Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...
Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...
Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!
(in A Rua dos Cataventos, Mário Quintana)
(Mário Quintana nasceu a 30 de Julho de 1906 em Alegrete. Poeta, escritor, jornalista e tradutor, Quintana morreu em Porto Alegre, a 5 de Maio de 1994).
10 comentários:
Escrevo diante da janela nm sempre aberta, nas quatro paredes o sol entra pela janela , ilumina, por vezes inspira.
saudações
C Valente
Eu também custumo escrever com a janela aberta.
Parece que deixa entrar as ideias.
Saudações
Caro amigo,
Encontramo-nos em Mário Quintana, neste dia, autor que muito admiro.
Sem a pedagogia que acrescenta neste seu post. Elementar que gostei e muito.
Um abraço
Meg
Obrigado pelas palavras elogiosas ao meu post.
Também tenho vindo a descobrir Mário Quintana
Abraço
ggosto sempre de estar perto duma janela...
ainda não tinha lido este poema...
gostei imenso.
bjs e boa semana
Frequentemente visito o teu blog e é sempre com muita atenção que leio o que escreves.
Gostei muito deste poema!
Boas Férias!
Adelaide
Que lindo poema!
O meu amigo sempre atento ao excelente que se escreve!
Um abraco d'Algodres.
Isabel
Ainda há pouco tempo no seu blog aparecia uma janela. Uma, não... algumas pelo que deve ser um tema um tanto ou quanto recorrente na sua obra.
Boa semana
Bjo
Adelaide
Bem-vinda. Embora nos teus e-mail's receba a referência ao geoblog não sabia que era teu. Vou acrescentá-lo aos meus amigos Adlitterianos.
Boa semana.
Bjo
Al Cardoso
Fico contente porque o poema lhe agradou.
Apareça sempre.
Abraço de boa semana.
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