
A todos os leitores deste blog continuação de boas férias e um regresso ao trabalho em pleno.
Primeiro livro infantil mirandês
Francisco Pinto
Foi apresentado o primeiro livro infantil escrito em língua mirandesa dirigido "expressamente" para crianças entre os quatro e os sete anos de idade. O título do livro é o "Fio e Novelo". A historia é da autoria de "Fracisco Niebro", pseudónimo do escritor de língua mirandesa, Amadeu Ferreira, e conta com ilustrações de Sara Cangueiro, aluna da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, que conta já no seu curriculum com uma série de obras viradas para as crianças.
Este trabalho foi publicado por uma nova editora - Chim Chim - que vai lançar exclusivamente livros escritos na segunda língua oficial
O livro aborda temas essenciais para a formação das crianças, como as cores, noções de grande e pequeno ou alto e baixo.
Segundo Amadeu Ferreira, esta é "a historia de um novelo que anda a procura da outra ponta do fio e, pelo caminho, faz uma volta imaginária pelo Mundo, pelas estrelas, por montanhas e vales mas nunca consegue encontrar a outra ponta". Encontra uma teoria o Mundo não poder ser descoberto só com os olhos, sendo preciso ter outros sentidos.
Este livro poderá ser o pontapé de saída para a alfabetização em língua mirandesa e um instrumento de apoio para o professores de língua mirandesa que estão a dar aulas a crianças de tenra idade.
Ainda em matéria de aprendizagem da língua mirandesa, o dicionário da "Lhéngua" já está disponível, mas apenas a letra 'M'. O dicionário vai ser publicado letra a letra na Internet ainda durante o corrente mês, com a finalidade de chegar ao maior número de pessoas possível. Terá cerca de 25 mil entradas.
in Jornal de Notícias (edição online) 15AGO06
Borba restaura pinturas do séc. XVIII abandonadas há 30 anos
Dezena e meia de pinturas datadas do século XVIII, em avançado estado de degradação, vão ser recuperadas pelo município alentejano de Borba (Évora) e repostas no Palacete dos Melos, que será adaptado a biblioteca.
O presidente da Câmara Municipal de Borba, Ângelo de Sá, adiantou hoje à agência Lusa que as telas estavam abandonadas no sótão dos Paços do Concelho há mais de 30 anos, depois de terem decorado as divisões nobres do Palacete dos Melos.
«Os painéis estavam abandonados no sótão da Câmara Municipal desde o período do 25 de Abril de 1974», disse o autarca, observando que as pinturas apresentam «um estado de degradação bastante avançado, quase terminal».
Apesar da inexistência de estudos científicos rigorosos sobre a datação das telas, os técnicos do município avançam com a possibilidade dos painéis terem sido mandados pintar «por volta do século XVIII», pouco depois da construção do Palacete dos Melos, um imóvel propriedade da autarquia e que já acolheu uma escola local.
«São várias pinturas de têmpera sobre linho, cujas temáticas representadas são os temas da época, como a caça, a pesca e a música», relatou Ângelo de Sá, descrevendo que quase todas as obras contêm uma cercadura decorativa pintada na própria tela.
As pinturas que vão ser objecto de uma intervenção de conservação e restauro apresentam «muitos buracos de elevadas dimensões espalhadas pela tela, muitas lacunas sem tinta, enormes rasgões nos cantos e ausência de camada pictórica».
Além de muito pó acumulado ao longo dos anos, ao ponto de não se distinguir correctamente a representação pintada, as obras têm remendos de tecido colados na parte frontal com colas abrasivas e muitos repintes mal elaborados com tintas pouco indicadas.
Até os versos nas telas, segundo o autarca, «estão repletos de detritos dos xilófagos e insectos».
Depois de ter recuperado a cobertura do Palacete dos Melos, em Borba, o município vai intervir nas zonas interiores do edifício para o adaptar a biblioteca e videoteca.
in Diário Digital / Lusa (edição online) 15AGO06
Feira de S. Mateus está de volta ainda em ano de transição
O número da edição já é difícil de pronunciar – n.º 614 – mas a importância e a relevância do certame a nível nacional já não necessita de ter que o pronunciar para dizer que mais um ano passou e a Feira de S. Mateus está de volta, no mesmo dia, 14 de Agosto e com as mesmas características, para animar Viseu durante 40 dias.
Há três anos que a feira decorre sujeita ao programa Viseu Polis que implicou a requalificação do recinto. Este ano deixa de fora metade dos expositores interessados em vender no certame em resultado dessa mesma requalificação. Dos mais de 500 pedidos foram aceites apenas 274.
“É mais um ano de transição, mas o pior já passou e será a última vez que a feira tem restrições por causa do espaço, no próximo ano decorrerá com o parque linear completo”, esclareceu o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, durante a apresentação do certame.
Jorge Carvalho, gerente executivo da Expovis, empresa que organiza a Feira de S. Mateus, acrescentou que o novo recinto retirou à feira
Orçada em um milhão e 200 mil euros, a Feira de S. Mateus vive de duas grandes fontes de receita. De um lado o aluguer dos espaços e, do outro, a venda em bilheteira, esta última sempre condicionada ao estado do tempo: “Essa receita está condicionada à qualidade do artista, mas sobretudo ao tempo. Nem que venha o maior artista do mundo, se estiver a chover as pessoas não vêm”.
No campo das despesas, a maior fatia vai para os espectáculos que sobem ao palco do certame - 320 mil euros. No consumo de energia são gastos 40 mil, 93 mil euros com pessoal Oito mil euros em fogo de artifício, a par de outras despesas.
O presidente da Assembleia da República (AR), Jaime Gama preside, este ano, à inauguração da mostra. É a segunda vez que um presidente da AR inaugura a feira. Para Fernando Ruas é condição base para inaugurar a Feira de S. Mateus, ter um ministro ou um membro de Estado. O autarca ainda não perdeu a esperança de poder receber o Presidente da República para cortar a fita de uma futura edição.
Semana do feirante desaparece
Durante anos, a Feira de S. Mateus dedicou a última semana aos feirantes. Nos sete dias, a comissão de feirantes organizava o programa de festas, este ano, a Expovis resolveu acabar com a semana: “Era uma situação que não agradava à organização porque a comissão de feirantes fazia um peditório aos feiras e metade acabava por pagar para a outra metade
in Jornal do Centro (edição online) ed. 230, 11 de Agosto de 2006
Esta Feira Secular (Feira Franca) recebe todos os anos muitos visitantes. Para mais informações aconselha-se a consulta do seguinte site: http://www.expovis.pt/
O MURO de BERLIM foi um símbolo vivo da divisão da Alemanha em duas entidades, a República Federal Alemã (RFA) e a República Democrática Alemã (RDA). Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: Berlim Ocidental (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos da América; e Berlim Oriental (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético.
Construído na madrugada de 13 de AGOSTO de 1961, dele faziam parte 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.
O Muro de Berlim caiu no dia 9 de Novembro de 1989, acto inicial da reunificação das duas Alemanhas, que formaram finalmente a República Alemã, acabando também a divisão do mundo em dois blocos. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria.
Ultimamente, o município de Berlim vem incentivando o turismo com a visitação do muro derrubado, preparando inclusive a reconstrução de trechos do muro para poder mostrar aos turistas como era este símbolo vivo da divisão da Alemanha em duas entidades. Além da reconstrução de alguns trechos, a intenção é marcar no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.
Hiroshima (広島市 -shi) é uma cidade japonesa localizada na província de Hiroshima. Fica no rio Ota (Ota-gawa), cujos seis canais dividem a cidade
Uma bomba atómica é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reacção nuclear e tem um poder destrutivo imenso - uma única bomba é capaz de destruir uma cidade inteira. Bombas atómicas só foram usadas duas vezes em guerra, pelos Estados Unidos contra o Japão nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, elas já foram usadas centenas de vezes em testes nucleares por vários países.
As potências nucleares declaradas são os EUA, a Rússia, o Reino Unido, a França, a República Popular da China, a Índia e o Paquistão. Por sua vez, considera-se que Israel já tenha bombas atómicas, embora este se negue a divulgar se as possui ou não.
Também se supõe que a Coreia do Norte possua um reduzido número de ogivas nucleares.
A vida, aqui, agora, assim,
fará sentido?
Talvez não faça.
O horizonte fez-se longe
o Céu intocável
o meu pensamento impensável,
amargurado, entristecido.
Quem sou eu, afinal?
Um farrapo humano
exilado num corpo já disforme
usurpando uma alma rancorosa.
desta condição humana
com que a Divina Potestade
me dotou?
Será que nasci só para sofrer?
Quem poderá, quem,
satisfazer estas minhas
ou será melhor dizer “nossas”
Interrogações???
in Poder da Díctamo, José Amaral
1 de Agosto 1834 - A escravatura é abolida no Império Britânico.
A escravatura, também nomeada de escravidão, esclavagismo ou esclavagismo no Brasil, é a prática social em que um ser humano tem direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força.
Desde os tempos mais remotos, o escravo é legalmente definido como uma mercadoria cujo dono ou comerciante pode comprar, vender, dar ou trocar por uma dívida, sem que o escravo possa exercer qualquer direito e objecção pessoal ou legal. A escravidão da era moderna está baseada num forte preconceito racial, segundo o qual o grupo étnico ao qual pertence o comerciante é considerado superior.
Há diversas ocorrências de escravatura sob diferentes formas ao longo da história, praticada por civilizações distintas. No geral, a forma mais primária de escravatura se deu à medida que povos com interesses divergentes guerrearam, resultando em prisioneiros de guerra. Apesar de na Antiguidade ter havido comércio esclavagista, não era necessariamente esse o fim reservado a esse tipo de espólio de guerra. Ademais, algumas culturas com um forte senso patriarcal reservavam à mulher uma hierarquia social semelhante ao do escravo, negando-lhe direitos básicos que constituiriam a noção de cidadão.
A escravidão era uma situação aceita e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas, embora fosse um tipo de organização muito pouco produtivo. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos. Nas civilizações pré-colombianas (asteca, inca e maia) os escravos eram empregados na agricultura e no exército. Para os gregos, tanto as mulheres como os escravos não possuíam direito de voto. Entre os incas, os escravos recebiam uma propriedade rural, na qual plantava para o sustento de sua família, reservando ao imperador uma parcela maior da produção em relação aos cidadãos livres. Muitos dos soldados do antigo império romano eram ex-escravos.
O comércio de escravos passou a ter rotas intercontinentais, no momento em que os europeus começaram a colonizar os outros continentes, no século XVI e, por exemplo, no caso das Américas, em que os povos locais não se deixaram subjugar, foi necessário importar mão-de-obra, principalmente de África.
Nessa altura, muitos reinos africanos e árabes passaram a capturar escravos para vender aos europeus.
Com surgimento do ideal liberal e da ciência económica na Europa, a escravatura passou a ser considerada pouco produtiva e moralmente incorrecta deu lugar ao surgimento do abolicionismo, em meados do século XIX.
A escravidão é pouco produtiva porque como o escravo não tem propriedade sobre sua própria produção, ele não é estimulado a produzir já que não irá resultar em um incremento no bem-estar material dele mesmo.
Provedor de Justiça considera que Ministério da Educação «alterou as regras» a meio das provas. Despacho do Governo «contraria a legislação» sobre acesso ao Ensino Superior
O Provedor de Justiça considerou ilegal o despacho do Ministério da Educação que permitiu aos alunos que fizeram exames nacionais de Química e Física repetir as provas e escolher a melhor nota para aceder ao Ensino Superior, noticia a agência Lusa.
Nascimento Rodrigues considera que o despacho do secretário de Estado da Educação não respeita o «critério basilar da confiança» em que deve assentar a postura das entidades públicas que conduzem o processo, porque «altera [a meio das provas] as regras anteriormente estabelecidas».
Num ofício enviado sexta-feira à ministra da Educação e divulgado esta terça-feira à imprensa, o provedor considera «manifestamente ilegal uma decisão administrativa que frontalmente contraria» a legislação em vigor sobre o acesso ao Ensino Superior.
Para fazer face à injustiça deste ano e tendo em conta a legislação aprovada pelo governo, o Provedor de Justiça sugere o «recurso às normas já existentes» como a criação de vagas adicionais.
in Diário Digital (edição online) 01AGO06
SEM COMENTÁRIOS!...
liberdade
e que bem que ele cheirava.
Cheirava a rosas
ou a corpos
acabados de lavar
em banhos perfumados.
Mas, o melhor cheiro
que de lá vinha
era o cheiro
a terra húmida
regada pelo orvalho
da manhã primaveril
de um qualquer
vinte e cinco de Abril.
Não, não cheirava a cravos
que esses,
houvera-os esgotado
a Revolução;
cheirava a rosmaninhos
lilases como o teu coração.
Esse teu coração
de pai austero
que vendo tão desgovernada
Liberdade
deixou de bater
e, ao anoitecer,
despigmentou-se
deixando-nos a todos
a sofrer.
Não quiseste
ficar atrás da Revolução
e criaste a tua própria
Liberdade.
Libertaste-te para a morte
renegando à vida.
Ali, naquele monte,
sepultura de teu corpo
inerte,
nasceu um rosmaninhal
que se mantém florido
tal e qual
como quando tu lá ias
colher rosmaninhos
para a fogueira
de S. João.
in Oráculo Luminar, José Amaral