Celebra-se hoje, 5 de Outubro, o Dia Mundial do Professor. Escrevo aqui, no ad litteram, sob a dupla condição de professor e de cidadão. Sobre a primeira acho não dever alongar-me muito, apenas dizer que, por mais mal que se fale dos professores, me orgulho muito em sê-lo.
Hoje muito se fala dos professores, mas por tantos outros motivos que não o essencial. Isso são outras lutas que não quero trazer para aqui. Apenas um lamento: Não ouvi hoje ninguém com responsabilidades dar uma palavra de apreço aos professores. A data passou um pouco despercebida (embora sirva de atenuante a coincidência de esta data coincidir com o Dia da Implantação da República).
Como cidadão posso congratular-me pelos “mestres” que tive ao longo da vida. Muitos foram os professores que passaram pela minha vida e que muito me ensinaram. Posso dizer que, exceptuando dois ou três professores (e já na Faculdade), tive bons professores. Tive professores, e foram alguns, que me marcaram muito pela positiva. Ensinaram-me não só o bê-á-bá, mas ensinaram-me igualmente a ser um homem responsável e culto. Foram também, enquanto professor que sou, um exemplo para a profissão que abracei, assim como continuam a ser muitos colegas meus enquanto bons profissionais que o são.
Neste dia quero prestar uma singela homenagem através de um poema que publiquei no livro “Oráculo Luminar”:
professor
Entra na sala
de pasta na mão
ou a tiracolo.
o livro de ponto.
É o primeiro dia de aulas,
mas este ritual
repetir-se-á ao longo
do ano.
Os alunos
chegam a horas
nesse dia,
ritual que para alguns
jamais se repetirá
ao longo do ano.
Dão-se ao conhecimento.
Da turma dizem-se
“cobras e lagartos”;
realidade ou ficção?
o tempo o dirá!
(…)
Passam os dias!
O ano aproxima-se
a passos largos do fim.
Sai da sala
de pasta na mão
ou a tiracolo.
Na outra mão
o livro de ponto.
É o último dia de aulas,
mas este ritual
repetir-se-á ao longo
dos anos.
José Amaral
1 comentário:
Boa lembrança esta do dia do professor, adorei o poema :)
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