domingo, 20 de maio de 2007

Man Booker Prize 2006


Acabei de ler o livro “A Herança do Vazio” da indiana Kiran Desai. Aos trinta e cinco anos, com este romance, Kiran tornou-se na mais nova mulher de sempre a ganhar o “Man Booker Prize”. “Neste magnífico romance, vencedor do Man Booker Prize 2006, a autora como que cria uma tapeçaria em que todas as personagens partilham uma herança comum de impotência e humilhação. E, com uma mestria sublime, consegue, ao longo de toda esta poderosa saga familiar, deixar sempre em aberto um desfecho de esperança ou de traição”.
Atente-se em algumas críticas que lhe são feitas. Para Pankaj Mishra, do New York Times : "Magnífico... extraordinário... iluminado por uma consciência moral, simultaneamente terna e feroz". Para a Vogue: "Uma reflexão sobre a incompatibilidade dos laços do amor e do dever" Na opinião do The New Yorker: "Caracterizando-se por um ritmo célere e uma escrita sumptuosa, o romance pondera questões de nacionalidade, modernidade e classe, de uma forma tão comovente quanto reveladora"
É um livro interessante, muito bem escrito, e que nos faz pensar em várias questões. O Ad Litteram sugere a sua leitura e deixa aqui uma pequena sinopse.


Sinopse:
«No nordeste dos Himalaias, numa casa isolada no sopé do monte Kanchenjunga, vive Jemubhai, um velho juiz amargurado, que tudo o que quer é reformar-se em paz, na companhia da única criatura a quem é capaz de dar algum afecto, a sua cadela Mutt. No entanto, a chegada inesperada da neta órfã, Sai, abalará o seu sossego, obrigando-o a remexer as suas memórias e a repensar a sensação de estranheza na própria pátria.
Tudo isto se acentuará com o romance entre Sai e Gyan, um nepalês que se envolve numa revolta que alterará inquestionavelmente a vida de Jemubhai.
A serenidade da vida do juiz contrasta com a existência do filho do seu cozinheiro, Biju, que saltita sucessivamente de restaurante em restaurante, em Nova Iorque, à procura de emprego, numa fuga constante aos Serviços de Imigração. Julgando que o filho leva uma vida boa e que acabará por vir resgatá-lo, o cozinheiro vai arrastando os seus dias».

(José Amaral)

2 comentários:

Isabel Filipe disse...

Aguçaste a minha curiosidade ... vou comprá-lo e lê-lo ...


boa semana
bjs

Amaral disse...

Isabel
Fazes bem, vale a pena ler. Faz-nos pensar nas crueldades do ser humano.
Boa semana.
Bjo