terça-feira, 20 de novembro de 2007

Flávia

Num comentário ao meu último post, o leitor David Santos fez-me um apelo: ajudar a Flávia!
A minha forma, singela, é publicar o poema (da sua autoria) que ele me enviou.
Para quem não sabe, a Flávia (a menina da foto) encontra-se em coma vigil há mais de nove anos. Todos poderão ajudar nem que seja consultando e deixando comentários no blog dedicado à Flávia:
http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com/

TEMPO SEM VENTO

Ah, maldito! Tempo,
Que me vais matando,
Com o tempo.
A mim, que não me vendi.
Se fosses como o vento,
Que vai passando,
Mas vendo,
Mostrava-te o que já vi.

Mas tu não queres ver,
Eu sei!
Contudo, vais ferindo
E remoendo,
Como quem sabe morder,
Mas ainda não acabei
Nem de ti estou fugindo,
Atrás dos que vão correndo.

Se é isso que tu queres,
Ir matando,
Escondendo e abafando,
Não fazendo como o vento:
Poder fazer e não veres
Aqueles que vais levando,
Mas a mim?
Nem com o tempo!

(José Amaral)

2 comentários:

Odele Souza disse...

Amaral,
Obrigada por este post.Nosso amigo David Santos, continua incansável no seu desejo de ajudar os outros e todos que divulgam a história de Flavia, estão também ajudando. Se um caso não se revolver jogando-se luz sobre ele, na escuridão e no esquecimento é que não haverá de.
MUITO OBRIGADA.

Amaral disse...

Odele
Não me custou nada. Espero que para que se faça justiça o caso da Flávia se resolva.
Beijinho para a Flávia e para si.