A Revolução do 25 de Abril também ficou conhecida por Revolução dos Cravos e decretou o fim da ditadura do Estado Novo. A revolução foi pensada, programada e levada a cabo por um grupo de militares descontentes com o regime e a situação militar resultante da guerra colonial. Estes militares, na sua maioria capitães, uniram-se no chamado "Movimento das Forças Armadas" (MFA), e na madrugada do dia 25 tomaram os principais pontos estratégicos da capital. A população apoiou, desde o primeiro minuto, este movimento, facto que se tornou decisivo para a vitória do movimento. A 24 de Abril o Jornal “República” chama a atenção dos leitores para a emissão do programa “Limite”, dessa noite, na Rádio Renascença. Pelas 22:00 horas, Otelo Saraiva de Carvalho e outros cinco oficiais ligados ao MFA encontram-se já no Regimento de Engenharia 1 na Pontinha onde, desde a véspera, fora clandestinamente preparado o Posto de Comando do Movimento. Seria Otelo a comandar as operações militares contra o regime. " E depois do Adeus ", canção interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, transmitida pelas 22:55 horas marca o início das operações militares contra o regime. A transmissão da canção " Grândola Vila Morena " de José Afonso, às 00:20 horas, no programa “Limite” da Rádio Renascença, é a senha escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis. Entre as 00:30 horas e as 16:00 horas, são ocupados os pontos estratégicos considerados fundamentais (RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi). É, também, difundido o Primeiro Comunicado do MFA, aos microfones do Rádio Clube Português As Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço e as forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: a Legião Portuguesa é a primeira. Desde a primeira hora o povo vem para a rua para expressar a sua alegria! Dá-se início ao cerco do Quartel do Carmo, chefiado por Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados Marcelo Caetano e mais dois ministros do seu Gabinete. Pelas 16:30 horas, do dia 25, e expirado o prazo inicial para a rendição, anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel. Pelas 17:45 horas, Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo. No Quartel do Carmo é hasteada a bandeira branca. Pouco menos de duas horas depois, Marcelo Caetano rende-se. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha. Elementos da PIDE/DGS disparam sobre manifestantes que começavam a afluir à sede daquela polícia na Rua António Maria Cardoso, fazendo quatro mortos e 45 feridos. Isto por volta das 20:00 horas. A 26 de Abril a PIDE/DGS rende-se, após conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais director daquela corporação. Na RTP apresenta-se ao país a Junta de Salvação Nacional. Por ordem do MFA, Marcelo Caetano, Américo Tomás, César Moreira Baptista e outros elementos afectos ao antigo regime, são enviados para a Madeira. O General Spínola é designado Presidente da República. Libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche. Assim, com a Revolução dos Cravos regressam as liberdades de opinião, de expressão e de imprensa. Fala-se sem medo de ser punido por aquilo que se diz e pensa.
Mais informação em:
http://www.pcp.pt/actpol/temas/25abril/30anos/index.htm
http://www.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=Cronologia
(José Amaral)
Mais informação em:
http://www.pcp.pt/actpol/temas/25abril/30anos/index.htm
http://www.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=Cronologia
(José Amaral)
10 comentários:
Vivam as Liberdades e que nunca se transformem em libertinagem!
Como resposta ao seu comentario no "Aqui d'Algodres" tenho que dizer-lhe, que sem duvida nenhuma o "Ad Litteram" merece o premio, mas nao o tendo atravez de mim, ja sei que o teve atravez de um amigo das "Terras de Tavares"!
Um abraco d'Algodres.
Al Cardoso
Viva a liberdade, mas que país livre é este que escolhe os caminhos que tem escolhido? A pergunta fica no ar...
Quanto ao meu blog estava a tentar fazer uma revolução (LOL)
Abraço
PASSEI EM SEU BLOG E DEIXEI MEU CARINHO...
BEIJOS NO CORAÇÃO...
ANA
Ana Lucia
Obrigado por ter passado pelo blog e por ter deixado um carinho
Bjo
OBRIGADO PELA ATENÇÃO DE TERIDO EM MEU BLOG E ACRESCENTAR A LISTA DE AMIGOS.
BEIJOS NO SEU CORAÇÃO E CONTINUA A ESCREVER PQ SEMPRE QUE DER QUERO ESTAR LENDO...
BEIJOS E BEIJOS
Ana Lúcia
Não tem de agradecer.
Bjo
Pedimos desculpa pelo longo período sem posts contudo estamos de novo em força para desvendar e (re)descubrir a nossa cidade, o nosso País!:D
Quanto ao tão celebrado 25 de abril penso que vivemos numa ditadura democrática!
Um abraço "figueiraolhar"
www.figueiraolhar.blogspot.com
ADICIONEI A MINHA LISTA DE AMIGOS EM MEU BLOG.BEIJOS NO CORAÇÃO.SEI QUE TBM FUI ADICIONADA AO SEU
BEIJÃO
Figueira Olhar
Bem (re)vindo aos seus comentários no meu blog. Fico feliz pelo vosso e pelo vosso trabalho que ainda não é em quantidade, mas é de muita qualidade.
25 de Abril... reflexões para outro tempo
Abraço
Ana lucia
Obrigada pela gentileza. Bom trabalho.
Bjo
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