segunda-feira, 13 de abril de 2009

Abril


XII


Uma fresca e esperançosa brisa
sopra dos salgueirais
onde a Liberdade
cheira a torradas com manteiga,
onde as trepadeiras
de haste vermelha e corola verde
não florescerão sem terminar
a Revolução.

A nudez da desconfiança
amontoa-se nas ruas e
nos admirados olhares
um amendoado aroma
a incenso revolucionário
escorre reprimido pelas faces.
(in "25 de Abril/34 anos", José Amaral)

8 comentários:

Delfim Peixoto disse...

Um Abril perfumado de palavras sempre necessárias!
Abraço!

Meg disse...

Caro Amaral,

Estamos de novo suspensos dessa "fresca e esperançosa brisa".
Quem diria?

Um abraço

Amaral disse...

Delfim
É isso mesmo. Um abril que se quer cada vez mais vivo.
Abraço

Amaral disse...

Meg
E acho que cada vez mais suspensos. Infelizmente...
Abraço

Carla disse...

suspensos...acho que a palavra se adequa á nossa realidade, não á beleza deste poema
beijos

Amaral disse...

Carla
Ainda bem que gostste do poema. Realmente a nossa realidade social deixa-nos numaconstante suspensão.
bjo

Deusa Odoyá disse...

Olá meu querido poeta e amigo.
Realmente,a situação ao qal encontra nossos paises é de um temor sem igual.
Vivemos numa contante corda bamba.
Parabéns por um texto tão signficativo perante a nossa sociedade de hoje.
Uma semana de muita paz, amor e luz.
beijinhos doces, meu amigo.
Regina Coeli.

Amaral disse...

Regina
Fico contente por teres gostado. Infelizmente os nossos governantes nem sempre sabem guiar os destinos dos nossos países.
Bjo