onda
As ondas
esbranquiçadas de raiva,
babavam-se contra
as rochas inamovíveis.
Neste primeiro assalto
a calma atirou ao tapete
a raiva que,
sem hesitar,
foi buscar forças
aos quintos dos infernos
e lançou-se,
num gesto suicida,
contra a macieza áspera
das adamastoras rochas.
Neste processo de lapidação
contra as próprias rochas,
um ronco ondeante
fez tremer
uma “casca de noz”
que bailava perdida
na imensidão oceânica.
A leviandade do comandante
contrastava com a pragmática
decisão lusitana
de descobrir novas paragens.
Ali, naquele quadro luso,
uma vez mais o cabo
foi dobrado
e o Adamastor
se mostrou irado.
Agora sim, a calma
enfureceu-se e a ira
amansou.
As ondas
esbranquiçadas de raiva,
babavam-se contra
as rochas inamovíveis.
Neste primeiro assalto
a calma atirou ao tapete
a raiva que,
sem hesitar,
foi buscar forças
aos quintos dos infernos
e lançou-se,
num gesto suicida,
contra a macieza áspera
das adamastoras rochas.
Neste processo de lapidação
contra as próprias rochas,
um ronco ondeante
fez tremer
uma “casca de noz”
que bailava perdida
na imensidão oceânica.
A leviandade do comandante
contrastava com a pragmática
decisão lusitana
de descobrir novas paragens.
Ali, naquele quadro luso,
uma vez mais o cabo
foi dobrado
e o Adamastor
se mostrou irado.
Agora sim, a calma
enfureceu-se e a ira
amansou.
(in "Oráculo Luminar", José Amaral)
2 comentários:
Mais um bonito poema...com este calor sabe sempre bem uma onda refrescante...
Boas Férias!
Bjos
Adelaide
Ainda bem que gostas. Realmente está um calor terrível.
Boas férias.
Bjinho
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