segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Poesia de bandeira

Manuel Bandeira nasceu em Recife, a 19 de Abril de 1886 e faleceu no Rio de Janeiro, a 13 de Outubro de 1968. Poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro, Manuel Bandeira é um dos nomes mais sonantes da Literatura Brasileira.
Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira.


Desencanto



Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.


(José Amaral)

6 comentários:

Anónimo disse...

Dá gosto ler o que neste blog se vai« postando»!
Lindas palavras....
Abraço
da Inconformist

Amaral disse...

Inconformist
Obrigado pelas simpáticas palavras. Volte sempre. Boa semana.
Abraço

Isabel Filipe disse...

belo poema ...

não me lembro de o já ter lido ...


gostei.


bjs

Amaral disse...

Isabel
Ainda bem que gostou do poema.
Boa semana.
Bjo

Mariazita disse...

Belíssimo, este poema!
Como, aliás, toda a poesia de Manuel Bandeira.
Parabéns pela postagem.
Bjs
Mariazita

Amaral disse...

Mariazita
Obrigado pela visita e seja, sempre, bem-vinda.
Ainda bem que gostou do poema. Realmente toda a poesia do MB é fantástica.
Bjo