InsóniA
A minha cama parecia
um mar revolto,
em dia de tempestade.
Eu parecia um barco
à deriva.
As ondas, gigantes,
faziam-me sentir um anão.
Esta insone epopeia
parecia não findar.
Voltas e mais voltas
deste barco, indefeso,
qual casca de noz,
procurando um porto de abrigo.
Fogos de S’Antelmo,
Adamastores,
trombas d’água,
vagas enormes,
tudo servia para amedrontar
este pobre mareante.
Tu? Quem eras, tu?
O canto da sereia
foi a punhalada final,
e fatal,
nesta agonia.
Naufraguei pela vida...
A minha cama parecia
um mar revolto,
em dia de tempestade.
Eu parecia um barco
à deriva.
As ondas, gigantes,
faziam-me sentir um anão.
Esta insone epopeia
parecia não findar.
Voltas e mais voltas
deste barco, indefeso,
qual casca de noz,
procurando um porto de abrigo.
Fogos de S’Antelmo,
Adamastores,
trombas d’água,
vagas enormes,
tudo servia para amedrontar
este pobre mareante.
Tu? Quem eras, tu?
O canto da sereia
foi a punhalada final,
e fatal,
nesta agonia.
Naufraguei pela vida...
(in "Poder da Díctamo", José Amaral)
6 comentários:
Mais uma óptima escolha!
Muito bonito este poema!
Bom fim-de-semana!
Bjos
Amigo Amaral,
Já de férias, volto para o convívio dos amigos, um mês de
paragem, para ler e me encontrar comigo e com os amigos - vós!
São assim as minhas férias.
Cada poema teu é uma descoberta...
E este é muito sugestivo... adorei.
Um bom fim de semana
Um abraço
Adelaide
Ainda bem que gostaste.
Bom fim-de-semana
Bjo
Meg
Também é preciso tempo para nos reencontrarmos, a nós e aos outros.
Ainda bem que este poema te agradou. BOm fim-de-semana
Abraço
Que “mar revolto” esta insónia… adorei a comparação.
Carla
Ainda bem que gostaste.
Boa semana
Bjo
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