quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Poema

Epitáfio para uma velha donzela

De palmito e capela,
Qual manda a tradição,
Erecta, lá vai ela
Ser atirada ao chão.
De rosário na mão,
Lutou heroicamente
Contra a vil tentação
Do que nos pede a carne e a alma come.
Secreta, ansiosa, augusta, descontente
Dentro da sua túnica inconsútil,
Engelhou toda à fome,
Por fim morreu à sede,
No seu heroísmo fútil.
Bichos! penetrai vós no pobre corpo inútil!

(José Régio)

10 comentários:

Isabel Filipe disse...

é belissimo o poema ...

não conhecia


bjs

Meg disse...

Caro Amaral,

Também não conhecia este poema do José Régio.
E pareceu-me muito triste.
Mas gostei.

Um abraço

Amaral disse...

Isabel
Também o descobri por acaso, mas adorei.
Bom fim-de-semana
Bjo

Amaral disse...

Meg
Gostei deste poema, por isso o publiquei.
Bom fim-de-semana
Abraço

Delfim Peixoto disse...

José Régio, afinal.... pelo bom gosto do José Amaral
Abraço

Amaral disse...

Delfim
Obrigado.
Abraço

Carla disse...

junto-me à lista dos que não conheciam este poema do José Régio...obrigada pela partilha
beijos e boa semana

Amaral disse...

Carla
Bem-vinda à lista. Agora já conhecemos e gostámos.
Boa semana
Bjo

Ajuda disse...

Bom dia!
visito blogues encontrei o seu
lindo poema parabéns
tenha uma boa quarta feira
com carinho
Sol.

Amaral disse...

Sol
Obrigado pela visita e seja bem-vindo(a).
Fico contente por lhe ter agradado o poema.
Continuação de boa semana.
Abraço