Afogados ao brincar no Tâmega
Helena Teixeira da Silva,
João Paulo Coutinho
O acidente terá ocorrido por volta das 17 horas, altura em que foi dado o alerta à Cruz Vermelha de Alpendorada, "que accionou o piquete e chamou, depois, uma segunda equipa que estava de folga", afirmou o comandante, Joaquim Alves. Até às 20.45, hora a que foi determinado o final das buscas, estiveram no local 20 socorristas, uma psicóloga, os Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios, uma viatura médica do Hospital do Vale do Sousa, o helicóptero do INEM (que transportou um médico e uma enfermeira do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos), a Polícia Marítima e os Bombeiros Sapadores do Porto com uma equipa de três mergulhadores.
As buscas serão retomadas hoje de manhã. A GNR continuará "as diligências para identificar todas as pessoas da região que possuem motas de água", afirmou o comandante José Gomes, uma vez que, até ao final do dia de ontem, não foi possível encontrar as pessoas que alegadamente terão provocado o acidente.
"Podem ser pessoas daqui, mas também podem ser pessoas de outros locais que vêm para cá só por causa do rio", acrescentou. A Polícia Judiciária esteve também no local, porque, assegurou o comandante, "a confirmar-se o envolvimento das motas, esta situação é considerada crime".
Os quatro jovens que conseguiram nadar até à margem foram assistidos por psicólogos e levados para casa. "Um deles, o Albano, vinha todo arranhado", conta um familiar. "Disse que tentou segurar um amigo pelo pescoço e outro pela cintura, mas acabou por perder os dois".
Não é a primeira vez que morre gente naquele local. "A lagoa onde foi construída a barragem esconde um terreno que nunca chegou a ser limpo", conta o ex-presidente da Junta de Freguesia. "Está cheia de muros e socalcos. É uma autêntica armadilha para os mergulhadores".
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