A Igreja Católica festeja a 1 de Novembro (feriado) a festa de Todos-os-Santos (Festum omnium sanctorum). Celebra-se em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. No dia seguinte, 2 de Novembro, a Igreja Católica celebra o Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados. Desde o século II, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de Novembro, porque a 1 de Novembro é a Festa de Todos os Santos.
Nestes dias de reflexão e recolhimento aqui vos deixo um belíssimo soneto da autoria de Vasco Graça Moura:
Nestes dias de reflexão e recolhimento aqui vos deixo um belíssimo soneto da autoria de Vasco Graça Moura:
soneto do amor e da morte
quando eu morrer murmura esta canção
que escrevo para ti. quando eu morrer
fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.
quando eu morrer segura a minha mão,
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz do nosso amor como se não
tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.
(José Amaral)
15 comentários:
é lindissimo o poema ...
não conhecia.
bjs e boa semana
Isabel
Bonito e faz-nos pensar na nossa pequenez.
Boa semana
Bjo
quando eu morrer...descubro que o fim afinal existe!
belo poema
boa semana e beijos
LINDOOOOOOO!!!!!!
Jhs
Caro Amaral,
Curiosa coincidência... e o mais interessante é que este poema chegou a ser a primeira escolha, dada a data que se comemora. Mas mudei de ideias.
Um belo poema sem dúvida.
Um abraço
As vezes eu acho sem sentido visitar os mortos nos mausoléus, mas se pensarmos bem, sempre serão um pedaço de nós, mesmo em outro plano. Então haverá sempre esta ligação, este pesar...
Este poema é sublime!
Um beijo
Através da Meg cheguei aqui... e gostei. Que perfeita simbiose se encontra neste poema entre Eros e Thanatos, estarei enganado? De qualquer modo o Amor e a Morte sao duas coisas naturais da Vida e a Morte raramente queremos pensar nela...
Maria
Obrigado
Bjo
Maria
Obrigado
Bjo
Meg
Assim ficamos os dois bem servidos, com dois belos poemas de VGM.
Abraço
Menina do Rio
Concordo plenamente consigo.
Bjo
Namibiano
Antes de mais obrigado pela visita e seja bem-vindo.
Nõa se engana e faz uma leitura correcta do poema.
Abraço
Namibiano
Antes de mais obrigado pela visita e seja bem-vindo.
Nõa se engana e faz uma leitura correcta do poema.
Abraço
Olá meu estimado amigo Amaral.
Que lindo e doce esse seu poema.
Chorei de emoção.
Sabemos que a morte é inevitável, mas nos deixa sempre muito tristes.
Quando perdemos um bem querido, parece que nosso chão se abriu e a saudade entra , muitas vezes dificil ir embora.
Devemos sempre lembrar com muito amor, carinho e luz.
Beijos meu estimado amigo.
Obrigado por suas visitas sempre tão carinhosas em meu cantinho.
Te adoro viuuuuuuu, meninoSua amiga do lado de cá.
Regina Coeli.
Olà José Joaquim !
Não sabia desta tua faceta de escritor,fiquei surpreendido com o teu poema,é belissimo.
Se leres este comentario,contacta-me(apmorgado@hotmail.com)fui teu colega de seminàrio,sou o Morgado.
UM abraço.
www.morgadoart.com
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