sexta-feira, 13 de abril de 2007

Rosa

rosa

Na alma do poeta,

o poema,

estranha rosa

rubra e preta,

abre...

(Saul Dias, Obra Poética)


Colhi uma rosa

de cor rubra,

espinhosa,

e espremi-a

como quem espreme

uma laranja,

e dela obtive tinta

preta

para escrever,

a golpes de pena de ganso,

duas linhas tortas

por onde Deus

escrevesse direito.


(in “Oráculo Luminar”, José Amaral)

2 comentários:

Anónimo disse...

Porque não chamar rosa a tudo aquilo que o poeta tem guardado dentro de si e também a essa necessidade intrínseca de comunicação com os outros?

Amaral disse...

Inconformist
Gostei dessa definição.