Epitáfio para uma velha donzela
De palmito e capela,
Qual manda a tradição,
Erecta, lá vai ela
Ser atirada ao chão.
De rosário na mão,
Lutou heroicamente
Contra a vil tentação
Do que nos pede a carne e a alma come.
Secreta, ansiosa, augusta, descontente
Dentro da sua túnica inconsútil,
Engelhou toda à fome,
Por fim morreu à sede,
No seu heroísmo fútil.
Bichos! penetrai vós no pobre corpo inútil!
(José Régio)
10 comentários:
é belissimo o poema ...
não conhecia
bjs
Caro Amaral,
Também não conhecia este poema do José Régio.
E pareceu-me muito triste.
Mas gostei.
Um abraço
Isabel
Também o descobri por acaso, mas adorei.
Bom fim-de-semana
Bjo
Meg
Gostei deste poema, por isso o publiquei.
Bom fim-de-semana
Abraço
José Régio, afinal.... pelo bom gosto do José Amaral
Abraço
Delfim
Obrigado.
Abraço
junto-me à lista dos que não conheciam este poema do José Régio...obrigada pela partilha
beijos e boa semana
Carla
Bem-vinda à lista. Agora já conhecemos e gostámos.
Boa semana
Bjo
Bom dia!
visito blogues encontrei o seu
lindo poema parabéns
tenha uma boa quarta feira
com carinho
Sol.
Sol
Obrigado pela visita e seja bem-vindo(a).
Fico contente por lhe ter agradado o poema.
Continuação de boa semana.
Abraço
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