domingo, 15 de maio de 2011

pérola literária

Ratos e Homens (Editora Livros do Brasil, 99 páginas), de John Steinbeck é uma pérola literária. Vale a pena ler esta belíssima história de amizade entre dois homens. Uma escrita escorreita e que nos prende da primeira à última página. Lê-se com facilidade e em pouco tempo. Aos interessados aqui fica a sinopse:«Ratos e Homens é o segundo (para muitos o primeiro) melhor livro do escritor estadunidense John Steinbeck. Publicado em 1937, dois anos antes de sua obra-prima: As Vinhas da Ira. Os livros de Steinbeck têm como pano de fundo a sociedade agrícola californiana do início do século passado, fortemente afectada pela Depressão. Principalmente a forte miscigenação com os mexicanos. Ratos e Homens também se inclui neste cenário de poucas perspectivas. A história tem como base a relação de dois homens, George Milton e Lennie Small. Amigos de infância. Entre eles há uma relação de mutualidade. Onde a imbecilidade de Lennie é amainada pela esperteza de George, assim como a pequena estrutura física de George é compensada pela força incomum de Lennie. Os dois vagueiam por fazendas do sudoeste, procurando emprego, nas colheitas. Têm um sonho em comum: juntar recursos e adquirir sua própria terra. Lennie gosta de animais e carrega um rato em seu bolso. O centro da história dá-se numa fazenda de cevada. George tem que falar por Lennie, tamanha inocência. Facto este que poderia prejudicar ambos. Mantêm relações amistosas com os outros empregados. Há também a perseguição por parte de Curley, filho do dono da propriedade, boxeador fracassado e marido de uma insinuante mulher. Essa mulher será uma constante fonte de problemas. Colocará Lennie e, consequentemente, George, em apuros. Por ciúmes, ocorre uma briga entre Lennie e Curley, onde o gigante destroça a mão do boxeador. Lennie e George fazem amizade com um velho negro, Crooks, que também passará a partilhar do sonho. Mas um dia ocorre um acidente, Lennie quebra involuntariamente o pescoço da mulher de Curley. Como se fosse um animalzinho. Lennie foge como um rato e é perseguido por ordem do agora viúvo. Aqui, a relação deixa a mutualidade e passa a ser comensal, onde o que resta a George é matar com dignidade o seu amigo Lennie».

(José Amaral)

2 comentários:

Delfim Peixoto disse...

John Steinbeck ( Vinhas da Ira?) um dos meus preferidos - estrangeiros- a par de Ferreira de castro em a "Selva", ou "Os emigrantes", fazendo uma descrição genial da vida de quem partiu no segundo e no primeiro a descrição genial da Amazónia.
Grato pela lembrança
Abraço

Amaral disse...

Delfim
Não precisas agradecer. Este vale bem a pena.
Abraço