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Já não me importa saber quem sou
nem o que faço aqui
importa-me saber, meu País,
que mais queres que faça por ti?…
Em Abril saí à rua,
onde tive meus filhos
cuja mãe é a madrugada,
redobrados ficaram os cadilhos,
mas em troca não me deste nada.
Plantaste-me na mão
arma e cravos
que não brinquedos e alimento,
meus filhos choram noite inteira
e eu sofro calado meu tormento.
Meus pés pisam o joio e acordam,
sangrando lamúrias,
de um sonho que espalhaste
como trigo que nunca deu grão.
(in “25 de Abril – 34 Anos”, José Amaral)
Já não me importa saber quem sou
nem o que faço aqui
importa-me saber, meu País,
que mais queres que faça por ti?…
Em Abril saí à rua,
onde tive meus filhos
cuja mãe é a madrugada,
redobrados ficaram os cadilhos,
mas em troca não me deste nada.
Plantaste-me na mão
arma e cravos
que não brinquedos e alimento,
meus filhos choram noite inteira
e eu sofro calado meu tormento.
Meus pés pisam o joio e acordam,
sangrando lamúrias,
de um sonho que espalhaste
como trigo que nunca deu grão.
(in “25 de Abril – 34 Anos”, José Amaral)
6 comentários:
num "sonho" nasceu Abril
leio-te Poeta e sinto cada verso nas mãos onde ainda não há pão...
trilhei caminhos entre alguns blogs para aqui chegar. em boa hora o fiz. foi com prazer que estive e li algumas das sua partilhas.
gostei!
obrigada por partilhar
um abraço
lena
Do melhor que te li...
Abraço
Lena
Bem-vinda ao meu cantinho. Honram-me as suas palavras. Fico contente por ter gostado.
Volte sempre.
Boa semana
Bjo
DElfim
Agradeço e fico contente por ter gostado.
Boa semana
Abraço
adorei o teu poema ... que retrata bem o que Abril nos deixou ...
uma mão cheia de nadas ...
bjs e boa semana...
Isabel
Infelizmente uma mão cheia de nadas. Boa semana.
Bjo
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