Hoje sugiro aqui um livro que não é uma leitura, mas uma releitura. Trata-se de um livro de Poesia. Um belo livro! Saúl Dias – Obra Poética (361. Pág, Campo das Letras).
Tratando-se de um livro de Poesia pouco há a dizer (não que não houvesse, há), porque ou se gosta ou nada feito. Todavia, estamos na presença de um tipo de Poesia que nos remete para a meditação espiritual.
Aqui fica um exemplo, um poema de Saúl Dias, como confirmação daquilo que acabo de referir.
Tratando-se de um livro de Poesia pouco há a dizer (não que não houvesse, há), porque ou se gosta ou nada feito. Todavia, estamos na presença de um tipo de Poesia que nos remete para a meditação espiritual.
Aqui fica um exemplo, um poema de Saúl Dias, como confirmação daquilo que acabo de referir.
UM POEMA
Um poema
é a reza dum rosário
imaginário.
Um esquema
dorido.
Um teorema
que se contradiz.
Uma súplica.
Uma esmola.
Dores,
vividas umas, sonhadas outras…
(Inútil destrinçar).
Um poema
é a pedra duma escola
com palavras a giz
para a gente apagar ou guardar…
(José Amaral)
2 comentários:
Amaral,
Uma linda definição de poesia. Mas não é propriamente uma definição porque esta tem de ser completa e no presente caso, a poesia é isso e muito mais. Cada poema é uma areia de uma praia imensa, que nos mostra aspectos de um pequeno pormenor da vida, mas que nos obriga a aprofundar a análise à procura de ideias que vêm, como as cerejas enleadas entre si e nos espicaçam a reflexão. Ao contrário da prosa, a poesia não está ali clara e totalmente perceptível, pois tem uma dimensão incomensurável que nos transporta até onde nós formos capazes de ir. O fulgor da poesia não depende apenas do poeta, mas do leitor que por ele é impulsionado para voos incontrolados.
Desculpe a extensão das divagações .
Abraço
João
Não são divagações, são apreciações válidas, por isso não tenho de desculpar nada, pois não precisa de pedir desculpas.
Fez uma observação muito justa.
Bom fim-de-semana
Ãbraço
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