terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Palavras

PalavraS


Palavras!?

Muitas há.

Há???

Há.

(...)


aromáticas,

cruéis,

imbecis,

meigas,

ordinárias,

pudicas,

sinceras,

sublimes...


(...)

Tantas há, que me falta

a capacidade de as enumerar.


Ah!

Já me olvidava:

Frontais/escondidas;

Verdadeiras/falsas;

Justas/injustas;

Cínicas/realistas;

Gratas/ingratas.


Palavras, palavras, palavras...


A estas, leva-as o vento.

Portanto deixemo-nos

de palavreado

e...

ponto final.


(José Amaral, in “Poder da Díctamo”)

2 comentários:

Anónimo disse...

Interessante...palavras e pessoas...palavras e vidas...ironia brincalhona...quase que basta soprar nas palavras...para estas girarem e desapareçer, mas voltando sempre.pois elas são o ferro em brasa...o aguilhão...a ponte..o que nos distingue... dos outros seres mas que também nos liga e nos faz entender este universo onde vivemos.

Amaral disse...

Inconformist
fazes uma análise bastante "observadora" da mensagem que o poema contém. Entender o universo onde vivemos? Até que seria fácil se o homem não usasse as palavras.