terça-feira, 17 de abril de 2007

Quental, Antero

Antero de Quental nasceu em Ponta Delgada a 18 de Abril de 1842. Acabou por se suicidar em 11 de Setembro de 1891. Antero nasceu na ilha de S. Miguel, Açores e desde de jovem destacou-se pelas suas opiniões revolucionárias e pela forma de estar na vida. Antero espalhou saber pela poesia, filosofia e política. O açoriano estudou direito em Coimbra, onde brilhou como líder estudantil (foi o guia espiritual da geração de 70). Antero tinha uma personalidade complexa, que oscilava entre a euforia e a mais profunda depressão.

Aqui fica um poema de Antero de Quental:


A um poeta
 
Tu, que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,
 
Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno,
Afugentou as larvas tumulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...
 
Escuta! é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! São canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!
 
Ergue-te pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!
 
 
(José Amaral)

6 comentários:

Isabel Filipe disse...

Parabéns pelo poema Amaral.

Bjs

Amaral disse...

Isabel
obrigado pela visita
Bjo

Anónimo disse...

Poema com muita alma e garra...de um poeta para outro poeta...gostei!

Amaral disse...

Inconformist
Este poema não tem muita alma; o poema é todo ele Alma. Bem observado: de poeta para poeta: Diz bem porque há alguns poetas que só olham para os deles

Al Cardoso disse...

Excelente homenagem a "Antero"!

Saudacoes amigas d'Algodres.

Amaral disse...

Al Cardoso
Devemos homenagear quem merece. Saudações também