sábado, 30 de setembro de 2006

Finalmente...

A25 não terá portagens até região que atravessa se desenvolver

O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu que a auto-estrada A25, que a partir de hoje liga Aveiro a Vilar Formoso, não terá portagens pagas pelos utilizadores até a região que atravessa atingir os indicadores socio-económicos do resto do país.
Durante a inauguração do lanço Boaldeia (Viseu)-Mangualde, com o qual o grupo AENOR encerra a sua concessão das Beiras Litoral e Alta, José Sócrates frisou que esta é uma forma de solidariedade nacional para com o desenvolvimento do interior.
A A25, que substitui o Itinerário Principal 5, tem uma extensão total de 172,4 quilómetros, atravessando os distritos de Aveiro, Viseu e Guarda, no regime de portagem virtual SCUT (sem custos para o utilizador).
“Se esta região do interior do país tivesse indicadores de desenvolvimento iguais à média nacional, não havia motivos para não ter portagens pagas”, afirmou aos jornalistas no final da cerimónia, lembrando que “todos os portugueses estão a contribuir”.
Antes da cerimónia, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25 colocou tarjas em várias pontes e junto à tenda onde se realizou a cerimónia de inauguração a reafirmar a necessidade de a passagem naquela auto-estrada não ser taxada.
No exterior da tenda, estava um pequeno grupo de elementos da comissão, que não ficaram descansados com as palavras do primeiro-ministro. “O PS sempre teve uma posição duvidosa em relação ao assunto e estamos convencidos de que o Governo só assumiu este compromisso eleitoral por causa da luta das populações”, afirmou à Lusa Manuel Rodrigues, também militante do PCP.
Disse ainda não ter ficado “tranquilo relativamente ao futuro”, até porque José Sócrates, “por um lado fala na necessidade de solidariedade para com o interior do país, mas depois encerra-lhe escolas e serviços de saúde”.


in Jornal Público (edição online) 30SET06

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