Depois deste interregno, para descansar e para reganhar forças para mais um ano lectivo, eis-me de regresso. Faço votos para que todos os meus leitores tenham tido umas férias óptimas.
Nada melhor que sugerir mais um livro. Trata-se de Meio Sol Amarelo (Edições Asa, 535 páginas), de Chimamanda Ngozi Adichie. Este romance venceu o “Orange Prize” em 2007.
É um livro sobre guerra, mais especificamente a guerra civil nigeriana, deflagrada no final dos anos 60, na qual o governo central tentava reverter a autodeclarada independência da região de Biafra, o que perdurou entre 1967 e 1970. Mas não conta uma história sobre heróis de guerra ao estilo dos sucessos de Hollywood. Com uma narrativa simples e precisa, a autora nascida na Nigéria e radicada nos estados Unidos, mostra como é ser civil em meio a um conflito em andamento. Chimamanda mostra a trajectória do jovem camponês Ugwu, da professora universitária e filha de família influente Olanna e seu amante, o também professor universitário Odenigbo, da irmã gémea de Olanna, Kainene, e o namorado dela Richard, um inglês interessado pela cultura da ex-colónia britânica. A guerra altera-lhes a vida e esta como era já não existe mais; a única certeza que se pode ter é a da imprevisibilidade dos próximos acontecimentos. As personagens vão ser forçadas a tomar decisões definitivas sobre amor e responsabilidade, passado e presente, nação e família, lealdade e traição. Todas elas vão assistir ao desmoronar da realidade tal como a conheciam devido a uma guerra que tudo transformará irremediavelmente. O romance lê-se com agrado redobrado e o leitor torna-se um “visitante” nas vidas destas personagens. Nós, leitores, vamos acompanhando a decadência das condições de vida das personagens, o modo como se tentam adaptar às novas condições.
É uma obra interessantíssima que nos faz, acima de tudo, pensar nas crueldades que uma guerra pode encerrar, mas ao mesmo tempo no desprendimento e na inter-ajuda daqueles que sofrem.
(José Amaral)
Nada melhor que sugerir mais um livro. Trata-se de Meio Sol Amarelo (Edições Asa, 535 páginas), de Chimamanda Ngozi Adichie. Este romance venceu o “Orange Prize” em 2007.
É um livro sobre guerra, mais especificamente a guerra civil nigeriana, deflagrada no final dos anos 60, na qual o governo central tentava reverter a autodeclarada independência da região de Biafra, o que perdurou entre 1967 e 1970. Mas não conta uma história sobre heróis de guerra ao estilo dos sucessos de Hollywood. Com uma narrativa simples e precisa, a autora nascida na Nigéria e radicada nos estados Unidos, mostra como é ser civil em meio a um conflito em andamento. Chimamanda mostra a trajectória do jovem camponês Ugwu, da professora universitária e filha de família influente Olanna e seu amante, o também professor universitário Odenigbo, da irmã gémea de Olanna, Kainene, e o namorado dela Richard, um inglês interessado pela cultura da ex-colónia britânica. A guerra altera-lhes a vida e esta como era já não existe mais; a única certeza que se pode ter é a da imprevisibilidade dos próximos acontecimentos. As personagens vão ser forçadas a tomar decisões definitivas sobre amor e responsabilidade, passado e presente, nação e família, lealdade e traição. Todas elas vão assistir ao desmoronar da realidade tal como a conheciam devido a uma guerra que tudo transformará irremediavelmente. O romance lê-se com agrado redobrado e o leitor torna-se um “visitante” nas vidas destas personagens. Nós, leitores, vamos acompanhando a decadência das condições de vida das personagens, o modo como se tentam adaptar às novas condições.
É uma obra interessantíssima que nos faz, acima de tudo, pensar nas crueldades que uma guerra pode encerrar, mas ao mesmo tempo no desprendimento e na inter-ajuda daqueles que sofrem.
(José Amaral)
8 comentários:
Olá Amaral!
As minhas férias também deram para descansar!
Desta vez, embora seja transitório, fiquei pertinho de casa, nas Alhadas (entre 10 a 15 m).
Um bom início de ano lectivo!
Beijinhos
Nem acredito que as férias terminaram!...
As férias também foram para a leitura, mas a verdade é que sou muito preguiçosa:)
Beijocas gandes
Eli
Adelaide
Ainda bem para ti. Assim é mais perto e sempre dá mais jeito.
Espero que tenhas um bom ano.
Bjo
Eli
Pois é... as férias passam sempre a correr. A leitura é um gosto que se adquire. Não pode haver lugar à preguiça.
Bjinho
Olá J. Joaquim!
Espero que tenhas descansado.
Eu este ano fiquei em Vila do Conde. Estou muito perto da minha residência habitual.
Já estive Em S. João da Pesqueira e gostei.
Cuidado com o vinho generoso!
Um abraço
Olá meu querido amigo Amaral.
Que saudades suas, que bom seu retorno...
Mais um livro a indicar.
Tenha um regesso cheio de paz, amor e luz.
Uma semana de muitas realizações e glórias.
beijinhos doces da amiga de sempre.
Regina coeli.
João Paulo
Ainda bem para ti. Para mim também não é novidade - a Pesqueira - pois já lá etive um ano.
Abraço
Regina
Obrigado pela sua visita. Volte sempre.
Boa semana.
Bjo
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