sábado, 9 de junho de 2007

Dia de Portugal


Amanhã, 10 de Junho, comemora-se o Dia de Portugal, Camões e Comunidades Portuguesas.

«As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram»;

(in “Os Lusíadas”, Luís de Camões)



O dia em que nasci moura e pereça,


O dia em que nasci moura e pereça,

Não o queira jamais o tempo dar;

Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,

Eclipse nesse passo o Sol padeça.


A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,

Mostre o Mundo sinais de se acabar,

Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,

A mãe ao próprio filho não conheça.


As pessoas pasmadas, de ignorantes,

As lágrimas no rosto, a cor perdida,

Cuidem que o mundo já se destruiu.


Ó gente temerosa, não te espantes,

Que este dia deitou ao Mundo a vida

Mais desgraçada que jamais se viu!


(Luís de Camões)


Já agora vale sempre a pena consultar estes dois sítios interessantíssimos:
http://www.presidencia.pt/diadeportugal2007/
http://www.instituto-camoes.pt/cvc/index.html

(José Amaral)

2 comentários:

Magri disse...

Todas as nações escolhem, para o seu dia nacional, a data de uma revolução, ou de qualquer feito político ou guerreiro.
Mas os portugueses escolheram antes um dia em que lembramos um poeta.
Os meus amigos estrangeiros ficam sempre surpreendidos quando lhes digo isso.

Continuemos pois a lembrar Camões e a ser poetas, pelo menos de alma.

Um abraço e bom Dia de Portugal.

Amaral disse...

Margri
a mim até não me desagrada a ideia de termos escolhido um poeta. A Pena dos poetas pode ser uma arma extremamente revolucionária.
Bom dia de Portugal