonemas de despedida. Também correram mundo as últimas palavras de passageiros e terroristas a bordo do voo 93 da United Airlines, que se despenhou antes de ter atingido o alvo.
Com o passar do tempo foram divulgados alguns pormenores sobre a identidade e os métodos dos terroristas. 19 jovens árabes, munidos de x-actos, canivetes e spray pimenta, sequestraram e desviaram quatro aviões, concretizando o maior ataque terrorista ao país.
Com a nação ferida, Bush começou então a «guerra contra o terrorismo» e a busca contra o homem que passou a personificar o rosto do terror: Ossama Bin Laden. Enquanto isso, nos tribunais norte-americanos era julgado Zacarias Moussaoui, o único detido a ser condenado nos EUA por cumplicidade nos atentados.
Cinco anos depois dos ataques, os EUA ainda vivem com o fantasma do terrorismo e isso nota-se no dia-a-dia e também nas manifestações artísticas. Vários filmes, fotografias e até um livro de banda desenhada tentam explicar o que se passou nesse dia.
Para recordar o que não conseguem esquecer, vão erguer um memorial no local onde estava o World Trade Center.
11 de Setembro foi o dia que mudou o mundo e o terrorismo, abrindo caminho para um novo tipo de atentados.

in Portugal Diário (edição online) 11SET06

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