quarta-feira, 18 de julho de 2007

Mais uma sugestão de LEITURA

Com mais algum tempo livre, posso agora desfrutar do prazer da leitura. Assim, acabei de ler mais um livro de Haruki Murakami (já publiquei um post de um outro livro deste autor). “Kafka à beira-mar” (Casa das Letras, 589 pág.) é um livro “viciante”. Este epíteto atribuído pelo “Independent” confirma-se, apesar de as muitas páginas poderem assustar. A escrita de Murakami prende-nos e surpreende-nos. O livro lê-se com muito agrado e, no meu ponto de vista, é ainda melhor que o anterior que aqui publiquei (“À Procura do Carneiro Selvagem”).
Este Kafka relata-nos a história de Kafka Tamura, de quinze anos, que foge de casa. Arrasta-se sob o peso de uma profecia do pai (Tamura mataria o pai e dormiria com a mãe e com a irmã).
A outra história centra-se em Nakata, um idoso que nunca recupera de um acidente enquanto criança.
Estas duas histórias, paralelas, misturam-se com outras histórias criando um enredo que nos suscita curiosidade. Todas as histórias de uma forma ou outra estão interligadas. Todas elas existem em função umas das outras.
O AD LITTERAM transcreve aqui um excerto para estimular, ainda mais, a curiosidade:

«Ao despedirem-se, um deles diz que, aconteça o que acontecer, irá visitá-lo quando os crisântemos estiverem em flor. Mas antes que o primeiro consiga pôr-se em campo para cumprir a sua promessa, vê-se envolvido numa disputa entre clãs no seu terreno e acaba por ficar detido sem que lhe seja permitido escrever sequer uma carta. O Verão chega ao fim e vem o Outono, tempo dos crisântemos. O guerreiro vê-se impossibilitado de honrar a promessa que fez ao amigo. Para um guerreiro, nada é mais importante do que uma promessa. A honra é mais importante do que a própria vida. É assim que este guerreiro pratica haraquiri, transformando-se num espírito e empreendendo uma viagem para ir ter com o seu amigo. Sentam-se então os dois no meio dos crisântemos e dizem o que lhes vai na alma, e é assim que o espírito desaparece da face da Terra. É um conto maravilhoso».

(José Amaral)

2 comentários:

canto dos sonhos disse...

Olá!
Meu amigo é sempre bom ver vc em meu blog,mais estamos muitos tristes pela trágedia ,que nos abateu.Estamos chorando nossos mortos.O ceú perdeu o brilho o sol tb e até as estrelas ficarão foscas.Te adoro valte sempre.
Bjs!CARMEN!!!

Amaral disse...

Carmen "Sonhadora"
foi uma tragédia lamentável,mas não podemos baixar os braços. Força. Bjo