Palavras!?
Muitas há.
Há???
Há.
(...)
aromáticas,
cruéis,
imbecis,
meigas,
ordinárias,
pudicas,
sinceras,
sublimes...
(...)
Tantas há, que me falta
a capacidade de as enumerar.
Ah!
Já me olvidava:
Frontais/escondidas;
Verdadeiras/falsas;
Justas/injustas;
Cínicas/realistas;
Gratas/ingratas.
Palavras, palavras, palavras...
A estas, leva-as o vento.
Portanto deixemo-nos
de palavreado
e...
ponto final.
(José Amaral, in “Poder da Díctamo”)
2 comentários:
Interessante...palavras e pessoas...palavras e vidas...ironia brincalhona...quase que basta soprar nas palavras...para estas girarem e desapareçer, mas voltando sempre.pois elas são o ferro em brasa...o aguilhão...a ponte..o que nos distingue... dos outros seres mas que também nos liga e nos faz entender este universo onde vivemos.
Inconformist
fazes uma análise bastante "observadora" da mensagem que o poema contém. Entender o universo onde vivemos? Até que seria fácil se o homem não usasse as palavras.
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