XI
“Sem à dita de Aquiles ter enveja”,
o maior dos vícios
dos pequenos e pelintras
e provincianos portugueses,
surge D. Sebastião
num nevoento vinte e cinco de Abril.
Como um louco
na sua sadia embriaguez
empunha numa mão
uma caneca de cerveja
e na outra arma e cravo
que lhe germina do coração.
Blasfema e troveja heresias
espremidas da pessoana pena:
«Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro…».
“Sem à dita de Aquiles ter enveja”,
o maior dos vícios
dos pequenos e pelintras
e provincianos portugueses,
surge D. Sebastião

Como um louco
na sua sadia embriaguez
empunha numa mão
uma caneca de cerveja
e na outra arma e cravo
que lhe germina do coração.
Blasfema e troveja heresias
espremidas da pessoana pena:
«Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro…».
(José Amaral, in "25 de Abril/34 anos")
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