segunda-feira, 23 de abril de 2007

Sugestão de Leitura


Hoje, Dia Mundial do Livro, sugiro um livro que acabei de ler: Gente Independente, do islandês Halldór Laxness (1902 – 1998), Prémio Nobel da Literatura em 1955.

Trata-se de um dos maiores épicos da literatura islandesa e conta a saga de Bjärtur, um camponês obstinado, inquebrável e inesquecível que, após trabalhar dezoito anos para o intendente de Mýri, consegue dar entrada na compra de seu próprio terreno e livra-se da servidão, tornando-se proprietário de Casas de Verão. No espaço recém-adquirido ele passa a viver com Rósa, sua esposa, que teme as lendas sobre possíveis assombrações que infernizam a vida dos moradores do lugar: segundo as mais antigas crónicas do país, o território que eles habitam é assombrado pelos fantasmas de Kólumkilli – feiticeiro de grande reputação e líder dos irlandeses que conquistaram a região no passado – e de Gunnvör, mulher-vampira que ali morara anos antes da construção de Casas de Verão. Bjärtur vive no limiar da auto-suficiência, num vale, e só confia no seu rebanho, no seu cão e no seu cavalo. Se alguém toca o seu coração é Ásta Sóllilja, a sua filha, mas tudo muda quando ela o desilude e magoa os seus enraizados princípios de honra…

Desta obra disse E. Annie Proulx (autora de “Brokeback Mountain): “Rejubilo pelo leitor! Finalmente este romance cómico, inteligente, sarcástico e brilhante está disponível. «Gente Independente» faz parte do Top Ten dos meus livros favoritos de todos os tempos”. Para Paul Auster é “Um livro intemporal que nos ensina o complicado que é ser-se humano”. Marguerite Duras refere: “É como um cantor das antigas sagas que nos canta o homem em todo o seu esplendor e mesquinhez”.

Motivos suficientes para ler esta belíssima obra. Eu gostei e recomendo a sua leitura.

(José Amaral)

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