quarta-feira, 28 de junho de 2006

"Les Huîtres"

Quadro de Matisse leiloado por 3,6 milhões de euros
Um quadro de Matisse, «Les Huîtres», foi vendido terça-feira num leilão em Zurique por 5,6 milhões de francos suíços (3,6 milhões de euros).
O quadro fazia parte de uma série de 67 lotes de obras de artes pertencentes a Gustav Zumsteg, proprietário do restaurante Kronenhalle, em Zurique, numa de cujas paredes esteve durante muito tempo exposto.
No total, a venda deste e outros quadros de Zumsteg, falecido no ano passado, somou 20 milhões de francos suíços, uma parte dos quais - 12,4 milhões - serão canalizados para a Fundação Hulda e Gustav Zumsteg e para a pensão de reforma dos empregados do restaurante.
Fundado por Hulda Zumsteg, a mãe de Gustav, o restaurante Kronenhalle, uma autêntica «instituição» em Zurique, é mundialmente conhecido por das suas paredes penderem quadros de alguns mestres da pintura.
Zumsteg, um esclarecido amante de pintura, fez fortuna no fabrico de tecidos para a alta-costura, sobretudo a parisiense.
Os quadros agora leiloados faziam parte da sua colecção pessoal. Os que ainda hoje é possível ver no restaurante continuarão onde estão, nada podendo, por vontade expressa de Zumsteg, ser alterado.
in Diário Digital / Lusa (edição online) 28Jun2006

terça-feira, 27 de junho de 2006

Livraria muda de mãos

Bertelsmann anuncia compra da Bertrand
O DirectGroup Bertelsmann adquiriu a maior cadeia portuguesa de livrarias, a Bertrand, foi hoje anunciado em Guetersloh pelo grupo mediático alemão, em comunicado à imprensa.
As duas partes combinaram manter silêncio sobre o preço da transacção, diz-se ainda no comunicado.

«Continuamos a investir e prosseguimos de forma consequente a nossa estratégia», disse o director do Directgroup Bertelsmann, Ewald Walgenbach, citado no documento.
Com 48 filiais em todo o país, a Bertrand, que emprega cerca de 400 pessoas, tem a maior cadeia de livrarias em Portugal, e no ano passado teve um volume de vendas de 40 milhões de euros.
O principal accionista da Bertrand era, até ao momento, um grupo de investidores do Luxemburgo.
O DirectGroup pretende, «através de uma combinação mais estreita entre o clube livreiro e o comércio de livros», ganhar novos clientes, segundo o mesmo comunicado de imprensa.
Esta combinação «cria sinergias e acelera, simultaneamente, o nosso crescimento», disse ainda Walgenbach, lembrando que o DirectGroup Bertelsmann, após a compra da Bertrand, «passa a ter uma posição cimeira na venda de livros em Portugal».
Por sua vez, o director do DirectGroup para a Europa Central e Europa do Sul, Fernando Carro, afirma no mesmo comunicado que a Bertelsmann «ampliou os seus canais de distribuição», depois de passar a ter também em Portugal lojas de venda directa ao público.
Até agora, a Bertelsmann só vendia livros em Portugal de forma indirecta, através de agentes de vendas ou do correio, com o Círculo de Leitores, detido na totalidade pelo grupo alemão.
O DirectGroup lembra que o núcleo principal da Bertrand é a sua moderna cadeia de lojas, presentes em 18 cidades portuguesas, nomeadamente nos grandes centros, como Lisboa e Porto, mas também na Madeira e nos Açores.
O Grupo Bertrand inclui também a Editora do mesmo nome, uma das cinco maiores em Portugal, e um grossista de livros.
Quanto ao DirectGroup, a empresa do Grupo mediático Bertelsmann, o maior da Europa, para o sector livreiro e multimédia, tem mais de 35 milhões de clientes espalhados por 22 países, e uma posição de destaque no ramo a nível mundial.
Além dos clubes do livro, o DirectGroup Bertelsmann tem também clubes de CD e DVD, para corresponder à procura crescente dos novos meios audiovisuais.
Os membros dos clubes têm acesso à ampla oferta de livros, CD e DVD através de catálogo, Internet ou de um dos 650 centros do Clube e livrarias na Europa e na Ásia.
O DirectGroup Bertelsmann é uma empresa da Bertelsmann AG, tem 13500 funcionários e alcançou um volume de vendas s de 2,4 mil milhões de Euros, em 2005.
O anúncio da compra foi feito na véspera da realização em Lisboa de uma conferência de imprensa em que o presidente do Círculo de Leitores, João Alvim, deverá tornar pública a aquisição da Bertrand.
Até agora, nem o Círculo de Leitores, em Portugal, nem a Bertlsman, na Alemanha, se tinham disponibilizado para confirmar a notícia da compra iminente da editora, difundida por alguns órgãos de comunicação social portugueses.

in Diário Digital / Lusa (edição online) 27Jun2006

Os animais são nossos amigos...


"Os animais são pessoas como as pessoas são animais." (Teixeira de Pascoaes)


A Aanifeira (Associação dos Amigos dos Animais de Santa Maria da Feira) tem novas t-shirts Cats and Dogs para venda. São bonitas e ao comprá-las estamos a ajudar a custear as obras de melhoramento do canil.
A associação tem uma Veterinária que tem feito um trabalho excelente, estando a apostar na esterilização dos animais de uma forma séria e contínua. Começou-se também a "chipar" os animais que são dados para adopção, levando, cada vez mais, a sério a luta contra o abandono.
Estas e outras informações podem ser consultadas nos seguintes sites:


http://aanifeira.blogspot.com
http://canilmunicipaldafeira.blogspot.com

segunda-feira, 26 de junho de 2006

Afectação


CONCURSO 2006


26 Junho 2006 – Aplicação para manifestação de preferências – já disponível na área de candidatos concurso 2006

A partir de hoje e até ao dia 30 de Junho os professores deverão proceder a mais uma etapa do concurso de professores para o ano lectivo de 2006/2007 (o primeiro concurso tri-anual).

Os professores do Quadro de Zona Pedagógica, bem como os professores contratados terão, agora, de manifestar as suas preferências. Para tal poderão consultar o site do Ministério da Educação http://www.dgrhe.min-edu.pt na área de candidatos.

domingo, 25 de junho de 2006

A Tradição cumpriu-se


CUMPRIR PROMESSA

Cavalhadas de Vildemoinhos atraíram milhares

Teresa Cardoso


Cerca de duas dezenas de carros alegóricos integraram, ontem, o cortejo das Cavalhadas de Vildemoinhos. Cumpria-se a tradição que a aldeia, às portas da cidade de Viseu, preserva desde há 354 anos. As pessoas, aos milhares, inundaram ruas e avenidas para assistirem ao mais importante cartaz sanjoanino do concelho. "Creio que estamos perante o melhor cortejo dos últimos anos. Há muita criatividade e tradição nas alegorias que nos são oferecidas. A população de Vildemoinhos está de parabéns por mais este sucesso", reconhecia Luís Carvalho, que veio de S. Pedro do Sul para cumprir um ritual de que não abdica.
Entre composições que avisavam para o efeito nefasto do consumo de tabaco até aos bonecos coloridos que fizeram as delícias da criançada, estavam os carros com motivos tradicionais de Vildemoinhos. Terra de moleiros e de broa, a aldeia teima em não deixar cair no esquecimento uma actividade que lhe deu fama e proveito. E que está na origem remota do secular cortejo.
Este ano, como nos anteriores, a população mobilizou-se, durante vários meses, para construir autênticas obras de arte. Uma tarefa que envolve homens e mulheres da aldeia e de fora dela.
O cortejo integrou-se nas festas de S. João que, por estes dias, sabem a sardinha com broa e vinho servidos, a rodos, no largo principal de Vildemoinhos.


Luta pela posse de água deu lugar a festa anual

Há 354 anos, em tempo de seca dura, as águas do rio Pavia, que atravessam Vildemoinhos, foram disputadas, em tribunal, por moleiros e agricultores. Os primeiros ganharam. E prometeram, todos os anos, ir em cortejo agradecer a S. João da Carreira.

Ritual de pequena aldeia é hoje cartaz turístico

A seguir à Feira de S. Mateus, as Cavalhadas de Vildemoinhos são o certame que mais visitantes atrai à região de Viseu.

in Jornal de Notícias (edição online) 25Jun06

Feira do Livro de Viseu


Feira do Livro abriu ontem no Mercado 2 de Maio


A XX edição da Feira do Livro de Viseu começou ontem às 18h30m, com a visita aos diversos pavilhões por parte de José Moreira, vereador do pelouro da Cultura e Educação da Câmara Municipal de Viseu. O certame decorre na Praça 2 de Maio, até 2 de Julho.
Acompanhado pelos vereadores António da Cunha Lemos, Guilherme Almeida e Hermínio Magalhães, o autarca referiu que a Feira do Livro (FL) "é hoje um espaço representativo e actualizado", que contém o que de "melhor se faz em Portugal".
José Moreira não deixou de salientar que a FL é possível, graças "à parceria entre a Câmara Municipal de Viseu (CMV) e as Livrarias existentes na cidade". Esses espaços são quatro e "representam cerca de 85 por cento das editoras nacionais", sublinhou o vereador do pelouro da Cultura e Educação da CMV.
Presentes na FL estão as editoras Palimage e Psico & Soma, e as Livrarias Pretexto, da Praça, Bertrand e Brincolivro. "Este ano acolhemos uma editora importante, a Divisão Editorial do Instituto Piaget, que apesar de ser um nome internacional está intimamente ligado a Viseu", apontou o autarca, referindo-se ao facto de a sede da instituição do Ensino Superior se encontrar no Alto do Gaio, concelho de Viseu.
A Feira do Livro funciona, durante a semana, das 16 às 23 horas, e aos fins-de-semana, das 16 às 24 horas.

Terça-feira, 20 de Junho 2006

in Diário Regional de Viseu (edição online)

sábado, 24 de junho de 2006

Divulgação


Associação de Beneficência Popular de Gouveia


O que é a ABPG?
É uma Instituição Privada de Solidariedade Social, situada em Gouveia, que tem a provecta idade de 126 anos datando os seus primeiros estatutos de 3 de Março de 1880.
Até 1977, a principal actividade desta instituição foi a prestação de cuidados de saúde no seu hospital (Hospital Nossa Senhora da Piedade de Gouveia), cuja posse perdeu naquele ano em virtude da sua nacionalização.
Hoje, esta instituição é um caso sério de sucesso, devido à quantidade de valências que foi criando, das quais se destaca a clínica de medicina física de reabilitação que a nível do distrito não tem paralelo, e mesmo em toda a Beira.
O seu núcleo de reabilitação profissional funciona no antigo Colégio Nun’Álvares, depois de devidamente remodelado. Deve frisar-se que este núcleo também se destina a fazer a integração profissional de pessoas com deficiências.
Mas não fica por aqui a sua actividade e, desde lares da 3ª idade, creche e jardim infantil, lar residencial, health club e um jornal semanário com a bonita idade de 93 anos, são motivo de orgulho de Gouveia.
Demonstrando toda a sua capacidade inovadora, inauguraram no dia 1 de Junho um complexo de lazer que merece ser visitado, pela sua funcionalidade, não esquecendo as pessoas com deficiências.
Em resumo, é uma instituição que merece ser divulgada, pois é um bom exemplo de que no interior do país, esquecido e abandonado, também se trabalha e há dinâmica capaz de criar um “oásis” no sopé da Serra da Estrela.
Vá a Gouveia! Visite o Parque da senhora dos Verdes e, certamente, voltará porque vai gostar.

António Dinho

http://www.cm-gouveia.pt/main.asp?menu=conc_contactos&grupo=contactos_instituicoesprivadasdesolidariedadesocial

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Revista Escolar


A Escola EB2,3 de Cinfães publicou a sua revista escolar. Depois do número zero surge agora o número um.
Esta revista serve de veículo informativo e, ainda, de elo de ligação entre a escola e a comunidade local.
São muitos os textos que encontramos ao longo da revista. Artigos de alunos e professores, passatempos, etc, etc.

Uma das secções mais bem conseguidas é aquela em que é dada "voz às escolas primárias" que fazem parte deste agrupamento.
A escola está de parabéns!

SOS







Darfur: actriz Mia Farrow pede ajuda internacional para crise

A actriz norte-americana Mia Farrow pediu hoje apoio internacional para o Darfur de forma a minimizar os efeitos da grave crise humanitária naquela região, que visitou recentemente como embaixadora da Unicef .
Mia Farrow, 61 anos, apelou a um maior apoio às agências humanitárias que trabalham no Darfur e «enfrentam condições muito difíceis» e defendeu a presença no terreno de uma força de paz das Nações Unidas devido «à crescente deterioração da segurança».

Aproveitando a sua presença em Lisboa para participar no Lisbon Village Festival, que começa hoje à noite, Mia Farrow preferiu falar aos jornalistas da «preocupante» situação na região sudanesa de Darfur, cenário há mais de três anos de um conflito que provocou centenas de milhares de mortos e milhões de refugiados que vivem uma situação «de terror».

Mia Farrow esteve em Darfur entre 11 e 15 de Junho na companhia de um dos seus sete filhos, Ronan, porta-voz da Unicef para a Juventude, depois de ali ter estado pela primeira vez há 18 meses.

Segundo a actriz, a crise humanitária agravou-se no último ano, sendo mais visível a escassez de assistência médica, de água e de alimentos.

Milhares de pessoas vivem em campos de refugiados numa situação cada vez mais precária e «aterrorizadas» devido a frequentes ataques das milícias árabes.

«Houve um acordo de paz que foi assinado e esperou-se que fosse um primeiro passo para a paz, mas ainda não está implementado nem foi assinado por todas as partes», sublinhou a antiga musa dos filmes de Woody Allen.

A actriz apareceu aos jornalistas para uma conferência de imprensa num dos últimos pisos de um hotel de Lisboa vestida com calças e casaco branco, t-shirt preta e usando um colar de artesanato africano.

Explicou que usa nesse colar talismãs que lhe foram oferecidos por uma mulher que conheceu num campo de refugiados e que vivera uma situação trágica tendo perdido o marido e os filhos, uns mortos outros raptados.

Por contraste com esta situação, Mia Farrow destacou a visita que fez hoje de manhã ao Hospital Garcia de Horta, em Almada, considerado um dos melhores hospitais pediátricos.

«Que sorte têm as crianças que ali estão por terem condições e poderem vir a realizar os seus sonhos», apontou. Apesar de ter dedicado quase toda a conferência de imprensa a falar de questões humanitárias, Farrow recusou definir-se como uma pessoa generosa.

Questionada sobre cinema, a actriz referiu que não tem projectos imediatos e só em Setembro saberá o que vai fazer a seguir, depois de ter participado em «Arthur and the minimoizes», um filme de animação que estreia dentro de dois meses.

Também confessou, «envergonhada», que não vê cinema português, mas prometeu fazê-lo.

Falou ainda da «óptima escola» que foi trabalhar com Roman Polanski (como realizador) e John Cassavetes (como actor) «há quase 40 anos» em «A semente do Diabo» (Rosemary's Baby), o filme que a lançou, em 1968.

Sobre a sua presença no Lisbon Village Festival, que inclui um festival europeu de cinema digital, com 28 filmes a concurso, Mia Farrow declarou-se fã das novas tecnologias.

in Diário Digital / Lusa (edição online)21-06-2006

Stendhal


Grenoble arremata os seis cadernos do diário de Stendhal

Os seis cadernos do diário do escritor francês do século XIX Stendhal, que abrangem vários anos entre 1801 e 1814, foram arrematados terça-feira em leilão pela sua cidade natal, Grenoble, por 800.000 euros.

Os cadernos pertenciam ao espólio da livraria de Pierre Berès que, na véspera, doara ao Estado francês uma outra jóia da sua colecção: um exemplar de «A Cartuxa de Parma», abundantemente corrigido e completado pelo autor.

A cidade natal de Arthur Rimbaud, Charleville-Mezières, teve menos sorte: não conseguiu adquirir qualquer dos 12 poemas manuscritos do autor.

A representante da cidade teve de contentar-se com uma modesta cópia - anónima, mas de época - de um texto de Rimbaud.

A Biblioteca nacional de França reservou para o seu acervo quatro importantes peças: as primeiras provas tipográficas de «Um lance de dados», de Mallarmé, minuciosamente corrigidas pelo autor (185.000 euros), manuscritos autógrafos da maior parte de «Álcoois», de Apollinaire (130.000 euros) e um texto de Proust intitulado «Sentimentos filiais de um parricida» copiado por Celeste Albaret, com correcções feitas pelo romancista (10.000 euros).

in Diário Digital / Lusa (edição online) 21-06-2006

"Equador"

«Equador» de Miguel Sousa Tavares editado na República Checa

O primeiro romance do escritor português Miguel Sousa Tavares, «Equador», foi editado na Repúlica Checa, numa colecção empenhada em «unir as duas orlas do Atlântico».

«Equador» é o terceiro título da colecção «Transaltantika», depois de « Gringo Viejo», do mexicano Carlos Fuentes, e de «Nocturno de Chile», de Roberto Bolaño.

Miguel Sousa Tavares aborda uma temática historicamente «muito interessante» para o leitor checo, designadamente «a escravatura e a responsabilidade do individuo que tem de escolher entre os interesses do Estado e a sua própria honestidade intelectual», disse a editora da colecção, Aneta Charvatova, citada hoje pela agencia espanhola EFE.

A mesma colecção irá publicar a seguir romances do argentino Júlio Cortazar, do cubano Reinaldo Arenas e do espanhol Enrique Vila- Matas.

«Equador», publicado em 2003, já vendeu mais de 250 mil exemplares em Portugal e foi traduzido para sete línguas (catalão, alemão, francês, holandês, espanhol, italiano e, agora, checo).

in Diário Digital / Lusa (edição online) 21-06-2006

Aqui está uma boa notícia. “Equador” é um livro bastante interessante e que se lê com agrado.

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Exames Nacionais

Exames nacionais para mais de 176 mil alunos

Os exames nacionais do 12º ano começam hoje e prolongam-se até 03 de Julho, com mais de 176 mil alunos a prestarem provas em 618 escolas secundárias do país, de acordo com dados do Ministério da Educação.
Do total de 176.794 alunos inscritos, 64 por cento fazem exames para se poderem candidatar ao ensino superior, enquanto os restantes 36 por cento testam conhecimentos apenas com o intuito de concluir o secundário.
O número de estudantes a realizar provas subiu 46,2 por cento relativamente a 2005, com mais 55 mil alunos inscritos este ano.
A primeira fase de exames começa às 09:00 com a prova de Português B, seguindo-se às 11:30 a de Português A, as duas disciplinas que abrangem o maior n úmero de examinados (73.711 no total).
As raparigas continuam em clara maioria entre os inscritos, representando 57 por cento do total, uma tendência que se verifica há vários anos.
No total, a realização dos exames nacionais no 9º e 12º anos custa ao Estado cerca de 6,5 milhões de euros, segundo disse à Lusa Dulcínia Ribeiro, vice -presidente do Júri Nacional de Exames.
Até ao final da primeira fase vão realizar-se exames a 36 disciplinas, num total de 514.540 provas, sendo divulgados os resultados a 13 de Julho.
A classificação no exame nacional vale 30 por cento da nota final da disciplina e entre 35 a 50 por cento para a nota de candidatura ao ensino superior .
A segunda fase decorre entre 19 e 25 de Julho, sendo afixadas as pautas a 04 de Agosto.
Os alunos que concluírem todos os exames na primeira fase podem candidatar-se ao ensino superior entre 17 e 21 de Julho, enquanto os estudantes que for em à segunda fase concorrem entre 04 e 11 de Agosto.
MLS/JPB. Lusa/Fim, in Diário Digital (edição online) 19Jun06

Notícia


"Outonalidades" na Imprensa

O lançamento do meu livro foi notícia no jornal "O Primeiro de Janeiro" de Domingo, 18 de Junho de 2006.
Na secção Fotolegenda lá encontramos uma fotografia do livro e do autor, bem como um pequeno texto do qual passo a transcrever algumas linhas:
"O livro Outonalidades, de José Amaral, foi apresentado pelo escritor José Santolaya na Bertrand do Dolce Vita das Antas. Com a chancela da Papiro Editora, a obra chamou muitos interessados ontem à tarde à livraria portuense..."


Também foi notícia no blog "Escríticas"
(http://escriticas.blogspot.com/) um blog bastante interessante.

domingo, 18 de junho de 2006

Lançamento do livro


Poesia

Ontem, 17 de Junho de 2006, na Livraria Bertrand do Dolce Vita, Porto, teve lugar o lançamento do meu terceiro livro de poesia. A presença de muito amigos e conhecidos muito me honrou. A editora esteve representada pela Drª Sandra Macedo e a apresentação do livro esteve a cargo de José Santolaya.
A apresentação contou, ainda, com o brilhantismo das participações de Joana Ferreira (excelente fadista, muito bem acompanhada por João Cardoso e Abílio Godinho) e da Drª Luísa Geada que declamou de forma exemplar alguns poemas.
A todos os presentes um OBRIGADO muito sincero. Também uma palavra de agradecimento à Ana Cruz que fez as ilustrações do livro, bem como à Câmara Municipal de Mangualde, ao Governo Civil de Viseu e à Junta de Freguesia de Abrunhosa-a-Velha que me apoiaram nesta edição.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Livro de Poesia

"Outonalidades"

A Papiro Editora vai promover o lançamento do livro "Outonalidades" de José Amaral, no dia 17 de Junho de 2006, pelas 18h00, na Bertrand do Dolce Vita das Antas. A apresentação da obra está a cargo do escritor José Santolaya.

«Meia centena de poemas, pintados com flores, árvores, insectos laboriosos, belos, como abelhas, borboletas, formigas, todas elas criaturas da natureza que passam despercebidas para a imensa maioria, e que o poeta recria com a sua maestria didáctica, dando-lhes o lugar que merecem. Não são aulas de zoologia nem de botânica, são armas pedagógicas carregadas de humanidade, que tanta falta fazem nas escolas do mundo, onde o professor ou mestre dá a lição… cumpre o horário e… vai embora.»

(traduzido do prefácio)

José Joaquim Pacheco Amaral nasceu a 28 de Junho de 1969, em Moçambique. Durante a infância viveu no Concelho de Mangualde.
Após estudos nos Seminários da Diocese de Viseu (concluiu o 4º Ano do Curso Filosófico-Teológico) ingressou na Universidade Católica Portuguesa – Pólo de Viseu, onde obteve Licenciatura no Curso de Português-Francês em 1996.
É professor do Quadro de Zona Pedagógica do Douro Sul.
Já deu à estampa dois livros de Poesia, "Poder da Díctamo" e "Oráculo Luminar". Como contista já publicou dois contos em duas colectâneas de contos promovidas pela Câmara Municipal de Tarouca. Além disso, publicou vários contos em Jornais Escolares.


Imposto



Selo do Carro a partir desta Sexta.



Os proprietários de veículos automóveis e motociclos devem pagar a partir de sexta-feira e até ao dia 14 de Julho o Imposto Municipal sobre Veículos, mais conhecido por “selo do carro”.
O pagamento do imposto dos automóveis e motociclos matriculados e registados em território nacional poderá ser efectuado via Internet através da página de declarações electrónicas (www.e-financas.gov.pt) ou em qualquer serviço de finanças.
De acordo com a portaria, publicada a 31 de Maio, as pessoas singulares poderão adquirir o dístico modelo número 4 nas entidades autorizadas à sua revenda e nas juntas de freguesia do concelho da residência, dentro do prazo previsto.
A liquidação do imposto através da Internet é obrigatória para as pessoas colectivas. O pagamento do imposto será efectuado pelo valor constante do documento de cobrança (DUC), emitido por via electrónica. Após o pagamento do imposto, o dístico é enviado por correio para o domicílio fiscal do cidadão.
O reconhecimento da isenção do imposto relativo a veículos automóveis e motociclos será efectuado em qualquer serviço de finanças, mediante a apresentação dos elementos necessários à concessão da respectiva isenção.
O Governo chegou a estudar a possibilidade de o "selo do carro" ser pago obrigatoriamente através da Internet, mas acabou por manter no corrente ano a hipótese das pessoas singulares adquirirem os dísticos nos revendedores e outras entidades autorizadas.
Além dos veículos automóveis e motociclos, também os proprietários de aeronaves e barcos de recreio tem que pagar o Imposto Municipal sobre Veículos entre sexta-feira e o dia 14 de Julho.

Sic Online 15MAI06

Jornalismo Escolar

ASSIMETRIAS

O Clube de Jornalismo da Escola Secundária Prof. Dr. Flávio Pinto Resende, em Cinfães, acaba de lançar a sua revista "Assimetrias". O n.º 4 desta revista está agora disponível.
A revista tem muitos textos - artigos de opinião, entrevistas, poemas... - que fazem um pouco o "historial" deste ano lectivo 05/06. Os textos são interessantes, com um bom grafismo e uma selecção de imagens muito boa.
O Clube de Jornalismo, com esta publicação, comprova que muitas vezes o trabalho dos professores não é tão valorizado quanto devia. Muitas horas (que não fazem parte dos horários dos professores) foram gastas para que a revista fosse publicada.
Está de parabéns o Clube de Jornalismo. Está de parabéns a Escola Secundária de Cinfães.

terça-feira, 13 de junho de 2006

Há um ano adeus a José Fontinha

A Poesia de Eugénio de Andrade*

_____________

Por José Amaral

Um fundanense no Porto...

A 19 de Janeiro de 1923 nasce na Póvoa da Atalaia, concelho do Fundão, José Fontinha. Quem? José Fontinha! É verdade, escrito desta maneira pouco diz e, aos mais desatentos, passa totalmente despercebida a data e o nome de um dos mais lidos e traduzidos, e um dos mais importantes, poetas contemporâneos portugueses: Eugénio de Andrade (EA).

José Rodrigues Miguéis diria que, “a melhor maneira de ser igual aos outros não é ser como eles, mas ser diferente: é sermos nós-mesmos até ao limite. O que torna os homens iguais é o direito a serem diversos”. É assim EA! Prova cabal disso é que o próprio prescinde do seu nome – que consta no registo civil – por volta dos 19 anos, aquando da publicação de “Adolescente” (1942), o seu primeiro livro de poesia, em função do pseudónimo que o tornaria conhecido em todo o mundo. Aliás, como reconhece EA, quem o chamar por José Fontinha arrisca-se a não receber resposta, já que o seu nome civil lhe é perfeitamente estranho.

Filho de camponeses, a sua infância é passada com a mãe, tanto que o pai (casou mais tarde com a mãe) é uma figura totalmente ausente do universo do poeta; aos seis anos entra para a escola, onde inicia a instrução primária e mais tarde prossegue os estudos em Castelo Branco, concluindo-os em Lisboa, onde frequenta o Liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado de Castro.

Adolescente ainda, começa a escrever poesia, inspirado pelo primeiro poeta que conhece: António Botto. Contudo, é a copiar textos de Fernando Pessoa e admirando a obra daquele que considera seu mestre – Camilo Pessanha – que a sua veia poética vai desabrochar para o estrelado.

Por volta de 1943 fixa-se em Coimbra onde conhece nova referência para a sua obra: Miguel Torga. Em 44 faz tropa em Tavira e em 46 (finais de...) regressa a Lisboa, onde saem as primeiras traduções suas de poemas de Garcia Lorca.

Ao longo destes anos mantém correspondência com outros grandes escritores, entre eles Marguerite Yourcenar, por quem era tido em muito apreço e estima. Ainda na década de 40, conhece outra grande figura da poesia lusa, Sophia de Mello Breyner Andresen, que na altura o achava inteligente e bonito, mas algo narcísico.

Em 47, entra para a Inspecção dos Serviços Médico-Sociais, transferindo-se, em 1950, para o Porto para chefiar os serviços nesta cidade, uma vez que era solteiro, como, aliás, sempre se manteria.

Em 1956 morre-lhe a mãe, a quem dedica “Coração do Dia” (1958). É um pequeno (notável) livro que o marca, e cujos poemas, vários anos após, lhe continuam a ser proibitivos aos ouvidos, pois talvez o cordão umbilical nunca tivesse sido cortado na totalidade. Eu próprio, tive o prazer de o escutar a declamar poemas seus, na Universidade Católica em Viseu, há seis ou sete anos atrás, e quando leu um poema dedicado à mãe a voz tornou-se mais pausada (e porque não pesada), sentida e tremida. Só assim, é possível entender as palavras que ele, em “Os Amantes sem Dinheiro” no poema à mãe, endereça à sua progenitora: «Não me esqueci de nada, mãe./ Guardo a tua voz dentro de mim./ E deixo-te as rosas.../ Boa noite. Eu vou com as aves!».

Actualmente reside no Porto, na sua casa do Passeio Alegre, na Foz. Esta residência surge como gratidão do Porto – ideia nascida numa roda de amigos com a ajuda da Câmara – já que ele tanto fizera pela cidade. Surge, então, a Fundação Eugénio de Andrade, que funciona num prédio contíguo à residência do poeta, presidida pelo médico Duarte Correia e que tem em Dario Gonçalves (grande amigo de Eugénio) um dos fundadores que, actualmente, pertence à direcção da Fundação.

EA vive só, na companhia da sua gata Nickie (oferta do seu amigo Dario); levanta-se às oito e trata da sua constante companhia e preocupação. Andrade procura refugiar-se um pouco no seu mundo – a poesia – daí que seja um pouco alheio ao contacto com as coisas públicas e com entrevistas. Até mesmo as viagens que lhe davam imenso prazer, se tornaram menos intensas. Passa os dias a ler o último dos grandes poetas, Paul Celan, como afirma, a ouvir música (toda em geral, mas música de câmara, em particular) e às vezes a escrever. Além destas artes mostra-se confesso admirador de uma outra grande arte: a pintura.

Eugénio de Andrade gosta de viver no seu próprio mundo, o mundo da sua poesia, como opção absoluta.

É desta forma que EA, isolado no seu mundo, pode considerar viver com um gato, ter uma criança – o seu afilhado Miguel – e partilhar da amizade de três ou quatro amigos.

Actualmente, após aposentação em 1983, tem mais disponibilidade; quem ganha com isso é a sua região, a qual mereceu a sua visita, nos últimos anos, por três ou quatro vezes, retomando o gosto pelas viagens.

“Aquela Nuvem e Outras”

Eugénio de Andrade (EA) é, hoje, considerado um dos mais importantes poetas do séc. XX. Depois de Fernando Pessoa, ele é decerto, o poeta português mais lido e conhecido, mesmo no estrangeiro onde são traduzidas em maior número – de ano para ano – as suas obras; exemplo disso são os casos de Espanha, França, Itália, Rússia, Venezuela...

A sua vastíssima obra foi iniciada na adolescência com algumas tentativas (“Adolescente” e “Pureza”) que abjuraria, aproveitando tão só alguns poemas. Nota-se que EA, embora tendo “renegado” a sua terra-natal preferindo a grande metrópole, não se desliga totalmente do mundo que o viu nascer: o campo. A sua vivência na aldeia da Póvoa da Atalaia, nas cercanias da Serra da Gardunha, até aos oito anos, marca-o para sempre como ressalta da sua obra poética. É pois assim, que EA em entrevista a José Carlos Vasconcelos (in Visão, de 26/11/98) afirma: «a minha poesia sempre esteve mais perto da terra do que do mundo. Uso estas palavras no sentido que lhes dá Heidegger. Ou se prefere: a poesia que escrevo é, no nosso tempo, das raras em que a natureza é central. Sempre me senti mais próximo de um camponês do que de um tecnocrata, de Van Gogh do que de Kandinsky, de Rimbaud do que de Mallarmé, de Messiaen do que de Boulez, gente cujo espírito não tenha abolido o instinto».

Na obra eugeniana – aclamada através dos muitíssimos prémios que já recebeu, dos quais sobressai o Prémio Camões – podem encontrar-se (?) tendências contemporâneas tais como o Neo-Realismo, o Surrealismo, o Neobarroquismo Hispânico; todas afloram na sua obra como esteticismo modernista que o inspirou. Marginal a grupos e a movimentos, este tradutor de Garcia Lorca e das Lettres Portugaises atribuídas a Mariana Alcoforado, quase não acusa influência de quaisquer escolas literárias, propondo uma poesia elementar. Textos de notável coerência interior, onde uma simples metáfora – a sua poesia é carregada delas – chega para que os sentidos do poema se organizem em seu redor.

EA apenas transforma tudo numa pessoal fusão de sensibilidade e de segura consciência da sua peculiar originalidade. Não é, por isso, de estranhar que muitos considerem que na obra de EA mais do que do nosso modernismo, se reconheça a continuidade da geração espanhola de 1927. Sendo assim, ousa-se afirmar que EA é, a par de Camilo Pessanha, o poeta português mais próximo de uma poesia-música.

Fernando Pinto do Amaral reconhece que «os versos de Eugénio de Andrade, participam de uma carga afectiva, fruto de uma voz singular, acabam por manifestar um ardor pessoal, a certeza de uma fala e de um pathos que faz da poesia, além de um instrumento para conhecer o mundo, um meio privilegiado para “amar” o mundo».

Muitos são os temas a que EA dá vida na sua poesia: o vento e o fogo, a infância, o corpo, o desejo, o mar... entre outros. Senão reparemos: a água: “... olhar a água onde passam barcos,/ escura, densa, rumorosa/ de lírios ou pássaros nocturnos” (“Um rio te Espera”); os pássaros, em “Despertar”: “É um pássaro, é uma rosa,/ é o mar que me acorda?/ Pássaro ou rosa ou mar,/ tudo é ardor, tudo é amor”, ou então em “Aquela Nuvem e Outras”: “Eu serei um pássaro louco/ pássaro voando e voando/ sobre ti vezes sem conta”; a luz: “Que ronda matinal,/ que luz tão jovem...” (“Matinalmente”); vejamos, ainda, o tema do amor limpo das coisas no poema “Urgentemente”: “É urgente o amor/ (...)/ É urgente destruir certas palavras,/ ódio, solidão e crueldade”; ou, para terminar, um tema tão do seu agrado: a mãe, a quem EA no poema “Coração do Dia” escreve: “Mãe, já nada nos separa/ Na tua mão me levas/ Uma vez mais,/ ao bosque onde me sento/ à tua sombra”.

Estes são os temas que, subtilmente fundidos pela pena de EA, transformam a sua poesia em tão aclamada obra e que fazem esquecer não só o anónimo José Fontinha – mesmo renegando os seus primeiros rebentos poéticos – como engrandecer EA.

Só assim, perante um manancial tão rico pode, Jorge de Sena, pleno de razão, afirmar que a obra de EA “é das raras, na literatura portuguesa, a transcender um sentimento de frustração ou carência, em favor da celebração dos momentos de plenitude, em que as coisas, as sensações, o prazer e a dor se transfiguram”.

* Texto escrito em 2001.

Há um ano adeus a Manuel Tiago.

Álvaro Cunhal, o Comunista escritor

Álvaro Barreirinhas Cunhal, filho de Avelino Cunhal e Mercedes Cunhal, nasceu na freguesia da Sé Nova em Coimbra, no dia 10 de Novembro de 1913. Álvaro Cunhal teve dois irmãos mais velhos, António José, que morreu em 1933, com vinte e dois anos, vítima de tuberculose, e Maria Mansuenta, que morreu em Seia, em 1921, com apenas nove anos, também vítima de tuberculose.

A sua infância foi vivida em Seia, terra de seu pai. Com onze anos de idade muda-se com a família para Lisboa, onde faz os seus estudos secundários no Pedro Nunes e mais tarde no liceu Camões. Em 1927, nasce a sua irmã mais nova, Maria Eugénio.

Em 1931, com dezassete anos, ingressa na Faculdade de Direito de Lisboa, onde inicia a sua actividade política. Neste mesmo ano filia-se no PCP e faz parte da Liga dos Amigos da URSS e do Socorro Vermelho Internacional.

Em 1936 entra para o Comité Central do PCP, que o envia a Espanha, onde vive os primeiros cinco meses da guerra civil.

Em Junho de 1937 é preso pela primeira vez. É levado para o Aljube e posteriormente transferido para Peniche. Um ano depois é libertado, mas por razões políticas é obrigado a cumprir o serviço militar, em Dezembro de 1939, na Companhia Disciplinar de Penamacor. Por razões de saúde, Álvaro Cunhal acaba por ser dispensado pela Junta Médica Militar.

Ao longo da década de 30, Cunhal foi colaborador de vários jornais e revistas, entre os quais se contam "O Diabo"; "Sol Nascente";"Seara Nova"; "Vértice"; e nas publicações clandestinas do PCP, "Avante" e "Militante", onde escreveu artigos de intervenção política e ideológica.

Em Maio de 1940 é novamente preso e faz o seu exame final na Faculdade de Direito de Lisboa sob escolta policial. Apresenta uma tese sobre a realidade social do aborto, que seria avaliada por um júri composto por Marcelo Caetano, Paulo Cunha e Cavaleiro Ferreira, figuras destacadas do regime Salazarista. A sua classificação final foi de 16 valores.

O seu julgamento ocorreu um ano depois. Neste julgamento Cunhal fez uma declaração em que se afirmava "filho adoptivo do proletariado" e dirigiu um forte ataque ao regime salazarista. Foi condenado e preso na Penitenciária de Lisboa, sendo transferido para a prisão-fortaleza de Peniche em 1958. Em Janeiro de 1960 dá-se a famosa fuga do Forte de Peniche.

A 25 de Dezembro de 1960 nasce a sua única filha, Ana Cunhal, fruto da sua relação com Isaura Maria Moreira.

Em 1961 é eleito Secretário-geral do PCP. Em 1962 é enviado pelo PCP para o estrangeiro. Regressa a Portugal a 30 de Abril de 1974. A 15 de Maio do mesmo ano toma posse como ministro sem pasta no I Governo Provisório. Mantém o mesmo cargo nos II, III e IV Governos Provisórios.

No ano de 1992 abandona o cargo de Secretário-geral do PCP, que passa a ser ocupado por Carlos Carvalhas, e é eleito pelo Comité Central para o então criado cargo de Presidente do Conselho Nacional do PCP.

Liberto das suas funções de liderança partidária, Álvaro Cunhal, a par da actividade política corrente, assume claramente a sua condição de romancista e esteta. Neste sentido, em 1995 reconhece publicamente ser o romancista Manuel Tiago (pseudónimo); foi também pintor e ensaísta. Das obras, publicadas sob pseudónimo, as mais conhecidas são “Até amanhã Camaradas”, “Cinco dias, cinco noites”, “A estrela de seis pontas” e “A Casa de Eulália”.

A 13 de Junho...



1231 Morre Santo António, em Pádua.






1888 Nasce Fernando Pessoa.






1958
Morre Vasco Santana.





1984 Morre António Variações.





1993 Morre Hermínia Silva.






2005 Morre Álvaro Cunhal.






2
005 Morre Eugénio de Andrade.

À Atenção dos Pais

Estudo: jovens portugueses utilizam Net sem controlo parental
A maioria dos jovens portugueses utiliza a Internet sem qualquer controlo parental, sendo livre para consultar páginas web, aceder a salas de «chat» e jogar jogos electrónicos, enfrentando apenas restrições ao tempo que permanecem online.
Estas conclusões constam de um estudo divulgado esta segunda-feira em Bruxelas sobre a «Apropriação dos Novos Media», realizado em nove países, incluindo Portugal, pela consultora Meddiappro, e que traça o perfil dos adolescentes entre os 11 e 19 anos na utilização dos novos meios de comunicação (Internet e telemóveis).
Entre os 643 alunos questionados, 93% utiliza a Internet, a maioria em casa, onde não dispõem de restrições por parte dos pais.
Entre os questionados, 77% dos estudantes afirmaram que os pais nunca os proíbem de aceder a salas de «chat» - contra 2% que «sofrem» restrições -, 80% que os pais nunca os interditam de utilizar o e-mail, 59% nunca foi proibido de entrar em qualquer «website» e 65% joga os jogos electrónicos que deseja.
«Regra geral, a maioria dos alunos não tem qualquer restrição à utilização dos media, nem em casa, nem na escola, e isso deve-se, segundo os próprios, ao facto dos pais confiarem neles e saberem que sabem utilizar a Internet», concluem os três responsáveis pelo estudo em Portugal.
Segundo o trabalho, «os pais apenas restringem o uso da Internet na época de testes ou exames na escola», sendo que as limitações «dizem respeito ao tempo que os jovens passam online e não aos conteúdos que consultam ou às actividades que desenvolvem».
A maioria dos alunos portugueses prefere consultar a Internet em casa, por ser mais «confortável», uma vez que na escola são «poucos e antigos» os terminais existentes.
Da mesma forma, 71% não utiliza os locais públicos, como os «cybercafés» porque «são caros e poucos» e porque dispõem de Internet em casa.
O inquérito permitiu ainda concluir que os rapazes portugueses se interessam mais por computadores, Internet e jogos do que as raparigas e que o interesse geral vai, em primeiro lugar, para a troca de mensagens através do MSN e, em segundo para pesquisas, designadamente no motor de busca Google.
Quanto aos telemóveis, no país que regista a mais alta taxa de penetração da União Europeia (Portugal) - 102,3% em Junho de 2005, acima da média europeia de 91,4% -, a maioria dos jovens entre os 11 e os 19 teve o seu primeiro telemóvel aos dez anos.
Entre os jovens questionados, 92,8% afirma ter o seu próprio telefone móvel, que utiliza essencialmente para mensagens escritas. Aqui, as restrições parentais dizem respeito apenas ao dinheiro que gastam.
Os investigadores concluem que, apesar de conhecerem as novas actividades, os jovens portugueses são «conservadores» na utilização da Internet e do telemóvel.
O estudo, que também foi realizado na Bélgica, Dinamarca, Estónia, França, Grécia, Itália, Polónia e Reino Unido, deixa recomendações às autoridades portuguesas para que promovam sessões de esclarecimento sobre o uso dos novos meios de comunicação nas escolas e nas associações de pais.
Ao todo, foram realizados 643 questionários em Setembro de 2005, que deram posteriormente origem a 26 entrevistas individuais, num trabalho desenvolvido por Vítor Reis Baptista, Neusa Baltazar e Samantha Mendes, da Universidade do Algarve.
Diário Digital / Lusa 12-06-2006 16:55:00

segunda-feira, 12 de junho de 2006

TPC = STRESS



Alunos ficam stressados com os trabalhos de casa
Elsa Costa e Silva e Ângela Marques José Carlos Carvalho

Os trabalhos de casa (TPC) são uma das principais fontes de stress para os alunos do ensino básico. Segundo um estudo que envolveu 300 crianças, de diferentes zonas do País e dos sistemas público e privado, a dificuldade em realizar as tarefas definidas pelos professores causa grande preocupação em 80% dos alunos. A experiência de muitas famílias diz também que os TPC são momentos, por vezes, dramáticos e uma sobrecarga na agenda. E ainda que o envolvimento parental na aprendizagem seja um factor importante, pais com maiores dificuldades socio-económicas não prestam o mesmo apoio que famílias de maiores recursos sociais e financeiros.Por isso, a intenção da ministra da Educação, manifestada na semana passada, de pôr fim aos TPC, transformando-os em trabalho individual a realizar na escola com a ajuda de professores, recolhe o apoio de vários especialistas em educação ouvidos pelo DN. Sem fundamentalismos, explica Pedro Silva, da Escola Superior de Educação de Leiria (ESEL), e com a consciência, adianta Teresa Seabra, do ICSTE, de que a medida não vai afectar a franja de alunos cujos pais têm melhores condições e conhecimentos (ver texto na página ao lado).Mas a preocupação com a realização dos TPC é comum à grande maioria das crianças. O trabalho de Ana Isabel Pereira, da Escola Superior de Educação João de Deus, avaliou a transição entre o 1.º e o 2.º ciclos do ensino básico em 59 escolas das zonas norte, centro e Lisboa e vale do Tejo. E dele se conclui que "os acontecimentos indutores de stress relacionados com o domínio académico são os que ocorrem com maior frequência".Assim, para além da prestação em aula, o que mais preocupa os alunos é "ter dificuldades com os TPC" e também "ter que fazer demasiados trabalhos ao mesmo tempo". A avaliação destes alunos teve lugar no 5.º ano porque essa é a altura da transição para a pluridocência e para uma maior diversidade de disciplinas que "faz mais sentido", já que faz coincidir no tempo múltiplas tarefas.Para Ana Isabel Pereira, "não há suficiente coordenação entre os diferentes professores para organizar os TPC nem o calendário das avaliações". Uma situação que origina sobrecarga dos alunos devido à acumulação de tarefas de diferentes disciplinas e que poderia ser resolvida com uma maior frequência na reunião dos conselhos de turma. "Se os professores tivessem maior disponibilidade para se reunir, podiam até diminuir a carga de trabalhos, por exemplo, coordenando as áreas de conteúdos transdisciplinares", explica. Medidas que poderiam diminuir o stress académico dos alunos e, também de forma indirecta, melhorar a sua prestação escolar."Já vão cansados para casa"Augusto Caetano, 59 anos, professor do ensino básico durante 32 anos, reformado há oito, considera que "os TPC são um compromisso stressante para as crianças e para os pais". Uns e outros já chegam cansados a casa e, para este docente, a verdade é que "o tempo de aula é suficiente para dar a matéria" e não são "duas cópias e três contas" que vão motivar o aluno para o estudo."Muitos professores entendem que os TPC são uma obrigação das crianças, mandam-nos fazer e depois nem têm tempo de os corrigir", diz. Resultado: "Os alunos não tiram rendimento daquilo e o trabalho de casa perde todo o sentido." Empurrá-los para os centros de ATL (tempos livres) é, para Augusto Caetano, um erro. "É mais do mesmo, é fazer com que as crianças saiam de um edifício para irem para outro fazer a mesma coisa", defende. Estas actividades de tempos livres devem ser "compensatórias e complementares", e não mais uma obrigação. Nestas idades, "eles precisam de liberdade, precisam da natureza, precisam de ser livres", diz. Para Augusto Caetano, fazer do estudo um trabalho "voluntário" devia ser um objectivo dos professores. Apesar de não defender a morte dos TPC, é peremptório: "São uma fonte de stress e uma sobrecarga."

in Diário de Notícias (edição on line)

Só espero que, agora, a Srª Ministra da Educação não venha dizer que os alunos não fazem os trabalhos de casa por causa dos professores. E porque não mudarem os alunos para as escolas e deixarem de ir a casa? Os pais não se preocupam com os alunos, os alunos não podem levar trabalhos para casa (devem ser feitos na escola como a Srª Ministra quer) então porque não transformar as escolas em colégios internos?

domingo, 11 de junho de 2006

Família agride professora

E docentes decidem não abrir a escola do Lumiar na segunda-feira. Professora repreendeu aluno por deitar lixo no chão e mais tarde foi espancada por familiares. DREL deu indicações para ninguém falar com comunicação social

A Escola EB1 S. Gonçalo, no Lumiar, estará encerrada segunda-feira, por decisão dos professores, depois de uma professora ter sido agredida sexta-feira por um casal familiar de um aluno do estabelecimento, disse à agência Lusa fonte sindical.

De acordo com o relato feito à agência Lusa pela presidente do Sindicato Democrático dos Professores da Grande Lisboa (SDPGL), Maria Conceição Pinto, a decisão de encerrar a escola foi tomada pelos professores e o estabelecimento vai manter-se fechado «enquanto não se resolver o problema de segurança».

O incidente ocorreu sexta-feira, pela hora de almoço. A docente, que está na escola há quase duas décadas, terá chamado a atenção a um aluno, com cerca de 13 anos, que estava a atirar cascas para o chão. Este ignorou o aviso da professora, que fez menção de lhe segurar a mão para que o jovem apanhasse as cascas, mas este escapuliu-se.

Segundo o relato da dirigente sindical, «pouco tempo depois» terá entrado na sala onde estava a docente um casal de etnia cigana, aparentemente familiares próximos do aluno, que a insultou, tentou arremessar-lhe à cabeça um balde de lixo de alumínio e lhe bateu na cara e na cabeça repetidas vezes até que os restantes professores e auxiliares conseguiram por cobro ao ataque.

A professora, de 50 anos, foi assistida pelo Instituto Nacional de Emergência Médica na escola e vai ficar de baixa, adiantou Maria Conceição Pinto.

A sindicalista acrescentou não ter conhecimento de outras agressões a docentes neste estabelecimento, mas acentuou que a escola tem vários problemas de segurança (nomeadamente devido a «brincadeiras perigosíssimas» com que alguns alunos assediam outros), que haviam levado já a professora atacada a solicitar a presença da polícia no recreio.

Naquela tarde, «a polícia havia acabado de sair» do estabelecimento, pormenorizou a sindicalista, que frisou que, «pouco tempo depois [do ataque à docente] vieram logo à escola outras pessoas de etnia cigana, pais de alunos, muito incomodados, muito revoltados com a situação, a lamentar que, por causa de uns, ficam todos com a mesma fama».

A informação sobre o fecho do estabelecimento, segundo Maria Conceição Pinto, está afixada num cartaz colocado à porta da escola na sexta-feira. A dirigente sindical adiantou que o órgão executivo «telefonou de imediato à Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) a comunicar o incidente» e que obteve como resposta a indicação de que «ninguém fale com a comunicação social e que a escola não feche».

A Lusa entrou em contacto com a porta-voz do Ministério da Educação, mas não foi possível obter um esclarecimento da DREL em tempo útil.

in Portugal Diário (edição on line) 2006/06/11 | 18:14

Nestas situações o que é que o Ministério da Educação faz? A Senhora Ministra será capaz de arranjar “avaliações” para casos destes?...

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Portugal, Camões, CPLP


Heróis do mar...

Cavaco Silva já iniciou as comemorações do 10 de Junho, que este ano decorrem na cidade do Porto.

Em visita à Fundação Serralves, o Presidente da República dirigiu, há pouco, uma mensagem aos emigrantes portugueses e a Timor.

O primeiro discurso de Cavaco Silva nas comemorações do Dia de Portugal foi dirigido às comunidades e começou com uma saudação especial para Timor-Leste.

Cavaco Silva sublinhou que Portugal deve dar o exemplo no acolhimento dos emigrantes e por isso tem que apostar no desenvolvimento.

Cavaco Silva almoçou em Serralves e vai distinguir algumas personalidades do Porto.

Depois, as comemorações do 10 de Junho prosseguem com uma homenagem ao Infante Dom Henrique e com cerimónias militares na Câmara do Porto.

Sexta-feira, Dia de Portugal, Cavaco Silva preside ao desfile de militares dos três ramos das Forças Armadas e vai condecorar 26 personalidades, das quais 7 fizeram parte da Comissão de Honra da candidatura a Belém.

(Notícia do Jornal Nacional da TVI, 09/06/2006)

O dia 10 de Junho tem um enorme significado para os Portugueses. É o dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Até ao 25 de Abril de 1974 era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça.

O Hino Nacional, entoado por milhares de portugueses espalhados em todo o mundo, e a Bandeira, também hasteada em muitos lugares do mundo, lembram-nos que este povo à beira-mar plantado tem um passado que nos honra e orgulha e que aspiramos um futuro, igualmente, honroso.

Neste dia celebramos a Pátria, o maior símbolo da língua Portuguesa e os Países que falam Português. Todos os anos, nesta dada são recordados feitos “valerosos” dos portugueses, são condecoradas personalidades que, nas mais distintas áreas, se distinguiram.

Este ano a Língua Portuguesa volta a ser “mais badalada” neste dia, nomeadamente pelo que se está a passar em Timor, porque Portugal e Angola se defrontam (a 11) no Mundial.

Já começou


Ora aí está!

Já aí está o Mundial 2006. A Alemanha é o país anfitrião deste evento. Hoje nove de Junho foi dado o pontapé de saída...
Quer se goste ou não de Futebol, este é um desporto de massas. Ninguém consegue ficar indiferente a um acontecimento como este. O Mundial de Futebol movimenta muitos milhões em todo o mundo.Muitos são aqueles que "in loco" ou através da televisão acompanham a selecção do seu país.
Todos torcem para que os seus jogadores honrem o nome do seu país. Todos se orgulham de ouvir cantar o hino do seu país
e de ver as bandeiras a entrarem no estádio.
Este ano a Língua Portuguesa está bem representada: Portugal, Brasil e Angola vão tentar fazer boa figura. Se o Brasil é um crónico candidato, Portugal pode aspirar (depois do Euro 2004) a fazer "boa figura" e Angola pode ser uma surpresa.
Para estas "selecções portuguesas" toda a sorte, mas acima de tudo que honrem o bom nome dos seus países e que tenham fair-play mesmo que alguma coisa lhes corra mal.

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Premiada


Mary Robinson distinguida com Prémio Príncipe das Astúrias
A ex-presidente da Irlanda Mary Robinson foi anunciada hoje como vencedora do Prémio Príncipe das Astúrias de Ciências Sociais 2006 em Oviedo (Espanha).
Robinson, uma activista pela paz e pelos direitos civis que é presidente de honra da Oxfam Internacional, disputou a votação final com o sociólogo britânico Ralf Dahrendorf, o economista norte-americano Paul Anthony Samuelson e o ex-presidente do FED, Alan Greenspan.
O Prémio de Ciências Sociais foi o sexto desta edição, após os de Comunicação e Humanidades (National Geographic), Cooperação Internacional (Bill e Melinda Gates), Artes (Pedro Almodóvar), Investigação Científica e Técnica (Juan Ignacio Cirac) e Letras (Paul Auster).
O Prémio das Ciências Sociais foi atribuído no ano passado ao cientista político italiano Giovanni Sartori.
O vencedor recebe 50 mil euros e uma a escultura criada e doada expressamente por Joan Miró.
in Diário Digital (edição on line) 08-06-2006 11:11:33

Mestre

Cartas inéditas de Agostinho da Silva reunidas em livro
A Associação Agostinho da Silva vai assinalar o próximo dia 10 de Junho com o lançamento de um livro com cartas inéditas daquele pensador intitulado «Viva a República, Viva o Rei», anunciou hoje a Associação .
Para a Associação, Agostinho da Silva «foi o maior pensador da identidade portuguesa e lusófona, na linha de Luís de Camões, Padre António Vieira e Fernando Pessoa» e «concebia Portugal, o Brasil e a cultura lusófona como portadores da ideia de uma nova humanidade e civilização a difundir à escala planetária».
O livro «Viva a Republica, Viva o Rei - Cartas Inéditas de Agostinho da Silva», de Teresa Sabugosa, será lançado pela Editora Zéfiro na Feira do Livro de Lisboa.
O professor Agostinho da Silva, considerado um dos mais originais ensaístas portugueses do século XX, morreu em 1994 em Lisboa, com 88 anos.
Expulso do ensino oficial em 1935, Agostinho Silva viveu 22 anos exilado no Brasil, onde fundou várias universidades, e só regressou a Portugal em 1969, depois de Marcelo Caetano ter substituído Salazar na chefia do governo.
in Diário Digital / Lusa (edição on line) 08-06-2006 15:19:00

quinta-feira, 1 de junho de 2006

VIVA AS CRIANçAS


PARABENS!

A todas as crianças do mundo, em especial o meu filho, um DIA INTERNACIONAL DA CRIANçA muito feliz.