Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido como Chico Buarque nasceu no Rio de Janeiro, a 19 de Junho de 1944. É um dos mais afamados músicos, dramaturgos brasileiros. Como escritor ainda não conseguiu o estrelato. O seu livro “Budapeste” (que já li) não foi muito aclamado pela crítica, embora tenha ganho o Prémio Jabuti. A sua Ópera do malandro é conhecida mundialmente. Tive a oportunidade de vê-la, há dois anos, no Coliseu do Porto e é realmente um espectáculo fabuloso. A sua poesia também ganha força através das suas músicas. Aqui fica um exemplo:
Valsinha
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não mal disse a vida tanto quanto seu jeito de sempre falar
E não deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar
Então ela se fez bonita como a muito tempo nào queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tando esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouviam mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz
(José Amaral)
4 comentários:
Como é bom receber sempre visitas tuas Amaral à minha casa da Palavra...e Como é bom poder aqui chegar...entrar também em outra casa bonita da palavra, relaxar e repensar...
Bem Hajas amigo.
Até Breve
Ilda
Eu é que agradeço, pois a tua presença nesta minha casa (assim como a de todos) só me orgulha e me capacita para continuar.
Bjo
que belo texto de um nome cuja obra me diz tanto
bom fim de semana
beijos
Carla
Ainda bem que gostou. Bom fim-de-semana.
Bjo
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