sábado, 31 de outubro de 2009

Genial! Obrigatório!...

Após algum tempo sem apresentar novas sugestões literárias, eis-me de novo a fazê-lo. Desta feita trata-se de uma obra-prima, a não perder. A tarefa pode afigurar-se difícil, mas logo logo se torna numa agradável tarefa. Torna-se numa droga literária, que nos agarra da primeira à última página. E são muitas, as páginas! Mas parecem poucas.
Trata-se de 2666 (Editora Quetzal, 1030 páginas), de Roberto Bolaño.
A crítica é unânime em aclamar Bolaño e é justa essa aclamação. Para José Mário Silva, no “Expresso”, «[o leitor fica] hipnotizado desde as primeiras páginas pela riqueza estilística da prosa de Bolaño, pela invenção e energia pura da sua linguagem. [...] são mais de mil páginas geniais e magnéticas. “2006” [é] o acontecimento literário de 2009.» Francisco José Viegas, no “Público”, disse que «Depois de ter lido Bolaño a nossa vida muda um pouco. Não se pode esquecer que aquilo que ele deixou escrito, e que é uma tempestade, uma torrente, um delírio, como deve ser a literatura.»Já no jornal espanhol, “La Vanguardia” pode ler-se que «2666 está destinado a ser, não só o grande romance em língua castelhana da primeira década no novo século, mas também uma das peças fundamentais de toda a literatura.» Para o “The New Yorker”, «Os temas são a violência, deslocação, a sexualidade da literatura - vertentes interminavelmente recombinadas na Europa, Detroit e México, através de múltiplos narradores e estilos de prosa.»
A crítica abre-nos o apetite para a leitura desta belíssima obra, mas para que esse apetite seja, ainda, mais evidente aqui fica a sinopse desta magnífica obra:
«O que liga quatro germanistas europeus (unidos pela paixão física e pela paixão intelectual pela obra de Benno von Archimboldi) ao repórter afro-americano Oscar Fate, que viaja até ao México para fazer a cobertura de um combate de boxe? O que liga este último a Amalfitano, um professor de filosofia, melancólico e meio louco, que se instala com a filha, Rosa, na cidade fronteiriça de Santa Teresa? O que liga o forasteiro chileno à série de homicídios de contornos macabros que vitimam centenas de mulheres no deserto de Sonora? E o que liga Benno von Archimboldi, o secreto e misterio-so escritor alemão do pós-guerra, a essas mulheres barbaramente violadas e assassinadas? 2666.
Para se ler sem rede, como num sonho em que percorremos um caminho que nos poderá levar a todos os lugares possíveis».
É obrigatório ler este livro! Será um crime não o fazer.

(José Amaral)

4 comentários:

Meg disse...

Caro Amaral

Um crime não será, mas que parece ser um livro a não perder, concordo.
Mais um para a lista... o que vale é que estou de férias!

Um abraço

Amaral disse...

Meg
É mesmo um crime, acredite. Aproveite e esqueça todos os outros.
Boas férias
Abraço

Carla Pimentel disse...

É sempre bom vir a este espaço… e ver interessantes sugestões.

Bjs
Carla

Amaral disse...

Carla
Faz-me um favor: não percas este livro.
Bom fim-de-semana
Bjo