quarta-feira, 20 de junho de 2007

Miséria


Hoje celebra-se o Dia Mundial dos Refugiados, decretado pela Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados em 1951. Uma ocasião para reflectir, para denunciar e para tentar encontrar mais soluções para um problema latente.
Existem, em todo o globo, cerca de 20,8 milhões de refugiados, segundo os últimos números do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), liderado pelo ex-primeiro-ministro, António Guterres.
As regiões mais atingidas por este flagelo, decorrente na sua maioria de conflitos armados, são a Ásia, África e a própria Europa, segundo dados do ACNUR.

Guterres no Sudão com 160 refugiados

Um dos piores casos que envolvem refugiados continua a ser a tragédia no Darfur, no Sudão, onde Guterres está desde segunda-feira numa missão de três dias para marcar a celebração daquela data. Neste momento, o alto comissário acompanha o regresso a casa, no sul do Sudão, de 160 refugiados depois de vários anos no exílio, no Uganda.
«Foi uma grande honra para mim estar convosco no vosso regresso a casa depois de tantos anos no exílio», referiu António Guterres acrescentando que «as pessoas do sul do Sudão já sofreram demasiado, mas que agora há paz. A paz é o bem mais importante, tudo o resto é possível com a paz».
Apesar do sofrimento, da pobreza, da morte, esta luta continua a proporcionar alguns dos momentos mais reflexivos, transportados pelas imagens das agências de notícias internacionais. Do Darfur ao Kosovo, com passagem pela Palestiina. Veja as fotos.

(in Portugal Diário, 20JUN07)

2 comentários:

A. João Soares disse...

Caro Amaral,
Muito interessante este seu trabalho e muito oportuno. Na origem dos refugiados estão as guerras, quer internas quer internacionais, que bem podiam ser evitadas se houvesse mais humanismo e menos ambição e vaidade dos governantes. Sobre isto estão dois posts em DO MIRADOURO sobre as vantagens da negociação para evitar os conflitos armados.
Uma grande quantidade dos refugiados dos últimos anos são provenientes do Iraque e do Afeganistão.
Nisto, a ONU tem mostrado pouca capacidade para evitar as guerras e impor um rápido fim das hostilidades.
Também a ONU tem sido impotente para controlar as dádivas destinadas aos refugiados, que são em grande parte desviados por pessoas do poder acabando por ir para destinos diferentes incluindo a comercialização.
Um abraço

Amaral disse...

João Soares
A ONU infelizmente não consegue impor a sua Filosofia pacífica, porque os "falcões" da política mundial acham a pomba da Paz muito tenrinha e ameaçam-na. Assim, não é possível a ninguém fazer nada. E saber que uns quantos tanques de guerra ou F16 seriam suficientes para resolver este problema.
Homens, esses energúmenos bélicos...