Há bem pouco tempo publiquei aqui um post sobre um livro de João Ubaldo Ribeiro. Não lhe teci, a esse livro, grandes elogios. Contudo, a escrita de JUR é afamada e multi-premiada, pelo que decidi-me a ler um outro livro da sua autoria. Trata-se de Miséria e Grandeza do Amor de Benedita (Dom Quixote/Visão, 93 páginas).
Trata-se de um romance curto, extraordinariamente bem trabalhado do ponto de vista da escrita e da sua arquitectura interna, cheio de ironia e de mistérios, localizado na ilha de Itaparica. Este romance narra a história de Deoquinha Jegue Ruço, a versão nordestina de um Don Juan, casado com Benedita.É com a morte de Deoquinha, que aparece mort na cama de uma das suas amantes, que o autor dá partida à narrativa que reconstrói a trajectória desse conquistador, pai de vários filhos bastardos. Mas é a figura de Benedita que motiva toda a trama. Benedita é-nos apresentada como uma mulher ingénua, esposa exemplar e compreensiva, que perdoa todas as escapadelas do marido. O final afigura-se surpreendente.
Se no post anterior, em que me referi a “A casa dos Budas ditosos”, não fui muito elogioso para com o livro, desta vez devo render-lhe homenagem. É um livro que se lê com muito agrado, numa escrita melíflua e “agarradora”. Aconselho-o vivamente.
(José Amaral)
Trata-se de um romance curto, extraordinariamente bem trabalhado do ponto de vista da escrita e da sua arquitectura interna, cheio de ironia e de mistérios, localizado na ilha de Itaparica. Este romance narra a história de Deoquinha Jegue Ruço, a versão nordestina de um Don Juan, casado com Benedita.É com a morte de Deoquinha, que aparece mort na cama de uma das suas amantes, que o autor dá partida à narrativa que reconstrói a trajectória desse conquistador, pai de vários filhos bastardos. Mas é a figura de Benedita que motiva toda a trama. Benedita é-nos apresentada como uma mulher ingénua, esposa exemplar e compreensiva, que perdoa todas as escapadelas do marido. O final afigura-se surpreendente.
Se no post anterior, em que me referi a “A casa dos Budas ditosos”, não fui muito elogioso para com o livro, desta vez devo render-lhe homenagem. É um livro que se lê com muito agrado, numa escrita melíflua e “agarradora”. Aconselho-o vivamente.
(José Amaral)