domingo, 20 de agosto de 2006

Indefinições

Listas de colocação já na Internet
Há milhares de professores que não foram colocados. A FENPROF identifica já 2 problemas principais.

Já estão disponíveis na Internet as listas de colocação de professores.
Desde a tarde de sexta-feira e até à madrugada de Sábado os serviços do Ministério da Educação divulgaram as listas que permitem aos professores saberem onde vão dar aulas no próximo ano lectivo.
Há milhares de docentes que não foram colocados. Há também professores que não aparecem nas listas, quer de colocados, não colocados ou excluídos.
A FENPROF identifica já dois problemas principais. Primeiro as listas foram afixadas nas férias dos professores que só têm 48 horas para dizerem se aceitam ou não o lugar, o que pode dificultar o processo. Em segundo lugar, a FENPROF diz que há pelo menos mil horários que foram declarados pelas escolas, mas não foram a concurso. A federação dos sindicatos dos professores diz que ainda é cedo para averiguar se há realmente erros no concurso.

Notícia TVI


Aquando das eleições presidenciais, Manuel Alegre criou um movimento que apelava à cidadania. É neste intuito que escrevo no meu blog estas linhas.
Em primeiro lugar há que dar os parabéns ao ME pela antecipação na afixação das listas. Aparte o facto de os professores estarem em férias e só terem 48 horas para dizerem se aceitam o lugar (aparecendo logo os queixosos do costume), é suficiente e para aqueles que ficam longe de casa é bem mais positivo, pois assim podem deslocar-se à escola e começar a tratar de arranjar casa. Neste ponto parabéns!
Quanto aos sindicatos “coíbo-me” de me pronunciar de forma muito alongada, não por cobardia, mas porque a maioria não me merece qualquer espécie de consideração.
Não interessa arranjar culpados porque a culpa em Portugal (está provado por todas as formas) morre sempre solteira, a infeliz. Para quê comissões de averiguação se o PODER POLÍTICO INSTALADO (seja ele qual for) nada quer fazer para alterar a situação?
Sou professor há vários anos e professor de Quadro de Zona Pedagógica há 7 anos, portanto com vínculo ao ME. Neste ano (o mesmo já sucedera nos dois anos transactos) voltei a não ser colocado. Diz o ministério que a minha/nossa situação será resolvida durante o mês de Setembro. Chama-se a isto começar o ano a tempo e horas… Poderia parecer normal, mas não é. Sou professor habilitado para as disciplinas de Português e Francês. Assim como eu, muitos outros QZP ficaram sem colocação (e só me reporto ao CAE a que pertenço). A legislação diz que primeiro são colocados os QZP, e eu pergunto: Por que é que há tantos professores contratados – com horário completo – na disciplina de Francês e nós estamos sem colocação. [A medida do ME de fundir vários grupos no Super-Grupo 300 foi a causa. A confusão estava lançada e já se previa que isto viesse a acontecer].
Vamos a factos! O ME tem “mão-de-obra” qualificada para o exercício e dá-se AO LUXO de manter essa mão-de-obra paga (e para já sem horário) e ainda coloca mais mão-de-obra, pagando assim duas vezes. Será para reduzir o número de desempregados? E então o aumento da despesa pública em tempos de contenção?
Que fique aqui claro que nada tenho contra os meus colegas contratados, apenas defendo a minha posição. Com este concurso estes meus colegas ficarão por três anos na mesma escola e eu não sei o que me vai acontecer. Poderei andar a saltar de escola para escola ou até transitar para outro CAE. É isto justo? É?!
Espero que o ME consiga, a exemplo da forma antecipada da afixação das listas, resolver o meu/nosso problema. É que se há muitos professores já com o futuro definidos outros muitos há que ainda o não têm definido, nem tão pouco certo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Também partilho da mesma opinião.Sou prof. qzp douro sul,do grupo 330,há 5 anos e pela 1ª vez não fui colocada...cada vez mais começo a delinear no meu horizonte um percurso alternativo ao ensino,talvez mesmo a hipótese de sair do meu país...neste momento,sinto-me desiludida por ser portuguesa.
B.